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...Passado...
No final do corredor dimensional havia uma base de vidro que funcionava como um elevador, onde era transportada até o nível superior. E nessa base estava a descer para o corredor uma garota ferida, com a mão a segurar no braço esquerdo que estava cortado a sangrar, ela estava ofegante, mas não se deixava desesperar, o seu objetivo era tentar escapar do monstro que a perseguia.
— Preciso sair daqui... — Ouve um som do alto. — Ele está vindo... — Olha para cima. — A barreira está enfraquecendo... — Olha para o corredor à frente. — Tenho que sair a tempo... — Pula da base no chão de vidro.
Ao cair em pé, ela começa a correr com rapidez, a deixar um pequeno rastro de sangue no caminho. Vestida com uma roupa de aviadora e ter uma pequena abertura nas costas, para mostrar uma parte do fragmento no centro, com cicatrizes ao redor, o monstro que a perseguia consegue descer até onde ela estava.
O monstro não tinha uma forma física, e flutuando, a perseguia atrás da parte do fragmento, mas próximo de atacar ela com as suas garras de vento, surge do solo uma parede de vidro entre eles, que o atinge. O vidro quebra em pequenos pedaços pontiagudos, o ser fantasmagórico recua sem sofrer danos, e ao usar os pedaços pontiagudos no chão para mirar e lançar na direção dela, ela forma outra parede de vidro na sua frente, a refletir todos os pedaços que atravessam o monstro sem causar danos a ele.
Ela usa o seu soco-inglês com lâmina serrilhada, a fazer um movimento rápido em forma de xis, a solta um poder que mantém o formato com a cor amarela na direção dele, que desvia com rapidez a atacar com duas esferas, uma seguida da outra. A pequena e valente garota recua para ganhar espaço e avança contra as esferas, as cortando ao meio com a lâmina serrilhada do seu soco-inglês, após isso, o monstro que permanecia no mesmo lugar, cria várias esferas menores, a lançar todas de uma só vez, para que ela não conseguisse defender-se de todas.
Mesmo a criar várias paredes de vidro, ela não pôde conter todas aquelas pequenas esferas, que acertam o seu corpo a causar explosões de menor proporção nela. Muito ferida e com vários buracos no corpo, a tiara de testa de cristal que tinha começa a reluzir, e os seus olhos de íris amarela começam a brilhar, a fazer com que todo o dano causado seja refletido no monstro, que mesmo a sofrer todo esse ataque, entra numa das paredes de águas a se ocultar.
O ser fantasmagórico que antes não havia tido uma forma física, se mistura com as águas e forma um corpo provisório para atacá-la, ao retornar para o corredor dimensional. Ela podia ver que dentro dele não havia somente um fragmento inteiro, existia mais uma parte separada ali, o que o tornava ainda mais poderoso e perigoso, porém, isso não a deixa intimidada, porque a sua força e confiança sempre a mantinha de pé, e nunca deixava o seu brilho ser ofuscado:
— Eu não sei o que você fez com ele, mas não terá a mesma sorte comigo, essa é a minha dimensão e esse é o meu poder! Duas coisas que não irá levar com facilidade! — Avança a dar um soco no monstro, e em seguida, recua.
No interior do monstro onde estava a parte de um fragmento, surge uma voz quase inaudível de um garoto que dizia: — fu... — O monstro começa a resistir. — ja!... — consegue retomar o controle de novo.
— É ele... — Consegue reconhecer a voz. — Ainda está com ele né? — Avança com mais um soco a recuar logo em seguida. — Solta ele! — Estende uma das mãos em direção dele, e uma bola de poder é lançada com muita velocidade a deixar um rastro de destruição no solo onde passava, e fazer o chão rachar lentamente além de acertar o monstro.
Parte do ser é destruído, mas logo torna ao formato que estava, a assumir uma forma antropomórfica, com duas vezes o tamanho da pequena garota de cachos longos e olhos amarelos reluzentes, que tenta insistentemente se defende com as suas paredes de vidro dos ataques de esferas de gelo lançadas contra ela sem parar.
O monstro pisa no chão com força e do solo o gelo faz um caminho até ela, que até tenta pular para não ser congelada, mas o gelo avança do chão a tomar a forma de um braço que agarra o seu corpo. Então, ele se aproxima e começa a esmurrá-la até deixá-la completamente exausta. Contudo, para o espanto dele, ela havia deixado aquilo acontecer somente para ter proximidade o suficiente para fazer o que já planejava.
A tiara na sua testa se desprende a enrolar e prender o corpo de gelo do monstro, que tenta se soltar sem conseguir. — Se ainda estiver aí... Reaja! Ele não pode te manter preso para sempre! Não somos mais objetos de testes... Somos livres dele! — Diz para a parte de um fragmento dentro do monstro, que ao ouvir começa a entrar em confronto com o outro fragmento que estava inteiro, a fazer monstro perder o controle daquela parte que adquiriu.
Numa tentativa de manter o controle, o monstro se desprende da parte de um fragmento e na sua forma fantasmagórica, ele causa uma explosão concussiva que destrói todo o solo de vidro daquele corredor dimensional e abala toda aquela dimensão, jogando a garota quase inconsciente para longe. Porém, os seus espelhos formam um escudo ao redor dela, a impedindo de cair na escuridão que havia em baixo do corredor da sua própria dimensão, ainda a poder falar, ofegante e com inúmeras fraturas internas, sabendo que não iria suportar mais um ataque, diz:
— Se eu não vou ficar com essa parte do fragmento, você também não vai! — Diz a juntar as suas últimas forças a estar completamente exausta, e começa a reluzir. — Essa explosão sua é bastante forte... Quase me matou. — Diz com um sorriso de canto. — Mas a minha explosão é maior! — Grita com os seus olhos amarelos a brilharem e todo o seu corpo também.
E com um último grito: — Supernova! — Ela explode a destruir tudo ao redor, e também a fazer a sua parte do fragmento voar para longe do monstro, que por fração de segundos consegue ficar intangível ainda a receber mais da metade daquele dano, a forçá-lo a ter que criar uma fenda para escapar.
Assim, o monstro foge sem a parte do fragmento da garota e sem a parte do fragmento que estava, muito ferido e quase derrotado. O corpo dela tinha sido destruído pela explosão que havia feito, mas aquela parte do fragmento que o monstro estava sobre a posse, cria um bloco grande de gelo a trazer aos poucos, cada resquício que estava espalhado por ali, a refazer o seu corpo novamente, ao mesmo tempo em que tudo ao redor começava a reconstruir-se.
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Atualizado até capítulo 37
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