O casamento de Serena foi como um sonho tomando forma no coração do complexo, as meninas disseram que geralmente festas da nossa família eram ali.
A decoração estava deslumbrante, com flores brancas e douradas que adornavam cada canto, refletindo a luz suave do entardecer. Serena estava radiante em seu vestido, que parecia flutuar ao seu redor, com detalhes em renda que se estendiam até o chão. O sorriso em seu rosto era contagiante, transbordando de felicidade enquanto ela caminhava pelo corredor com passos leves, como se estivesse prestes a voar.
Luca, por sua vez, tinha o olhar fixo nela, seus olhos brilhavam como se nada mais no mundo existisse além dela. Quando se encontraram no altar, o amor entre eles parecia quase palpável, envolvendo a todos em uma aura de alegria e esperança. As promessas que trocaram foram sinceras, palavras que uniam suas almas para sempre, e quando se beijaram, o mundo ao redor parecia se encher de luz. Foi um momento mágico, e até mesmo as pessoas mais duras ali presentes não puderam conter sorrisos de emoção.
Mas, como se a felicidade estivesse destinada a ser interrompida, um tiro quebrou o encanto da noite. Houve um tumulto, e, em meio à confusão, vi Maria, esposa do Vincenzo, ser atingida. Tudo aconteceu tão rápido que, por um instante, o ar pareceu me faltar. O caos se instaurou, gritos e ordens ecoavam, e eu senti meu coração disparar no peito.
Giovanni, sempre pronto para proteger, deu um passo à frente. Sua intenção de ir ajudar era evidente, e eu o segurei pelo braço, meu pavor se manifestando em cada palavra.
— Por favor, não vá! — Minha voz saiu tremida, os olhos se encheram de lágrimas. — Não me deixe... Não agora.
Ele me olhou com uma intensidade que me fez entender que aquela não era uma escolha fácil para ele. Queria lutar, queria proteger a família, mas a expressão no meu rosto o fez hesitar. Giovanni colocou uma mão firme em meu ombro e assentiu, decidindo ficar ao meu lado. O tumulto ao nosso redor continuava, os homens prenderam o cara e o caos acabou, mas só com ele ali, me senti um pouco mais segura.
— Eu estou aqui, Julia. Não vou a lugar algum, prometo — ele sussurrou, me puxando para perto, como se seu abraço pudesse me proteger do mundo.
Nos afastamos do caos e seguimos para a casa da árvore. Ali, no refúgio que sempre nos trouxe paz, o ambiente parecia outro. Subimos e nos acomodamos na cama, ele me segurando com força, enquanto meu corpo ainda tremia com os resquícios do medo.
A noite se estendeu, e Giovanni não soltou minha mão em momento algum. Ficamos ali abraçados, o som distante do vento balançando as folhas ajudava a acalmar os pensamentos. Senti meus olhos pesarem aos poucos, e mesmo no meio do caos, com toda a preocupação que nos cercava, acabei adormecendo em seus braços, sabendo que ele estava ali para me proteger.
Aquele dia começou com sonhos de amor e acabou em tensão e dor, mas o calor dos braços de Giovanni era a certeza de que, de alguma forma, conseguiríamos superar tudo, juntos.
Giovanni...
Quando tudo começou a desmoronar com o disparo que atingiu Maria, eu senti a urgência pulsar em minhas veias. Mas então, vi o medo nos olhos de Julia.
O terror genuíno que ela não conseguia esconder. Qualquer situação de risco a deixava abalada, como se revivesse cada pesadelo que já teve. Quando ela me segurou, a voz trêmula pedindo para eu não ir, não precisei de mais nada para decidir que não a deixaria sozinha.
Levamos algum tempo para encontrar algum resquício de paz na casa da árvore, onde o silêncio e a calmaria ajudavam a aliviar o peso da noite. Ela se deitou na cama ao meu lado e adormeceu, exausta pela tensão. Observei o rosto sereno de Julia enquanto dormia, e mesmo assim, sua expressão ainda parecia um pouco perturbada, como se os resquícios do pavor se escondessem sob as pálpebras fechadas. Eu sabia que qualquer coisa que ameaçasse nossa paz a afetava de forma intensa, e meu coração se apertou com a responsabilidade de protegê-la. Nunca a deixaria passar por mais uma dor que eu pudesse evitar.
Enquanto ela descansava, peguei o telefone e liguei para Enrico.
— Alguma novidade? — perguntei, tentando manter a voz baixa para não acordar Julia.
— Sim, Giovanni. Maria está bem. O tiro não foi fatal. Ela está fora de perigo — respondeu Enrico, com um tom que trouxe um alívio imediato ao meu peito. — Os médicos disseram que ela vai se recuperar totalmente. A situação está sob controle agora.
Respirei fundo, sentindo o peso sair dos meus ombros. As coisas poderiam ter sido muito piores, e agradeci por Maria estar fora de perigo. Mas o que me preocupava era outra coisa. Olhei para Julia de novo, adormecida e vulnerável. Qualquer risco, qualquer tensão, parecia trazê-la de volta a uma escuridão que ela nunca mereceu conhecer. Eu não podia deixar que isso a dominasse de novo. Ela precisava sentir que estava segura, que nada nem ninguém a machucaria enquanto eu estivesse ali.
— Obrigado, Enrico — respondi, mais calmo. — Continue de olho em tudo por aí. Vou ficar aqui com Julia que está nervosa.
Desliguei o telefone e voltei minha atenção para Julia. Passei a mão suavemente por seus cabelos, afastando uma mecha que caía sobre seu rosto. A promessa de que eu protegeria sua paz, seu sono, sua vida, voltou a ecoar dentro de mim. Ela era mais frágil do que parecia, e ao mesmo tempo, mais forte do que ela própria acreditava.
Essa mistura de delicadeza e resistência me fazia amá-la ainda mais, e ali, ao vê-la dormir na casa da árvore, eu jurei para mim mesmo que qualquer situação de risco seria enfrentada, mas sem colocá-la novamente em perigo. Ela era meu tudo, e eu faria o que fosse necessário para manter o medo longe do seu coração.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Alessandra
Autora linda vai no seu tempo mais posta mais capítulos mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais,não demora muito.
2024-10-24
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