Capítulo 15

Devon

No momento estou me sentindo ótimo com a minha vitória no que eu tanto desejo, logo Ayla estará onde a quero de cabeça baixa para mim e na minha cama. Mas será que ela vai ser tão obediente como quero ou vai me fazer puni-la por causa de seu temperamento?

Estou ansioso para descobrir. Liguei para a doutora Sanchez e ela me disse que Ayla compareceu à consulta, fez os exames e vai colocar o método contraceptivo em dois dias. Perfeito, só terei que esperar três semanas para nossa rotina no quarto se iniciar.

Já mandei uma equipe responsável para o meu apartamento amanhã, irei tirar o dia de folga para ver pessoalmente a reforma do quarto sado. Será o quarto no final do corredor. Tudo especialmente para Ayla.

— Devon? — só agora percebi a presença de Gaab na minha sala — Onde Ayla foi essa manhã tem alguma coisa a ver com você?

— Estou vendo que terei problemas com você dessa vez!

— Não terá se me prometer não magoar ela e não pegar pesado com ela.

— Quais são os seus reais sentimentos por ela, Gaab?

— O de um irmão mais velho! Se você a fizer sofrer vai estar me fazendo sofrer.

— Está certo... Se não tem mais nada para dizer, já pode ir. Preciso fazer umas ligações agora.

— Você ainda vai amar alguém tanto que a sua respiração, cada batida do seu coração vai depender de saber se essa pessoa está bem. E quando não conseguir saber vai viver em agonia.

— Isso nunca vai acontecer comigo, porque o amor é algo inventado pelos contos de fadas. Odeio contos de fadas.

Gaab se afasta com um sorriso estranho no rosto e sai da minha sala. Por que o fato de Ayla ser minha submissa o incomoda tanto? Ele nunca se preocupou com esse meu outro lado.

O dia passa e Ayla não me mandou mensagem para dizer como foi na consulta, nem me ligou. Ela poderia ter vindo aqui na minha sala para falar comigo.

Faltando poucos minutos para ela ir embora decidi ir até a sala dela que se surpreende com a minha presença na sua sala.

— Todos nessa empresa não tem educação para bater na porta antes de entrar? Primeiro sua assistente entra aqui sem bater e agora você.

— Essa é a minha empresa, eu não bato nas portas apenas entro! Por que não me procurou depois que chegou aqui?

— E eu deveria? — ela pergunta sem olhar para mim.

— Você está implorando para ser punida por mim!

— Não estou. Apenas não vi necessidade de ir correndo até você no horário de trabalho para falar sobre algo que não tem nada a ver com o meu trabalho. Algo mais, senhor Storn?

— Você deveria pelo menos ter me mandado uma mensagem para dizer como foi na consulta!

— Eu ainda estava na sala dela quando você ligou para saber como foi a consulta. Pensei que não precisaria saber nada por mim já que ouviu diretamente da médica.

— Você realmente implora para ser punida.

Me aproximo dela, a mesma se afasta para longe de mim.

— Senhor Storn, estou no meu horário de trabalho que se encerra em poucos minutos. A única coisa que peço é para não misturar as coisas entre nós. Aqui sou sua funcionária, quero o respeito que mereço aqui.

— Tudo bem, só não esqueça que os únicos homens que podem manter contato somos o Gaab e eu.

Me afasto e saio da sala dela, acabo recebendo uma ligação da casa da minha mãe e decido dar uma passada por lá. Ao chegar, ela tenta esconder que bebeu.

— Quem deu bebida para ela? — pergunto para as empregadas.

— Senhor Storn, ela foi visitar a vizinha que fica na porta da frente e quando voltou estava assim. — uma das empregadas responde.

— Ninguém aqui me deu bebida. São todos uns chatos. Eu bebi com a Lavínia.

— A senhora sabia que não poderia beber e decidiu enganar todo mundo para ir beber na vizinha?

— Sou adulta, Devon! Dona do meu nariz, se quero beber por que não posso?

— Porque a senhora está doente, beber não lhe faz bem! — olho para a empregada e pergunto — Ela já jantou?

— Não, senhor! Ela não se alimenta direito desde a última vez que esteve aqui.

— Certo... Tome, é comida Tailandesa, a favorita dela. Quando ela se recusar a se alimentar me avise que eu mando o dinheiro para vocês comprarem comida para ela. Suas comidas favoritas são da culinária Tailandesa, Chinesa, Japonesa e Mexicana. Ela nunca resiste a essas culinárias.

— Sim, senhor Storn.

— Devon, por que trouxe essa comida? Nossa o cheiro está ótimo, mas eu não vou comer... Não vou.

— Não mesmo? Tudo bem, eu como sozinho. Apesar de ser muita comida.

Me sento à mesa enquanto a empregada vai arrumando a comida em travessas diferentes. Arrumo meu prato enquanto me servem um vinho que eu trouxe para mim.

— Se eu... — minha mãe se aproxima — Se eu me sentar para comer com você, posso tomar uma taça desse vinho?

— Não acha que já bebeu demais? — pergunto e ela me olha — Meia taça de vinho! Apenas meia taça.

Ela se senta e pega seu prato, meu plano deu certo e ela comeu tudo. Depois de tomar sua meia taça de vinho, mando servir a sobremesa.

Faço ela tomar um banho e deitar na sua cama, fico ali sentado no sofá esperando ela pegar no sono para poder ir embora tranquilo.

Assim que minha mãe adormece saio do seu quarto e reúno os funcionários da casa e os seguranças.

— Quero que deixem todos os moradores deste edifício avisados de que se derem qualquer bebida alcoólica para minha mãe vou processá-los até perderem tudo o que tem. Digam que isso não é uma ameaça e sim uma promessa.

— Sim, senhor Storn! — todos respondem.

— Não exitem em me ligar se algo parecido acontecer, ela não pode ficar sem se alimentar.

Me despeço e vou para o meu apartamento. Dirigindo de volta para casa me pego pensando em Ayla e na nossa última conversa. Ela me desafia muito, preciso fazê-la se dobrar para mim.

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