Capítulo 4. “Ecos do passado.”

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...*"Às vezes, o coração nos leva de volta ao lugar onde tudo começou, apenas para nos mostrar o quanto ainda precisamos encontrar o caminho de volta a nós mesmos." **A.E ✔️*...

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...•Narrado por Mia Corbell•...

Eu sabia que voltar para casa não seria fácil, mas não tinha imaginado o quão doloroso seria reviver todas essas emoções. Eu voltei para um passado que havia tentado esquecer, para um lar que tinha abandonado em busca de uma paz que nunca encontrei.

Voltar nunca tinha sido uma escolha. Por anos, eu tentei me convencer de que a distância era o que eu precisava, que fugir seria suficiente para apagar as lembranças, e para enterrar os sentimentos que sempre me acompanharam. Mas, no fundo, eu sabia que não importava o quanto eu corresse, o quanto eu me afastasse, o resultado sempre seria o mesmo. Cada dia terminava com a mesma saudade, a mesma dor, e o mesmo nome pulsando dentro de mim: Liandra.

...**Flashback on — **9 anos atrás....

O avião cortava as nuvens com a mesma precisão que a lâmina de uma faca atravessa a pele, e eu me sentia exatamente assim: dividida ao meio. Por um lado, havia a dor descomunal da perda do meu pai, uma ferida aberta que nunca cicatrizou, e, por outro, a dor silenciosa e constante de amar alguém que talvez nunca fosse me amar da mesma forma.

Lembro-me da última vez que vi meu pai. Seu sorriso era o mesmo, mas seus olhos pareciam distantes, como se soubesse que aquela despedida seria definitiva. Ele me abraçou forte, como se quisesse gravar em mim a memória daquele momento, e me disse para seguir em frente, não importa o que acontecesse. Mas como seguir em frente quando tudo o que eu mais queria era voltar para aquele abraço e nunca mais sair?

Depois que ele se foi, nada mais fez sentido. A casa que antes era cheia de risos e conversas se tornou um túmulo silencioso. E minha mãe, ah, minha mãe... Ela se fechou em seu próprio luto, criando um abismo entre nós que eu não sabia como atravessar. E foi nesse vazio que a figura da morena se tornou ainda mais presente, mais dolorosa.

Eu sempre soube que amava Liandra. Desde que éramos crianças, ela sempre foi tudo pra mim, a pessoa para quem eu corria quando tudo desmoronava. E quando meu pai morreu, a única coisa que me manteve em pé foi a ideia de que, de alguma forma, ela poderia me salvar da dor. Mas a realidade é cruel. E não importava o quanto eu quisesse, Liandra nunca foi minha, e talvez nunca seria.

Foi essa dolorosa percepção que me levou a ir embora. A decisão não foi fácil, mas parecia ser a única saída. Eu já não conseguia suportar estar tão perto dela e, ao mesmo tempo, tão longe. Cada sorriso que ela me dava, cada olhar que cruzávamos, me fazia querer gritar o que estava enterrado em meu peito, mas eu nunca consegui. O medo de perder o que tínhamos e de destruir a única coisa que ainda me mantinha de pé me paralisava.

Então, eu fugi. Fugi do país, da dor da perda, das lembranças, do luto, e, principalmente, fugi dela. Acreditei que a distância seria minha salvação, que, com o tempo, meu coração se acostumaria a viver sem ela. Mas estava enganada. A saudade era uma constante, uma presença que me acompanhava onde quer que eu fosse. E, com ela, vinham as lembranças. A maneira como a morena ria, como sua voz soava quando dizia meu nome, ou como seus olhos brilhavam quando algo a encantava.

...Nova York — antes de voltar. ...

O relógio marcava três da madrugada quando me levantei da cama em um impulso, sem conseguir mais ignorar a tempestade de pensamentos que havia me assolado nas últimas semanas. Nova York estava silenciosa, mas dentro de mim, o caos era ensurdecedor.

Eu estava em frente à janela, olhando para o horizonte enquanto as luzes da cidade dançavam lá fora. Era uma noite fria no Upper West Side, mas a sensação de vazio dentro de mim parecia ainda mais gelada. Era como se todas as decisões que eu havia tomado nos últimos anos tivessem sido em vão. Fugir para o outro lado do oceano não tinha amenizado a dor que pulsava em meu peito. A verdade era que, mesmo cercada por novos amigos, novas oportunidades, uma carreira promissora e uma nova vida, eu me sentia mais sozinha do que nunca. E, naquela noite, finalmente compreendi que não poderia mais continuar fugindo. Não era só a saudade, não era só o peso das memórias... era a necessidade de fazer algo que eu vinha adiando por muito tempo.

...O que me trouxe de volta para casa naquele momento específico? ...

Eu gostaria de dizer que foi algo grandioso, uma revelação súbita, mas não foi. Foi o som de uma risada. Uma risada que ouvi na rua enquanto voltava para o meu apartamento. Uma risada que me lembrou dela.

Naquele instante, tudo que eu tentei enterrar ressurgiu. Liandra. Meu pai. Minha mãe. Minha antiga vida. Tudo voltou com força total, e percebi que Nova York não era mais suficiente para abafar essas lembranças. Eu precisava voltar. Precisava enfrentar o que deixei para trás.

Eu sentei na beira da cama, com o celular na mão. O número da minha mãe estava na tela, mas minha mão tremia tanto que parecia impossível pressionar o botão de chamada. Não falava com ela há muito tempo, desde o dia da nossa última briga. As palavras duras que trocamos ainda ecoavam na minha mente. O quanto eu a culpei, o quanto eu a fiz sofrer…

Respirei fundo e fechei os olhos, tentando encontrar coragem. Eu precisava fazer isso. Precisava tomar essa decisão e enfrentá-la, mesmo que parte de mim quisesse continuar escondida para sempre. Apertei o botão e levei o telefone ao ouvido, ouvindo o toque soar como um martelo em minha cabeça. Uma, duas, três vezes antes que a voz dela finalmente ecoasse do outro lado da linha.

Tina Corbell — Alô.

Mia Corbell — Mãe… sou eu. — As palavras saíram quase num sussurro, meu peito apertado pelo peso da culpa e da saudade.

Tina Corbell — Mia? — A voz da minha mãe estava trêmula, quase como se ela não acreditasse que eu realmente estava ligando.

Houve um longo silêncio do outro lado, e por um momento, pensei que ela tivesse desligado. Mas então ouvi um suspiro profundo.

Tina Corbell — Mia, eu… eu pensei que você não queria mais falar comigo. — Ela disse, a dor evidente em sua voz. — Onde você está?

Mia Corbell — Eu… — minha voz falhou, e senti as lágrimas se formando nos meus olhos. — Eu sinto muito, mãe. Eu sei que disse coisas horríveis, e que machuquei você. Mas… eu não aguento mais ficar longe. Eu preciso voltar para casa.

Tina Corbell — Você quer voltar? — A surpresa era palpável em sua voz, e eu podia imaginar o choque em seu rosto.

Mia Corbell — Sim, eu… eu não posso continuar fugindo. Preciso enfrentar o que deixei para trás, preciso resolver as coisas entre nós.

O silêncio que se seguiu foi mais curto desta vez, mas igualmente pesado.

Tina Corbell — Quando você volta, minha filha? — Ela perguntou, a voz já embargada pelas lágrimas que eu sabia que ela estava segurando.

Mia Corbell — Eu volto para o país no próximo mês. Preciso acertar algumas coisas, resolver o que ficou pendente. E... eu também quero ver você. — Respondi rapidamente, como se temesse mudar de ideia se pensasse demais.

Tina Corbell — Mia, eu… eu nunca quis que você fosse embora daquele jeito. Eu só queria que você ficasse…

Mia Corbell — Eu sei, mãe… — interrompi, sentindo a dor e o arrependimento em cada palavra. — “Mas eu precisava de tempo. E agora… preciso de você."

Do outro lado da linha, ouvi um soluço abafado, e meus próprios olhos se encheram de lágrimas.

Tina Corbell — Eu estarei aqui, esperando por você. — ela disse, e percebi que aquelas palavras continham uma promessa que eu não ouvira dela há muito tempo.

Mia Corbell — Obrigada, mãe. Eu te amo. — Foi tudo que consegui dizer, antes de desligar o telefone.

A viagem de volta parecia um sonho. Um sonho confuso e inquieto, onde cada segundo era permeado por um misto de ansiedade e medo. O aeroporto estava lotado, mas eu não via ninguém ao meu redor. Apenas a imagem da minha mãe, do meu pai, e de Liandra, rodopiando em minha mente como fantasmas de um passado que eu estava prestes a reencontrar.

Durante o voo, tentei dormir, mas meus pensamentos estavam em tumulto. Revivi inúmeras vezes as palavras que diria à minha mãe, ensaiando diferentes versões de como poderia pedir perdão, de como explicar o que realmente me levou a fugir para Nova York.

O voo de volta foi longo e cansativo. O tempo parecia se arrastar enquanto eu observava as nuvens através da janela do avião. Quando pisei de volta em solo conhecido, a sensação de voltar parecia surreal, e o peso de todos os anos de ausência caiu sobre mim como uma maré incontrolável.

...Londres....

O avião pousou no início da noite. Assim que saí da aeronave, senti o ar frio, pesado e úmido da cidade. Mesmo com todos os sentimentos conflitantes, havia algo reconfortante na sensação de estar de volta ao lugar que sempre chamei de lar. Enquanto caminhava pelo terminal, comecei a sentir um nó de ansiedade se formar no estômago. Eu sabia que havia tomado a decisão certa, mas isso não tornava o reencontro menos assustador.

...***...

Quando as portas automáticas do aeroporto se abriram, me deparei com uma noite estrelada e uma brisa suave que balançava meu cabelo. O carro que minha mãe havia mandado pra me buscar estava estacionado em frente ao terminal. As ruas eram as mesmas, mas a paisagem interior havia mudado profundamente. Eu havia mudado.

Quando entrei em casa, o aroma familiar dos cômodos me envolveu, uma mistura de lavanda e canela. Minha mãe estava na sala de estar, sentada em uma poltrona com uma xícara de chá nas mãos. Ela levantou a cabeça quando entrei, e assim que nossos olhos se encontraram, as lágrimas surgiram enquanto o tempo parecia parar. Vi a mistura de emoções em seu rosto—alívio, culpa, amor e medo.

Tina Corbell — Mia… — ela sussurrou, levantando-se e vindo em minha direção.

Mia Corbell — Oi, mãe… — eu disse, com uma voz que tremia mais do que eu gostaria.

Tina Corbell — Que saudade… — Sua voz estava trêmula, e antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, ela me puxou para um abraço apertado.

Foi um momento de silêncio entre nós. Um momento em que todas as palavras que não dissemos durante os últimos meses pareciam se dissolver na brisa da noite. Não precisava de palavras naquele instante. Apenas o calor do abraço dela, a sensação de que, apesar de tudo, ainda era minha mãe, e eu ainda era sua filha.

...*— ***Londres dias atuais.** — ...

Os dias seguintes foram preenchidos com reuniões e ajustes necessários. Eu havia prometido a mim mesma que faria o possível para resolver tudo rapidamente. Mas o tempo que passei com minha mãe e o retorno às minhas raízes não apagaram o que realmente me trazia de volta: Liandra.

Eu não sabia como seria reencontrar Liandra, não sabia como reagiria ao ver aqueles olhos que tantas vezes haviam me confortado e perturbado ao mesmo tempo. Durante todos esses anos, tentei me preparar, me convencer de que o tempo havia curado as feridas, mas a verdade era que o tempo apenas as havia adormecido, à espera do momento certo para despertarem com ainda mais força.

...Flashback off...

Finalmente, o dia chegou. Eu iria começar a trabalhar, mas acabei tendo um imprevisto… Fiquei contente quando recebi o convite da Bá pra almoçar com elas assim eu teria a oportunidade de revê-la e, finalmente, ver a pessoa que assombrou meus sonhos e pensamentos durante todos esses anos dia após dia…

E esse momento chegou no instante em que nossos olhares se cruzaram naquele jardim e tudo ao nosso redor desapareceu, restando apenas ela. E eu tenho que confessar que não estava preparada. Nenhum dos anos longe, nenhuma das barreiras que tentei construir ao redor do meu coração, nada disso importou quando vi Liandra novamente.

Ela estava lá, com o mesmo olhar intenso e o sorriso que eu havia sonhado em tantas noites solitárias. Exatamente como eu me lembrava, mas ainda mais bonita, mais intensa, mais… tudo. E, naquele momento, assim que ela sorriu pra mim, todo o controle que eu achei que tinha foi por água abaixo, tudo o que eu havia tentado enterrar retornou com uma força avassaladora. O amor, a saudade, o desejo, todos os sentimentos que eu pensava ter controlado, emergiram de uma vez, me atingindo como uma onda gigante, quase me derrubando. Senti meu coração parar por um segundo, como se ele estivesse tentando entender se aquilo era real ou apenas mais uma memória dolorosa.

Eu tive que fazer uma força surreal para me manter de pé. Era como se meu corpo tivesse esquecido como respirar, como se meu coração batesse descompassado, tentando alcançar um ritmo que ele nunca havia encontrado. E, por um breve instante, eu me perguntei se ela poderia sentir o mesmo, se em algum lugar dentro daquele sorriso encantador havia algo além da simples amizade que sempre nos definiu.

Mas eu não podia me permitir pensar assim. Não podia me deixar acreditar que a morena pudesse sentir o mesmo por mim. Ela sempre foi tudo o que eu quis, tudo o que eu amei, mas também tudo o que eu nunca tive coragem de lutar para ter. E, por isso, eu continuei a fingir, a sorrir, a agir como se nada tivesse mudado.

Eu precisava me recompor, que não podia deixar transparecer o turbilhão que se formava dentro de mim. Então, sorri de volta, mesmo que meu sorriso não tivesse a mesma naturalidade do dela. Cada fibra do meu ser queria correr até ela, abraçá-la e nunca mais soltar, mas me forcei a permanecer no lugar, a manter a compostura, a agir como se nada tivesse mudado, quando, na verdade, tudo estava diferente.

Quando Bárbara me convidou para ficar e tomar um vinho, o desejo de aceitar foi imediatamente combatido pelo medo e a brutalidade com que meus sentimentos estavam fervilhando dentro de mim. A menção do "encontro" ao qual eu havia concordado em ir me pareceu um bom jeito de fugir de tudo que estava sentindo. Por mais que meu meu corpo gritasse desesperadamente pra ficar, eu ainda não estava preparada para lidar com o desejo palpável e a dor intensa que o simples olhar de Liandra havia despertado em mim. E talvez a verdade é que eu nunca estivesse de fato.

Bárbara Bianchi — Mia, querida, fica um pouco mais. Vai ser bom colocar a conversa em dia. — Ela insistiu, sua voz cheia de carinho.

Mia Corbell — Bá, eu adoraria, mas realmente preciso ir. Tenho um compromisso mais tarde... um encontro, na verdade — disse, tentando soar casual, mas a palavra "encontro" me pareceu pesada na boca.

Eu olhei para Liandra, e o desconforto em seus olhos foi como uma facada. Ela tentou esconder, tentou agir como se estivesse bem, mas eu conhecia Liandra bem demais para ser enganada.

Liandra sorriu, mas era um sorriso sem humor, forçado, e a leveza de sua expressão parecia falsa, uma tentativa desesperada de manter as aparências. Meu coração se retorceu ao ver o quanto ela estava tentando ser forte, e eu queria desesperadamente retirar aquelas palavras, anular o compromisso e ficar ali com ela. Mas a verdade era que eu estava tão perdida quanto antes, e o encontro que eu havia marcado parecia ser uma forma de fugir da dor, e não enfrentá-la.

Liandra — Bom, então você não deve se atrasar e deixar o sortudo esperando — Ela respondeu, e a leveza na sua voz era tão forçada quanto o meu sorriso.

Meu coração doeu ao ver como ela lutava para parecer despreocupada. E eu odiei a mim mesma por estar causando isso nela, por fazer com que a morena, que sempre foi tão forte, tão segura, parecesse vulnerável. Eu queria mais do que tudo permanecer ali, absorver cada fragmento dela, mas sabia que o compromisso que tinha marcado era uma forma de esconder a verdade de mim mesma. Queria gritar, queria dizer a ela que o tal encontro não significava nada, que a única pessoa com quem eu realmente queria estar era ela… que a única razão pela qual meu coração batia naquele e em qualquer outro momento era ela, e sempre foi ela. Mas as palavras ficaram presas na minha garganta, sufocadas pelo medo.

Enquanto me despedia, o peso da culpa e da dor me acompanhava. Cada passo me afastava de Liandra, e o mundo ao meu redor parecia desmoronar. Voltar para casa tinha sido uma tentativa desesperada de encontrar segurança, mas agora parecia que tudo o que havia feito foi abrir velhas feridas e criar novas. A verdade era que ela era a única constante em minha vida, a única que sempre teve o poder de me fazer sentir tão viva e tão quebrada ao mesmo tempo.

Nos despedimos, e a sensação de culpa e desespero me seguiu enquanto eu saía. Cada passo que me afastava de Liandra me fazia questionar minhas escolhas.

...O que eu estava fazendo? ...

...Por que tinha escolhido algo que apenas me separava ainda mais da única pessoa que realmente importava?...

Quando cheguei ao carro, me permiti respirar fundo e deixar as lágrimas descerem, silenciosas e quentes. Eu tinha voltado para enfrentar meus fantasmas, mas o maior deles era o que eu sentia por ela.

No caminho de volta, meu coração estava em frangalhos. O retorno para casa, que deveria ser um alívio, estava se tornando um pesadelo emocional. Como eu podia me sentir segura quando a pessoa que eu mais amava estava tão distante, não apenas fisicamente, mas emocionalmente? A decisão de voltar tinha sido motivada pela necessidade de encontrar refúgio, mas agora parecia que eu havia apenas aprofundado o buraco que havia em meu coração.

Enquanto a noite caía, eu me encontrava novamente imersa em minhas lembranças e arrependimentos. Liandra ainda estava gravada na minha mente, e eu sabia que precisava encontrar uma maneira de confrontar meus sentimentos, de enfrentar a verdade sobre o que eu realmente queria e precisava. Porque, no final das contas, a única verdade era que, apesar de tudo, Liandra sempre foi e sempre seria o centro do meu mundo. Meu primeiro e único amor. E eu precisava descobrir se havia uma maneira de conquistar o que nunca havia sido meu de verdade e nada, nem mesmo o medo, poderia mudar isso.

Naquela noite, deitada na cama, encarei o teto enquanto tentava processar tudo. E enquanto o sono não vinha, uma única pergunta ecoava na minha mente: “Será que algum dia serei capaz de dizer a ela o que realmente sinto?”

A verdade era que eu estava cansada de fugir. Cansada de fingir que o tempo e a distância poderiam curar algo que estava gravado tão profundamente em mim. Todos os dias, quando estive longe e o silêncio da noite caía, e eu ficava sozinha com meus pensamentos, o rosto dela voltava com uma nitidez quase dolorosa. E era sempre a mesma pergunta: “E se?”

...E se eu tivesse ficado? ...

...E se eu tivesse sido corajosa o suficiente para dizer a ela tudo o que sinto? ...

...E se ela, de alguma forma, também sentisse o mesmo por mim?...

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...*"E enquanto o silêncio da noite sussurrava meus medos, uma verdade se fazia mais clara: o amor não conhece tempo, e fugir dele é apenas prolongar o inevitável." **A.E ✔️*...

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Comments

Maria Fabiana

Maria Fabiana

que história dolorosa mais linda.

2024-09-22

1

Ver todos
Capítulos
1 Prólogo.
2 Capítulo 01: A tempestade antes da calmaria. Narrado por Liandra Colucci.
3 Capítulo 2. “Reencontros: Entre as sombras do passado e a tensão do presente.”
4 Capítulo 3. “Entre o Desejo e a Renúncia.”
5 Capítulo 4. “Ecos do passado.”
6 Capítulo 5. “Sombras do Passado.”
7 Capítulo 6. “A Beira do Incontrolável.”
8 Capítulo 7. “O silêncio das Palavras não Ditas.”
9 Capítulo 8. “Coração em Colapso.”
10 Capítulo 9. “Entre o Silêncio e a Esperança.”
11 Capítulo 10. “O caminho para Aceitação.”
12 Capítulo 11. “Uma Guerra Silenciosa.”
13 Capítulo 12. “O Reencontro Após o Silêncio.”
14 “Além das Palavras.”
15 “Um passo de cada vez.”
16 “ A cada batida, um momento entrelaçado.”
17 “Novas esperanças e velhas feridas.”
18 “Novas esperanças e velhas feridas.” Parte II
19 “Novas esperanças e velhas feridas.” Parte III
20 “Entre novas esperanças e velhas feridas: Cicatrizes.”
21 “Entre as chamas do passado: Um lugar chamado você!”
22 “Um lugar chamado você.”
23 “Entre beijos e sussurros.” +18
24 “A calmaria antes da tempestade.”
25 “O início da tempestade.”
26 “Jogo de poder.”
27 “O peso dos segredos: A escolha da proteção.”
28 “Verdades e suas consequências.”
29 “Ecos de um desastre.”
30 “Ecos da dor.”
31 “Entre a verdade e a omissão.”
32 “Medos e lembranças.”
33 “Entre silêncios e promessas.”
34 “Escolhas e confrontos.”
35 “No limite entre o medo e a coragem.”
36 “Reflexos de uma relação complicada.”
37 “ A tempestade interior.”
38 “O despertar.”
39 “Conselho.”
40 “Entre o dever e o desejo.”
41 “Entre confrontos e decisões; Vínculos.”
42 “Promessas e sacrifícios.”
43 “Correntes.”
44 “Entre nós.”
45 “O que sempre foi nosso.”
46 “ O mar dentro dela.”
47 “A arte de te resistir.”
48 “A arte de me perder em você.”
Capítulos

Atualizado até capítulo 48

1
Prólogo.
2
Capítulo 01: A tempestade antes da calmaria. Narrado por Liandra Colucci.
3
Capítulo 2. “Reencontros: Entre as sombras do passado e a tensão do presente.”
4
Capítulo 3. “Entre o Desejo e a Renúncia.”
5
Capítulo 4. “Ecos do passado.”
6
Capítulo 5. “Sombras do Passado.”
7
Capítulo 6. “A Beira do Incontrolável.”
8
Capítulo 7. “O silêncio das Palavras não Ditas.”
9
Capítulo 8. “Coração em Colapso.”
10
Capítulo 9. “Entre o Silêncio e a Esperança.”
11
Capítulo 10. “O caminho para Aceitação.”
12
Capítulo 11. “Uma Guerra Silenciosa.”
13
Capítulo 12. “O Reencontro Após o Silêncio.”
14
“Além das Palavras.”
15
“Um passo de cada vez.”
16
“ A cada batida, um momento entrelaçado.”
17
“Novas esperanças e velhas feridas.”
18
“Novas esperanças e velhas feridas.” Parte II
19
“Novas esperanças e velhas feridas.” Parte III
20
“Entre novas esperanças e velhas feridas: Cicatrizes.”
21
“Entre as chamas do passado: Um lugar chamado você!”
22
“Um lugar chamado você.”
23
“Entre beijos e sussurros.” +18
24
“A calmaria antes da tempestade.”
25
“O início da tempestade.”
26
“Jogo de poder.”
27
“O peso dos segredos: A escolha da proteção.”
28
“Verdades e suas consequências.”
29
“Ecos de um desastre.”
30
“Ecos da dor.”
31
“Entre a verdade e a omissão.”
32
“Medos e lembranças.”
33
“Entre silêncios e promessas.”
34
“Escolhas e confrontos.”
35
“No limite entre o medo e a coragem.”
36
“Reflexos de uma relação complicada.”
37
“ A tempestade interior.”
38
“O despertar.”
39
“Conselho.”
40
“Entre o dever e o desejo.”
41
“Entre confrontos e decisões; Vínculos.”
42
“Promessas e sacrifícios.”
43
“Correntes.”
44
“Entre nós.”
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“O que sempre foi nosso.”
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“A arte de te resistir.”
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