Cap.18 - A indiscrição

   Alexandre sabia qual era sua função naquele momento. Ele faria isso com prazer. Movia-se dentro de Amanda fervorosamente, a cada segundo mais rápido e fundo, segurando-a pela cintura, puxando o corpo dela para si. Ela buscou por seus beijos e ele os entregou, quentes e intensos. Ele sentia os gemidos dela nos lábios, o barulho sendo abafado com beijos, enquanto Alexandre estocava mais forte, até ela estremecer, dando-lhe o mel que ele fez questão de provar novamente. A língua quente de Alexandre a invadia, seus lábios bem abertos sugavam-na intensamente. Amanda gemia seu nome, sentindo o corpo estremecer sobre a mesa do escritório. Ele a virou de bruços, mantendo-a deitada, abriu-lhe as pernas e se introduziu mais uma vez, puxando a cintura com uma mão e com a outra envolvia os cabelos de sua CEO entre os dedos, segurando firme. A mesa fazia barulho, devido a intensidade e aos movimentos frenéticos de Alexandre. Ela segurava-se desajeitadamente, seu corpo totalmente dominado por ele, estremecia de prazer. Aproveitaram estar a sós, Amanda gemia e dizia o nome dele, como se o provocasse. Alexandre não resistia e por impulso, introduzia-se mais severo, segurando um dos seios da CEO com uma mão, enquanto a outra ainda segurava os cabelos ruivos. A visão que ele tinha dela, de costas e empinada para ele, com o contraste da cor de suas peles, o ruído dos corpos em atrito, somados aos gemidos dela que passavam de manhosos para suplicantes, deixava-o completamente imerso no prazer daquele momento. Ela o pressionava dentro de si, ele a castigava com mais investidas severas, até que não foi mais possível suportar. Alexandre tentou se desvencilhar dela a tempo, mas isso não lhe foi permitido. Ele jorrou dentro dela, quente e demorado. Amanda chegou ao ápice do prazer. O corpo dela estremecia, os espasmos gerados pela satisfação de chegar aonde mais desejava – pela segunda vez –, Alexandre beijando-lhe a nuca e o pescoço, enquanto ainda derramava-se dentro dela, com movimentos lentos.

   Gabriel e Melinda perceberam que havia muito barulho, vindos do andar superior. Ele não fazia ideia do que estava acontecendo e chegou a perguntar se havia algum tipo de reforma naquele andar. Melinda imaginou do que se tratava e forçou um sorriso, dizendo que sua provavelmente estavam mudando móveis de lugar. Nesse exato momento, ouviu três batidas na porta. Gabriel havia se distraído com tantos barulhos e com a tentativa de distrair Melinda, de forma que não percebera alguém aproximando-se da porta, como geralmente acontecia. Sua audição era apurada, não fazia esforço algum para ouvir passos se aproximando. Ao abrir a porta, avistou Mirela, que estava com olhar de tédio e uma mão na cintura, batendo o pé direito no chão repetidas vezes, sem dizer nada.

— Muito ocupado no teu intervalo? – Questionou Mirela.

— Desculpe, te deixei esperando? Não vi as horas passarem. – Respondeu ele.

— E então? Vamos à cafeteria? – Quis saber ela, tentando olhar através dele.

— Não poderei ir, estou trabalhando ainda. – Respondeu Gabriel.

— Está com visita, você quis dizer, não é? – Questionou novamente.

— Sim, enviada por Amanda Roux. Ela está em reunião com meu chefe. – Disse ele.

— E por que teriam uma reunião sem a presença dela? – Mirela apontou para dentro.

— Isso não é de nossa alçada. – Respondeu Gabriel, com voz mais firme.

— Você quis dizer que não é da MINHA alçada, certo? – Mirela erguia a sobrancelha.

— Não foi o que eu... – Gabriel tentou explicar, mas Mirela já se retirava.

— Pois bem, não irei mais me meter no que não é de minha alçada. – Ela foi embora.

   Gabriel suspirou, derrotado, fechando a porta logo que Mirela entrou no elevador. Ao voltar para sua mesa, notou que Melinda o observava com atenção e piedade no olhar. Ele tentou explicar que era apenas uma amiga e que tinham o costume de ir a uma cafeteria naquele horário. Melinda fez questão de dizer que não precisava ficar para lhe fazer companhia, mas Gabriel esboçou novamente um sorriso gentil e deixou claro que não estava ali por obrigação, mas por educação. Melinda pensou em dizer que sentiria culpa, caso ele ficasse por sua causa. Porém, decidiu que dessa vez seria um pouco egoísta, pois não sabia quando teria a oportunidade de vê-lo novamente. Melinda aproveitou o assunto sobre cafeteria e iniciou um diálogo sobre o que preferiam comer e beber nos intervalos de trabalho. Isso os levou a falar da diferença entre comidas de restaurantes e as do refeitório da empresa. Eles riam enquanto conversavam mais abertamente. Um assunto gerava outro, citavam seus restaurantes favoritos e souberam quais as comidas típicas que ambos gostavam, até Melinda sugerir – quando estava distraída demais para se conter –, que eles deveriam marcar um dia para visitar os restaurantes favoritos um do outro. Gabriel pareceu tão surpreso, que a fez pedir desculpas pela ousadia. Ele precisou de um tempo para se recompor. Melinda ficou tão envergonhada, que se levantou para sair, mas Gabriel a segurou pelo braço, pedindo que ficasse. Ambos pararam um breve instante, encarando-se mutuamente. Ele a soltou devagar e ela se sentou. Ele ainda olhava para ela, quando disse “Claro. Por que não?” Melinda abriu um largo sorriso, apesar de ter sentido as bochechas queimarem. Ele também sorriu, sem jeito.

   Alexandre apareceu em seu escritório, avisando Melinda que sua chefe a estava chamando com urgência, pois faltava pouco para a reunião geral começar. Melinda se despediu de Gabriel com um breve aceno, enquanto passava rapidamente pela porta. Ambos vestiram seus blazers e ajeitaram as camisas. Alexandre deu algumas instruções importante a Gabriel e o lembrou dos termos de seu contrato, que exigia sigilo absoluto sobre assuntos relacionados a ele e à empresa. Gabriel assentiu, mas não entendeu o motivo de ter sido lembrado logo deste tópico específico.

   A sala de reunião estava pronta. Havia uma mesa de longa metragem ao centro, com diversas cadeiras almofadadas, destacando-se a cadeira da ponta, que era maior e mais alta. Algumas cadeiras mais simples ficavam rentes às paredes, para que os assistentes pudessem se sentar, quando convocados por seus chefes.

   Todos os acionistas e líderes de departamentos chegaram com antecedência e escolheram seus lugares. Os três principais advogados da empresa, também estavam presentes e se sentavam à mesa. Apenas alguns diretores havia levado um assistente consigo. Alexandre, Alice e Orlando também levaram os seus. Quando Gabriel sentou-se ao lado de Mirela, notou que ela virava o rosto para o lado oposto. Ele pensou em como a compensaria por ter sido rude.

— Olha, desculpe por mais cedo. Não quis ser rude. – Sussurrou ele.

— Não importa, isso não muda nada. – Respondeu ela no mesmo tom, sem olhá-lo.

— É sério, Mirela. Eu assinei contrato de sigilo absoluto. – Continuou ele.

— Eu sei, me lembro de ter lido. – Confessou ela, ainda sem olhar para ele.

— Então deveria ser a primeira a entender minha cautela. – Concluiu Gabriel.

— Não fiquei magoada por não fofocar comigo, mas por ter trocado minha companhia pela dela. – Mirela o encarou. Seu olhar era afiado e cheio de ciúme.

— Entenda, se meu chefe me diz para receber alguém e a acolher até que ele volte, é isso que farei. Não importa se alguém que gosto me pedir para fazer outra coisa.

— Alguém que você gosta? – Perguntou ela, pendendo a cabeça para o lado, com expressão curiosa. Notando Gabriel arregalar os estreitos olhos, surpreso consigo mesmo, a fazendo rir.

— Eu quis dizer... Bem, não era bem isso que eu... – Gabriel se enrolava nas palavras.

— Tudo bem, será nosso segredinho. – Ela lhe lançou uma piscadela, ainda sorrindo. Ele quis se explicar, mas não houve tempo. Todos se levantaram assim que Amanda adentrou a sala de reuniões. Ambos fizeram o mesmo, sem poder dar continuidade.

   Antes que a reunião começasse, a CEO Amanda Roux fez questão de pedir que um dos diretores de departamentos, trocasse seu lugar com Alexandre. Ninguém a entendeu inicialmente. Alguns acharam a atitude muito deselegante, mas ela não se importou. Alexandre se sentou na primeira cadeira do lado direito da CEO, como fora ordenado. Ela também havia pedido que marcassem a primeira cadeira do lado esquerdo, pois ali sentaria alguém especial. A cadeira permanecia vazia, até que Amanda conduziu Melinda, sua assistente, até ela. Posicionando-se na ponta, onde era seu lugar de direito, ainda de pé, resolveu dar seu comunicado.

— A partir de hoje, esta empresa está oficialmente sob nova direção. Espero contar com o apoio de todos. Caso alguém se oponha, este é o momento certo para refutar.

— Desculpe, acho que não entendi, senhora Roux. – Disse um acionista, confuso.

— Por favor, senhor Orlando, leia para todos do recinto. – Amanda se sentou.

— Sim, senhora Roux. – Respondeu Orlando, já se levantando para ler as principais partes dos documentos que tornavam Amanda Roux não apenas a nova CEO, mas também a dona da empresa. Por mais que todos os acionistas se juntassem contra ela, não chegariam sequer perto das ações majoritárias que Amanda possuía. Houve um burburinho prolongado, assim que os documentos foram lidos.

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Comments

Jaildes Damasceno

Jaildes Damasceno

Acionista majoritária. se nao chegam perto deve ser incrível 80% será?

2025-03-10

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