Ayla Thompson
Olho as horas no celular 3h da madrugada. Meus olhos estão pesados, e não faço ideia de quanto bebi, mas pela tontura e pela dor de cabeça, deve ter sido bastante.
Estou alegre e elétrica, rindo de coisas bobas e dançando como se não houvesse amanhã. É raro eu me soltar assim quando estou com meu pai, então aproveitei o máximo possível — talvez até demais.
Bell: Vamos embora — Bella sussurra no meu ouvido, e eu apenas concordo com a cabeça.
Descemos as escadas que nos levam para fora da boate, nos segurando uma na outra para não cair. Ela está mais sóbria do que eu, provavelmente por estar mais acostumada a beber. Afinal, ela disse que faz isso há tempos.
Caminhamos até o estacionamento, onde o carro e o motorista que Heitor deixou à nossa disposição nos esperam. Entramos no carro, e eu e Bella rimos tanto que minha barriga chega a doer, e a vontade de fazer xixi só aumenta. Nem o motorista conseguiu segurar a risada ao nos ver naquele estado.
Deixamos Bella em casa, e seguimos em direção ao apartamento.
Assim que o carro estaciona, o motorista se vira para mim com um olhar sério.
Motorista: Senhorita, o senhor Heitor pediu para lhe entregar isso — ele estende um cartão.
— O que é isso? — pergunto, encarando o objeto em sua mão.
Motorista: Este cartão serve para abrir a porta, senhorita Ayla.
— Rico não usa chave para abrir porta? — arqueio as sobrancelhas, e ele ri.
Motorista: Depende do lugar. É só aproximar o cartão da porta que ela vai destravar.
— Ah, tá bom. Muito obrigada — agradeço, abrindo a porta do carro e saindo rapidamente. A tontura me atinge de novo, e resmungo — Merda.
Motorista: A senhorita precisa de ajuda? — o motorista pergunta, preocupado.
— Não, eu consigo — respondo rapidamente e começo a caminhar para dentro do prédio.
Entro no elevador e aperto o botão do andar da cobertura. Quando a porta se abre, caminho apressada até a porta. Encosto o cartão, mas a porta não abre, apenas emite um bip. Tentei mais umas três vezes, sem sucesso.
— Que droga de porta... — murmuro, e, de repente, ela se abre. Arregalo os olhos.
Ele está sem camisa de novo, dessa vez usando apenas um short de tecido. Seus cabelos estão bagunçados, e aquela imagem ficaria na minha mente por dias.
— Deus amado — sussurro.
Heitor: Ayla — meu nome sai como um rosnado rouco dos seus lábios, e sinto o tecido da minha calcinha se umedecer.
— A-ah... A porta não queria abrir... o cartão... — gaguejo, tentando manter o foco em seu rosto, mas meus olhos insistem em registrar cada detalhe daquele corpo.
Heitor: Você está usando o cartão errado — ele diz, e vejo seus olhos vacilarem por um momento, descendo por todo o meu corpo, me deixando ofegante. — Entra, Ayla.
Ele se afasta para me dar passagem. Fecho a porta atrás de mim e o sigo até a sacada, onde ele para.
— Você fuma? — pergunto.
Heitor: Só quando preciso desestressar.
— E ajuda?
Heitor me olha, apaga o cigarro nos dedos e o joga fora.
Heitor: Não pense em começar a fumar. Não faz bem e vira um maldito vício.
— Mas você...
Heitor: Ayla — ele rosna de novo meu nome, me silenciando.
— Desculpa...
Heitor: Como foi a noite? — ele pergunta, mudando de assunto.
— Foi boa. Sua irmã é muito legal. Acho que bebi demais — admito, levando as mãos à cabeça.
Heitor: Tenho certeza disso — ele diz com um sorriso brincando nos lábios. — Acho melhor você ir dormir, garota.
Concordo e começo a caminhar em direção às escadas, mas acabo esbarrando em algo.
— Ai, droga.
Heitor: Você é um desastre, garota — a voz de Heitor soa atrás de mim, e um arrepio percorre meu corpo.
— Desculpa, não quebrou nada, eu juro.
Heitor: Não sou cego, Ayla.
— Grosso — murmuro sem pensar, e rapidamente coloco a mão na boca.
Heitor: Você não tem ideia do quanto.
— O quê?
Heitor: Nada, Ayla. Vem, vou te ajudar a subir.
— Eu consigo, não precisa, Heitor.
Heitor: Você vai acabar se machucando, isso sim — ele diz, me pegando no colo de repente. Solto um gritinho de surpresa.— Cala a boca — ele ordena, com o rosto próximo ao meu. Sinto o cheiro de whisky vindo de sua boca.
— H-Heitor... — gaguejo, e meus olhos caem em seus lábios carnudos.
Heitor: Porra, Ayla — ele murmura.
Respiro fundo e rodeio meus braços em volta de seu pescoço, com medo de cair. Heitor sobe as escadas com cuidado, ainda me carregando.
Chegando à porta do quarto, ele a empurra com o pé, entra e me coloca no chão delicadamente. Minhas mãos deslizam por seu peito e abdômen, sentindo os músculos definidos.
Heitor: Não faz isso, garota — ele diz, segurando meus braços e me forçando a olhar em seus olhos azuis.
— Você é muito gostoso... — Meu Deus, eu não disse isso! — Q-quer dizer...
Heitor se aproxima mais, suas mãos apertam firme minha cintura. Ele se inclina até meu ouvido, fechando os olhos e respirando fundo antes de sussurrar, com aquela voz rouca que me deixa com as pernas bambas:
Heitor: O teu cheiro é um convite para perder o juízo...
E com isso, ele afasta-se, me deixando sem reação. Antes de sair, ele me lança um último olhar.
Heitor: Tenha uma boa noite, loirinha.
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Cláudia Lopes
isso não vai ser certo kkkkkkkk
2025-02-04
0
Telma Souza
misericórdia Jesus. vai pra tentação do pecado. kkkkk
2025-03-24
0
Magna Figueiredo
A química bateu forte entre eles /Proud//Proud//Proud//Proud/
2025-04-06
1