Cap.20 - A punição

   Letícia avistou Gabriel de longe e tentou alcançá-lo, pois não poderia gritar seu nome pelos corredores da empresa. Assim que chegou no hall de entrada, o perdeu de vista por um momento. Mal havia perguntado à recepcionista sobre ele, quando reconheceu o carro novo de Gabriel, que estava estacionando na frente da empresa. Ela caminhou até a porta giratória com um grande sorriso, ansiosa por falar com ele. Mirela também estava passando por ali, saindo primeiro e apressando os passos. Ambas viram quando Gabriel saiu do carro e abriu a porta do passageiro, esperando. Ele não notou que sua namorada estava alguns metros atrás de Mirela, pois a forma como a saia dela parecia mais curta, lhe prendera a atenção. Gabriel colocou seus óculos escuros, encostou no carro de braços cruzados e aproveitou a visão do andar confiante e único de Mirela, que se aproximava rebolando. Letícia demorou perceber que não era por ela que Gabriel esperava. Ela não o chamou, só observou de onde estava.

   Ele ajudou Mirela a entrar, fechou a porta e deu a volta no carro. Ele não a chamava para sair havia semanas e, de repente, aparecia na porta de onde ambos trabalhavam, colocando outra mulher em seu carro como se estivessem juntos? Por que ele nunca havia oferecido carona a ela ao sair da empresa? E por que estavam saindo em pleno horário de serviço? Para onde estavam indo? Letícia não tivera forças para sair do lugar. Permaneceu ali por mais alguns minutos, depois de perder o carro do namorado de vista. Não sabia se devia perguntar diretamente a ele ou apenas ignorar. Era a primeira vez que seu ciúme era provocado por ele. Ela temia perdê-lo de vez, caso começasse a interrogá-lo. Lembrou que certa vez havia lhe confessado o quão grato era por ter uma namorada que confiava o suficiente nele para não o encher de perguntas. Desde então, Letícia havia mantido aquela anotação mental “Jamais pergunte ou peça satisfação”. Não era difícil com ele, pois Gabriel se reservava tanto, que seus únicos amigos eram aqueles com quem havia dividido um apartamento, os quais ela conhecia. Temia que seu namorado tivesse razão quanto à possibilidade de mudar devido seu novo status na empresa. Ela quis afastar os pensamentos, balançando a cabeça, mas foi impossível. Decidiu ligar para ele, mas ninguém atendia. Pensou que talvez fosse por estar dirigindo e voltou ao trabalho. Não demorou muito para tentar novamente, assim que se sentou em sua mesa. Uma voz feminina atendeu.

— Celular do senhor Gabriel. Em que podemos ajudar? – Brincou Mirela, rindo.

— Desculpe, mas quem está falando? – Perguntou Letícia, sem rodeios.

— Aqui é a secretária particular do senhor Gabriel. O que deseja? – Disse Mirela.

— Sou Letícia, namorada dele. – Respondeu Letícia, com voz cortante.

— Ah sim, ele me falou de você. No momento ele está ocupado. Quer deixar recado?

— Deixar recado no celular do meu próprio namorado? É sério? – Irritou-se Letícia.

— Sim, estou falando sério, querida. Ele saiu do carro para comprar nossas bebidas.

— Bebidas? – Letícia perguntou, incrédula.

— É que não tem graça comer sem nada para beber, concorda? – Mirela ria ao falar.

— Por favor, é sério, passe o celular para ele. – Letícia exigiu.

— Se quiser deixar recado, eu repasso para ele. É só o que posso fazer agora.

— Ok, diga a ele que deve me ligar assim que pegar nesse celular. – Letícia desligou.

— Esquentadinha ela... – Disse Mirela para si mesma, rindo baixinho, guardando o celular no bolso de seu terninho rosa. Decidiu que Gabriel não precisa dele tão cedo.

   Minutos depois, Gabriel voltou com alguns energéticos e refrigerantes que Mirela o havia convencido de comprar em uma distribuidora do outro lado da avenida. Ela dissera que estava de salto alto e seria mais difícil ir até lá. Quando comentou que sua roupa também não era apropriada para ir àquele lugar aonde alguns homens iam para beber, Gabriel observou novamente a saia com grande racho e concordou.

   Ao retornar para o carro, Mirela não dissera nada sobre a ligação de Letícia. Ele insistiu em perguntar o motivo de precisarem comprar bebidas em outro lugar, sendo que onde comprariam os lanches, provavelmente encontrariam as bebidas. No entanto, Mirela argumentou que ao comprar uma quantidade maior, era preciso saber economizar. Boa parte das bebidas iriam para os departamentos de ambos, pois os funcionários estavam estressados e mereciam algum “mimo”. Gabriel a olhou com certa curiosidade. Esse olhar tornou-se admiração, pois a empatia era algo raro de encontrar, especialmente em grandes empresas. Mirela pediu para escolher uma rádio, dizendo que precisavam de música. Ela se lembrava de ter conversado com ele dias antes, a respeito de seus gostos musicais. Não era boba, sabia exatamente como o agradar. Gabriel ficou surpreso e satisfeito com a escolha.

   Quando percebeu que ele estava mais solto, provavelmente devido às músicas, ela fez algumas selfies enquanto ele dirigia. Ambos usavam óculos de sol, ele parecia ainda mais atraente com uma mão no volante e olhando para a câmera enquanto paravam no semáforo. Ela sabia que as selfies eram típicas de casais de namorados. Pensaria em um momento ideal para utilizá-las de maneira eficaz. Gabriel seguiu as instruções de Mirela, dirigindo até uma panificadora elitizada, até mesmo em sua arquitetura. Ele mal acreditou que haviam economizado nas bebidas e iriam até um lugar como aquele para comprar os lanches. Gabriel estacionou, saiu do carro e abriu a porta para Mirela, lhe oferecendo a mão para apoiá-la, com receio que os saltos a atrapalhassem e acabassem a derrubando. Mirela se aproveitou disso para segurar em seu braço e entrar como um verdadeiro casal na panificadora, mas não antes de tirar uma outra selfie. Gabriel pensava em como Mirela tinha a autoestima em dia, já que fazia questão de tirar fotos a todo momento. Ele abriu a porta e ela entrou primeiro. Ela escolheu uma mesa que ficava ao ar livre, na parte em que havia um jardim. Outra selfie foi tirada, dessa vez, Mirela pediu que tirasse os óculos.

   Quando o elevador se esvaziou, ficando apenas Alice e Alexandre, eles precisaram se comportar. Alice o parabenizava pelo excelente trabalho com as investigações e por ter conseguido ficar com a vaga de diretor financeiro. Ele precisou se esforçar para não perder o controle ali mesmo. Ela não sabia com quem estava brincando. Alexandre chegou a rir por ver aquela atuação impecável de Alice. Ele se certificaria de puni-la por deixá-lo daquele jeito em público, especialmente entre colegas de trabalho. Não demorou muito para que chegassem ao 14° andar. Alice fez questão de andar à sua frente, para que ele a apreciasse como era devido. Ele sorria de canto.

   Assim que Alexandre abriu a porta e Alice entrou, ele a seguiu e trancou a porta por dentro. Voltando-se para ela, notou que já estava parcialmente despida. Usava apenas uma bela e minúscula lingerie vermelha. Alexandre se aproximou devagar, encarando-a com olhar severo.

— Sabe que isso não é nada profissional, certo? – Perguntou ele, tirando a camisa.

— Nós dois sabemos. – Respondeu ela, com voz sedutora e olhar convidativo.

— Não é seguro me provocar no elevador, sabia? – Alertou Alexandre, tirando a calça.

— É mesmo? Qual o perigo? – Quis saber ela, sorrindo e observando o corpo dele.

— Posso não me controlar e você se arrependeria. – Respondeu Alexandre, sério.

— Duvido muito. Afinal, estamos na empresa onde trabalhamos. – Ela o provocou.

— Acha mesmo que isso me impediria de algo? – Retrucou ele.

— Bem, agora você é o braço direito da CEO. – Brincou Alice, mordiscando os lábios.

— Mais um motivo para não me importar com os outros. – Rebateu Alexandre.

— Então não se importará mais comigo? – Quis saber ela.

— Com você é diferente. – Disse ele, a puxando pela nuca e beijando intensamente

   Alice sentiu o corpo todo arrepiar, as mãos grandes de Alexandre a percorriam por inteiro, abaixando sua calcinha e tirando facilmente o sutiã. Ele a puxou consigo, ao se sentar no sofá de três lugares encostado à parede. Alice se deixou levar, ficando sobre o corpo dele, sentindo o membro duro de Alexandre pulsar por baixo dela. Os lábios ocupados com beijos intensos, as mãos dela o percorriam e apertavam seus músculos salientes, enquanto as dele se demoravam nos seios, os massageavam e brincavam com os bicos que imediatamente enrijeciam entre seus dedos. O corpo dela estremeceu e ele desceu a boca quente até eles, chupando-os e apertando ambos, enchendo as mãos, ouvindo-a gemer e apertar-lhe os ombros. Ele movia-se sob ela, esfregando o membro duro pulsante nos lábios molhados de sua intimidade. Quanto mais ela gemia, mais ele a provocava, aumentando o ritmo. As mãos de Alexandre desceram até seus quadris e apertaram, a incentivando. Ela se movia sobre ele, esfregando-se cada vez mais rápido, gemendo no ouvido de Alexandre. Ele encaixou-se em meio a suas provocações, fazendo-a dar um breve grito, que Alexandre rapidamente abafou com os lábios, beijando-a enquanto a penetrava sem piedade. Ele disse entre beijos, sussurrando com sua voz grave e rouca “Vai aprender a não me provocar, Alice”. Ele se aprofundou mais e ela gemeu.

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Comments

Jaildes Damasceno

Jaildes Damasceno

Alexandre o garanhao insaciável. kkk aproveite Alice

2025-03-10

1

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