Capítulo 06

Ayla Thompson.

Heitor saiu do meu quarto deixando seu cheiro impregnado nele, um perfume amadeirado forte e que deixava sua marca onde passava.

Ele era completamente perfeito, era a tentação de qualquer mulher, eu tinha certeza que por onde ele passava os olhares iam em sua direção.

Não sabia a sua idade, mas já não era alguém tão novo, mesmo assim seu corpo era marcado e malhado, sua barriga era trincada e definida, os gominhos eram perfeitos e bem desenhados.

Ele era um verdadeiro pecado em forma de gente…eu jurava que o marido da minha mãe seria um velho insuportável e surdo, mas a realidade era totalmente diferente.

Me xingava mentalmente por reparar demais em um homem proibido, e por ter chegado a imaginar qual seria o gosto do seus lábios, era uma sensação totalmente diferente, meu estômago revirava mais não era enjoada ou fome, era como se estivesse borboletas loucas para voarem.

Pensei que era mentira quando lia em um livro ou alguém falava que quando encontrasse um homem que mexia com você, isso aconteceria, tanto que quando tive meu primeiro beijo me perguntei porque não foi mágico como muitas diziam, ou era eu que sonhava alto demais com algo que não passava além de história.

Mais o problema é que Heitor não poderia causar as borboletas em meu estômago, ele era proibido, ele era da minha mãe, mas ela acordou elas, ele despertou as borbotões que estava adormecida com seu olhar penetrante.

Meus pelos estavam arrepiados e não era de frio, eu não sabia dizer o que ela, resolvo tomar um banho e ir descansar meu corpo e minha mente que estavam exaustos.

Abro minha mala, pegando apenas um pijama dela e a deixando de canto, após meu sono da tarde eu arrumaria ela, me despido de minhas roupas a caminho do banheiro, me encaro no espelho por uns segundos e respiro fundo.

Pensei que ela estaria aqui para me receber, mas não estava, será que havia se esquecido da minha chegada? 

Afasto meus pensamentos assim que sinto o contato da água quente caindo na minha pele relaxando todos meus músculos tensionados, após o banho me seco e hidrato minha pele com um creme suave de maçãs, que eu amo e após terminar a hidratação da minha pele visto minha roupa e me jogo na cama sentindo a maciez do colchão.

Me cubro e ligo o ar condicionado deixando o quarto geladinho, agarro meu travesseiro e me entrego ao cansaço que sentia.

Não sei por quanto tempo dormi, mas acordei com batidas na porta e me sentei rapidamente na cama coçando meus olhos.

— Quem é? — pergunto sonolenta, ainda.

Heitor:Sou eu, desculpa em te acordar, vim saber se você quer ir buscar sua mãe comigo — sua voz me fez despertar rapidamente — Ayla? 

— Eu ainda não estou pronta, se importa em esperar uns minutos? 

Heitor:Não, só não demore muito eu odeio atrasos ou ter que ficar esperando — ele diz, e escuto seus passos se afastando da porta antes que eu pudesse responder.

Me levanto rapidamente da cama e corro para o banheiro, tiro minha roupa de tomo um banho rápido, sem molhar meus cabelos.

Saiu do banho me enxugo e hidrato novamente minha pele, coloco uma saia curta e que tinha duas fendas pequena em cada canto da coxa, e coloco uma camiseta preta com mangas cumpridas.

Meu look de hoje estava bleck, coloco minhas botas que pegava toda minha panturrilha, colo um colar dourado e um brinco de argola, faço uma maquiagem leve e passei nos lábios um lip tint para da cor nos lábios, e um gloss de maçã.

( Look da Ayla )

Coloco meu relógio de pulso, pego meu celular e coloco na minha bolsa e caminho em direção as escadas, começo a descer as escadas e vejo Heitor com um copo nas mãos bebendo enquanto olha a paisagem a fora.

— Desculpa a demora Heitor — digo chamando sua atenção, e ele olha para mim enquanto desço as escadas, seu olhar fazia meu corpo pegar fogo, me deixando desconcertada.

Heitor:Porra — escuto um xingamento sair como sussurro do seus lábios, assim que termino de descer as escadas.

Encaro seus lindos olhos penetrante e foi impossível não descer meu olhar por todo seu corpo e não me lembrar dele apenas com uma calça moletom.

Heitor leva o copo aos labios e bebe todo o líquido de uma vez, sem fazer cara feia e volta a me encarar.

Heitor:Não demore tanto da próxima vez — sua voz saiu arrogante, ao mesmo tempo não parecia que ele queria falar aquilo — está pronta? 

— Sim, podemos ir se quiser, não vou te atrasar mais — digo e ele concorda com a cabeça e coloca o copo no balcão do pequeno bar.

Saímos do apartamento e caminhamos a passos rápidos até o elevador, entramos e quando eu ia clicar no botão para o elevador descer, Heitor foi também fazendo nossas mãos se tocarem, e olhamos um no fundo do olho.

— D.desculpa — acabo gaguejando, ai que idiota que eu sou.

Ele não diz nada clica no botão e logo as portas do elevador se fecha, nosso cheiro estava misturado, e no elevador dava apenas para escutar nossas respirações, estava sufocante.

Assim que a porta se abre nos olhamos novamente e saímos de lá, caminhando até o carro do Heitor, uma BMW blindada, atrás de nós tinha alguns seguranças.

Heitor abre a porta do carro para mim e eu entro me sentando no banco da frente e ele fecha a porta dando a volta no carro e abre a sua se sentando ao meu lado, colocamos o cinto e ele dá partida no carro e logo estávamos pelas ruas.

Heitor:Você nasceu aqui? — Heitor pergunta, quebrando o silêncio que estava pairando no ar.

— Sim, mas me mudei com meu pai para outro lugar — digo, e ele me olha, mas logo volta a prestar atenção na estrada.

Heitor:Irá fazer faculdade do que? 

— Direito.

Heitor:Uma ótima escolha — ele diz.

— E você trabalha com o quê? — dessa vez eu pergunto.

Heitor:Sou CEO de uma empresa de segurança, dono de duas boates famosas e tenho alguns comércios também.

— Caraca que legal…me ensina a atirar um dia — peço, e assim que paramos e um semáforo ele me olha novamente. 

Heitor:Pra que você quer aprender a atirar? — ele pergunta.

— Sempre tive curiosidade — digo e encosto meu corpo no banco — desculpa não…

Heitor:Te ensinarei um dia, mas você não terá uma arma e ficará longe disso — ele diz e eu sorrio concordando.

Fico em silêncio, e tento manter meus olhos na paisagem à frente , mas foi impossível…e logo meu olhar voltou sua atenção ao Heitor.

Uma pequena chama surge queimando onde não deveria, poderia babar então fecho a boca engolindo a saliva que se acumulou.

Quando vira o rosto em minha direção, percebe meu olhar preso nele.

Heitor:Gosta do que vê? 

“ah droga ele percebeu, que eu estava secando ele”

Mordo meus lábios, antes de redondelo e seu olhar recai sobre meus lábios.

— Você é lindo, claro que gosto! Não faz meu tipo, mas é impossível não reparar na sua beleza — declaro sem pensar, fazendo ele sorrir.

Heitor:Eu estava me referindo a cidade — ele diz, e estaciona com o carro.

— Ah, claro, a cidade é linda — digo me sentindo envergonhada.

Heitor:Mais obrigado pelo elogio — ele diz e solta um risinho — você também é linda.

Ele diz e destrava seu cinto, e abre a porta do seu carro saindo logo em seguida.

Tola é isso que sou, grito em pensamento.

Heitor abre a porta para mim sair, destravo meu cinto e sai do carro fazendo nossos corpos ficarem muito próximos um do outro, me afasto rapidamente e ele fecha a porta do carro.

Olhamos para frente e vejo minha mãe caminhando em direção ao Heitor, como se não tivesse me visto, mas assim que seus olhos vieram em direção aos meus o seu sorriso que estava de orelha a orelha se fechou por completo.

“isso me doeu tanto…”

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***