Capítulo 17

Ayla Thompson.

Acordo sentindo um misto de felicidade e ao mesmo tempo ansiosa, meu coração estava disparado e um pouco de medo estava me invadindo.

Pego meu celular e vejo a hora vendo que ainda era cedo, resolvi levantar já que não conseguiria dormir mais nenhum um pouco. Tomo um banho lavo e hidrato meus cabelos e faço toda a minha higiene.

Saio do banheiro e hidrato minha pele, visto um short e um cropped e vou secar meu cabelo, resolvi fazer ondas nele e após finalizar desço pra cozinha para preparar um café.

Preparo o café e fecho os olhos respirando fundo sentindo o aroma entrar pelo meu nariz. Sinto meu corpo se arrepiando assim que sinto a presença de alguém na cozinha.

Eu sabia que era ele mesmo sem ver, meu corpo já reagia ao seu olhar possessivo me fazendo prender a respiração, me viro de frente para ele encarando seus olhos azuis profundos.

Os bicos dos meus seios ficam rígidos, assim que desço meu olhar pela sua barriga definida com alguns pingos de suor, já que pela manhã o Heitor tinha uma rotina de treino rigorosa.

Mordo meus lábios e vejo um sorriso brincar nos seus, mas ele logo disfarça e começa a se aproximar para perto de mim, cada vez mais.

Meu corpo incendiava com apenas o seu olhar, as borboletas em meu estômago alcançaram voo me deixando ansiosa para ter suas mãos me tocando e sentir o calor do seu corpo como na noite passada.

Heitor:Bom dia — saiu do transe em que eu estava, e vejo que o Heitor havia quebrado a distância que havia entre nós, sua voz estava rouca mas ao mesmo tempo ainda era grossa.

— Bom dia — falo em um sussurro.

Heitor:Acordou cedo.

— Estou ansiosa — digo e tento me afastar dele, mas ele não permite me encurralando, colocando suas mãos em cada lado da pia da cozinha — Heitor.

Heitor:Hum.

— Por favor, não faça isso.

Heitor:Fazer o que demônia com cara de anjo? — ele diz e foi impossível não arregalar meus olhos com o apelido.

— Demônia com cara de anjo? — digo e arqueio minhas sobrancelhas.

Heitor deposita um beijo em meus cabelos me fazendo ter um surto interno, e se afasta me fazendo sentir falta da sua aproximação.

Heitor:Combina com você — fala e vai até a geladeira, pegando uma garrafinha de água, abrindo ela e logo em seguida levando aos lábios.

— Diferente — eu digo — quer café?

Heitor:Após um banho.

Não digo nada, apenas concordo com a cabeça, termino de tomar meu café e resolvo sair da cozinha mas quando eu ia passar por onde ele estava sinto suas mãos fortes me puxando.

Minhas costas se encostam no seu peito, suas mãos seguram cada lado da minha cintura com firmeza.

Heitor:Quer que eu te leve para a faculdade?

— Não precisa — digo.

Heitor:Irei te buscar!

— Heitor, não precisa eu…

Heitor:Não perguntei se eu posso, eu disse que eu vou Ayla.

— Minha mãe…

Heitor:Não importa. Vou te levar em um lugar.

— Que lugar.

Heitor:Você verá — ele diz e me solta, não respondo ele, apenas saiu da cozinha.

Subo as escadas e vou para o meu quarto, fecho a porta me encostando nela logo em seguida. Respiro fundo me sentindo mal, isso não era certo. Me pergunto o quão ruim eu sou por deixar ele se aproximar, por sentir desejo e por permitir que meu coração bata disparadamente quando o vejo.

Vou para o closet que havia no meu quarto, e visto uma calça jeans e um cropped de manga comprida preto, coloco um tênis branco nos pés, deixo meus cabelos soltos, passo um gloss nos lábios e coloco um brinco de argola.

Me olho no espelho gostando do que vejo, pego minha bolsa e desço para sala encontrando Heitor e minha mãe na mesa tomando café da manhã.

— Bom dia — cumprimentei ambos, mas apenas Heitor responde.

Me sento e pego uma torrada e coloco um copo com café com leite para mim, tento comer mas a torrada não desce, parecia que eu estava comendo pedra, um nó se forma na minha garganta e resolvo apenas tomar o café com leite.

Me despeço deles e saiu do apartamento, chamo um táxi e vou direto para a faculdade. Assim que chego pago o táxi e desço da escola.

Comecei a andar meio perdida pelo lugar mas logo avisto um rosto conhecido, e praticamente corro até Bella.

Bella:Você chegou — ela diz com um sorriso no rosto.

— Estava perdida.

Bella:Normal, aliás aqui é bem grande.

— Eu percebi.

Bella:E ai como você está Ayla?

— Bem e você?

Bella:Estou ótima e ansiosa, para o início do nosso futuro — ela diz e bate as mãos animadas e acho graça no seu jeito — vem vou te mostrar tudo.

Bella me mostra a faculdade, e era enorme, mas ao mesmo tempo bem organizada e bonita. Ela mostra em que sala eu vou ficar e eu coloco minha bolsa me sentando no meu lugar.

Logo as pessoas começam a chegar e a aula começa, os professores se apresentam e explicam um pouco de como funcionará tudo e como eles querem cem por cento da nossa dedicação.

A aula foi tranquila e já fiz amizade com uma menina super simpática, as aulas acabam e Bella vai embora com o motorista dela e eu fico esperando Heitor.

Ele demora e começo a achar que ele deve ter se esquecido, pego meu celular para chamar um carro de aplicativo quando um carro super luxuoso para ao meu lado.

Os vidros do carro abrem e um homem vestido todo de preto e com um óculos.

Homem:Senhorita Ayla?

— Sim?

Homem:Sou o Victor, o senhor Heitor me mandou vir lhe buscar.

meu celular vibra e vejo uma mensagem do Heitor — desde quando ele tinha o meu número me pergunto.

Cumprimento o Victor e entro no carro repousando minha cabeça no banco confortável e fomos o caminho todo em silêncio.

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