De repente, próximo ao final do corredor dimensional estava um grande bloco de gelo, e alguém adormecido se encontrava no seu interior, com os seus cabelos longos e cacheados, o ser reluzia em um tom amarelado que pulsava em contínuo. Até que aqueles olhos se abrem com espanto, e o brilho da sua íris amarela aumentava, junto a sua pupila dilatada a encarar o corredor à sua frente, e no seu pensamento como em voz alta ecoa:
— Jeremy... está aqui...
...----------------...
......Presente ......
O portal os traz novamente ao corredor dimensional, Jeremy cai de joelhos e dessa vez, ele não chora, ao manter uma expressão séria no seu rosto, ele vê o seu reflexo no chão de vidro, e de repente, a sua imagem é mudada para o rosto de Gregory, o que faz bater no solo e dizer: — Eu não sou que nem você! — Em sussurros para si mesmo, até perceber, quando a sua imagem retorna, algo que o deixa surpreso:
Jeremy — Tem um número escrito no pulso do meu reflexo. — Diz ao verificar se estava no seu pulso também. — Não... esse número só está no reflexo, Pardolome.
Pardolome — Aparenta ser um número romano. — fala ao aproximar-se para ver.
Jeremy — Que número é esse? — Pergunta ao se levantar, e o seu reflexo sumir.
Pardolome — O número dez. — Responde enquanto volta a caminhar. — Não se preocupe, isso deve ser apenas uma alucinação, um dos efeitos colaterais da minha anomalia, apenas isso.
Jeremy — Alucinação? — Pergunta ao parar.
Pardolome — Elas são temporárias, ao menos que a sua adrenalina aumente. — Responde a também parar.
Jeremy — E o que faria a minha adrenalina aumentar?
Ao dizer isso, um estrondo é ouvido pelo corredor dimensional, em seguida as águas se agitam como se algo enorme estivesse a passar por ali. Ao perceberem a movimentação estranha das águas, Jeremy fala:
Jeremy — Isso também é uma alucinação, não é? — Pergunta ao ver que o que movimentava as águas era uma grande cobra de vidro super-resistente, com metros de comprimento.
Pardolome — Corre Jeremy! — Diz ao ver ela vir com a boca aberta para dar o bote.
Eles iam sem parar enquanto a grande cobra tentava os alcançar, atacando com a sua enorme boca e as suas grandes presas afiadas, atravessando de uma parede de água a outra. Durante a perseguição, Jeremy grita para Pardolome:
Jeremy — Por que não atacamos?
Pardolome — Você quer mesmo conversar agora? Precisamos ser mais rápidos, se diminuirmos um pouco a velocidade, seremos predados e levados por ela para as águas, onde será mais difícil de contra-atacar! Vamos tomar distância o suficiente para reagirmos.
Jeremy — Esse animal é feito de vidro, nem estômago deve ter! Por que ela está a nos atacar?
Pardolome — E você pensa que os peixes que nos atacaram, também tinham estômago? São animais irracionais, Jeremy, sempre irão agir conforme os seus instintos!
Jeremy — Nós também somos animais, mas nem por isso vivemos a atacar qualquer coisa que parecer ser comida! Ainda mais descontrolado!
Pardolome — Porque você é racional! Essa é a diferença, você pode controlar os seus instintos em vez de se tornar dominado por eles! Isso é o que te faz ser mais humano! Saber controlar os seus instintos e não ser submisso a eles! você não pode ser racional e irracional ao mesmo tempo!
Jeremy — Então... Quanto mais humano, mais racional? É isso o que eu preciso ser, mais racional!
Pardolome — E mais rápido!... A cobra está nos alcançando! — Após dizer isso, a cobra sai das paredes de água e cai no corredor a rastejar até eles.
Pardolome ao perceber que Jeremy cai no chão, pelo impacto da cobra no corredor dimensional, voa até às costas dele e se transforma em duas grandes asas, a fazê-lo voar:
Jeremy — O que é isso, Pardolome? — Pergunta assustado.
Pardolome — Voe, Jeremy, voe! — Grita a empurrá-lo para frente.
Jemery — Mas, eu não sei voar! — Diz ao sair do solo.
Pardolome — Não é difícil, é como nadar! — Diz a bater as asas.
Jeremy — Então vamos morrer, porque eu não sei nadar! — Grita de desespero ao ver a cobra se aproximar.
Pardolome — Então eu vou dar uma força! — Diz a dar um impulso que o faz voar quase desordenado, mas capaz de avançar com velocidade.
Jeremy — Agora sim!... — Enquanto dizia, ele foi surpreendido com um ataque da cobra que o atinge de raspão em uma das asas.
Pardolome — Agora não... — Fala ao ver Jeremy desequilibrado a ir na direção de uma das paredes a passar com a outra asa nas águas, por um instante, a deixando pesada e diminuindo a sua velocidade.
A cobra gigante de vidro consegue alcançá-los e os enrola com o seu corpo de vidro grosso e resistente, os impossibilitando de se movimentar.
Jeremy — Ela não para de apertar... — Diz enrolado nela, tentando se soltar.
Pardolome — E não vai soltar até nos esmagar... — Fala ao ser apertado por ela.
Jeremy — Você não pode fazer alguma coisa, Pardolome? — Pergunta para ele.
Pardolome — E o que você quer que eu faça? Não posso atravessar essa cobra, enquanto estivesse transformado nessas asas gigantes e estar grudado nas suas costas! — Responde para ele.
Jeremy — Pode, pelo menos me tornar invertebrado? Não quero ter os meus ossos quebrados aos poucos. — Não é respondido. — Não?…
Pardolome — Você achou mesmo que eu podia destruir planetas e conquistar mundos? — Pergunta indignado.
Jeremy — Você aprendeu a falar, nada mais te impede de conseguir alcançar os seus objetivos…
Quando parecia que eles seriam esmagados, um brilho intenso na frente deles chama atenção, som de passos são ouvidos na sua direção, e ao verem que era uma pessoa, ela a sorrir, estende a mão com um movimento de cima para baixo, a usar um soco-inglês com lâmina serrilhada, lançando nesse movimento um poder em forma de lâmina amarela que atinge a cabeça da cobra, sem tempo dela reagir, a decapitando imediatamente, fazendo eles serem soltos e caírem no chão.
Jeremy — Quem... Quem é você? — Pergunta não conseguindo reconhecê-lá.
Se aproxima dele para estender a mão:
— Sou eu, Jeremy... Stella... Stella de Ohio.
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Atualizado até capítulo 37
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