Capítulo 14: Entre a Razão e o Coração

Erick já estava guardando os projetos das crianças no carro, quando viu Amanda se aproximar. O semblante preocupado dela o deixou nervoso, mas ele tentou se manter calmo. Isabela, ao vê-la, correu na sua direção, abraçando-a e mostrando uma pequena medalha de ouro.

"Olha, tia Amanda! Eu que ganhei!" dizia ela, saltitando enquanto exibia a medalha.

"Que incrível, meus parabéns!" felicitou Amanda, fazendo carinho nos cabelos de Isabela.

"O Léo também ganhou uma, vem Léo, mostra!" chamou Isabela, e Leonard se aproximou, mostrando sua medalha.

"Vocês são muito inteligentes," elogiou Amanda. "Mas agora preciso falar algo muito importante com seus pais."

Erick pediu que as crianças entrassem no carro, e então ele e Raquel foram até Amanda, que contou tudo o que havia acontecido. A cada palavra, a tensão dos dois aumentava. Por mais cruel que Vitória fosse, ainda era difícil ouvir que ela havia morrido daquela forma.

"Você acha que o Bruno ainda está vivo? É possível que ele tenha sobrevivido a uma queda dessas?" questionou Erick, apreensivo e com sentimentos confusos.

"É difícil dizer, mas coloquei meus melhores agentes para fazer uma busca em toda a área. Se ele sobreviveu, deve estar muito ferido e não deve ir muito longe," respondeu Amanda.

"Espero que vocês consigam pegá-lo logo. Isso é tão assustador," disse Raquel, segurando a mão de Erick.

"Faremos o nosso melhor, mas não relaxem na segurança. Podemos esperar qualquer coisa dele," sugeriu Amanda. Em seguida, se despediu, prometendo dar mais informações quando os policiais terminassem as buscas.

Ao retornar para a ambulância onde Henrique estava, Amanda o viu se afastando, sem camisa. Ela observou suas costas definidas e sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Respirou fundo, tentando controlar seus pensamentos e sentimentos.

"Posso saber por que você está quase pelado e para onde vai assim? Quer pegar um resfriado?" questionou Amanda, aproximando-se.

Henrique virou-se, com uma expressão confusa, mas Amanda só conseguia prestar atenção em seu peitoral, especialmente na marca que a bala havia deixado. Engolindo em seco, ela apenas o encarou, esperando uma resposta.

"Eu queria estar usando uma camisa agora, mas você rasgou a minha," brincou Henrique, como se estivesse reclamando. "Chamei um táxi, ele deve chegar a qualquer momento," acrescentou, mexendo no cabelo e tentando disfarçar o nervosismo.

"Não é seguro você ir de táxi. Eu vou te levar para casa!" informou Amanda rispidamente, enquanto segurava a mão de Henrique e o arrastava até seu carro, sem dar chances para ele recusar. "Desculpa pelo tapa, ainda está doendo?" perguntou ela após começar a dirigir.

"Tá doendo um pouquinho, mas eu vou sobreviver," respondeu Henrique de forma dramática, mas com um sorriso no rosto.

"Que bom!" disse Amanda, suspirando.

Seus pensamentos oscilavam entre o caso e o trânsito e ela estava sempre com um olhar sério. Henrique percebeu que ela estava distraída e resolveu não conversar muito. Mesmo assim, Amanda perguntava várias vezes se ele estava realmente bem, como se não acreditasse em suas respostas.

"Você quer subir? Sei que você não comeu nada a noite inteira," perguntou Henrique quando Amanda estacionou para ele descer.

"Eu preciso ir até o local do acidente, não tenho tempo," respondeu Amanda.

"Seus policiais já estão lá, não estão? Vamos, em poucos minutos eu preparo um sanduíche rápido, só para você não ir de barriga vazia," insistiu Henrique.

"Tudo bem, mas só se for rápido," respondeu Amanda, desligando o carro.

Enquanto subiam para o apartamento de Henrique, ele a observava com um sorriso travesso. Quanto mais a via, mais sua imagem de mulher brava desaparecia, e ele começava a achá-la muito fofa. Seu olhar pousou nos lábios dela, mas ele desviou rapidamente, receoso de que ela tivesse percebido. Ao entrar, ele pediu que ela esperasse sentada no sofá, mas Amanda insistiu em acompanhá-lo até a cozinha, dizendo que seria mais rápido.

Amanda sentou-se em uma das cadeiras da mesa e observou Henrique habilmente preparar os sanduíches. Ele ainda não havia colocado outra camisa, e ela podia apreciar cada detalhe de seu corpo. Pensamentos inesperados surgiram sobre o que mais ela poderia ver. Respirando fundo, tentou focar no caso, mas logo que ele colocou um prato à sua frente com um sanduíche e um copo de suco de laranja, e sentou-se ao seu lado, os pensamentos retornaram rapidamente.

"Não sabia que você era bom na cozinha," brincou Amanda após experimentar o sanduíche.

"Sou bom em muitas coisas," respondeu Henrique, piscando o olho para ela.

"Você também é bom em não sentir frio? Por que ainda não colocou uma camisa?" questionou Amanda, voltando a comer para evitar olhar para ele.

"Meu corpo é bem quente, então não costumo sentir frio. Quer sentir?" disse Henrique, aproximando-se de Amanda até seus rostos ficarem bem próximos.

Percebendo a aproximação, Amanda instintivamente colocou a mão no peito dele, com a intenção de afastá-lo, mas ao sentir o calor, teve vontade de tocar um pouco mais. Quando seus olhos se cruzaram, os dois perceberam que estavam sentindo a mesma coisa. Entregando-se aos sentimentos, fecharam os olhos e aproximaram os lábios. Porém, quando estavam prestes a se beijarem, foram interrompidos por uma chamada no celular de Amanda.

"O que foi, Arthur? Vocês encontraram o Bruno?" questionou Amanda, decepcionada pela interrupção.

"Infelizmente não, mas encontramos um rastro de sangue. Já rastreamos toda a área e nada de encontrá-lo. Me pergunto se ele conseguiu pedir ajuda enquanto os bombeiros apagavam o fogo," respondeu Arthur.

"Tudo bem, já estou indo para aí para entender melhor o que aconteceu," disse Amanda, despedindo-se.

"Você não vai terminar de comer?" perguntou Henrique, vendo-a se levantar.

"Já comi o suficiente, até mais," respondeu Amanda, beijando a bochecha de Henrique e saindo sem olhar para trás.

Henrique se sentiu frustrado, mas a acompanhou até a porta. Ele queria muito sentir o sabor de seus lábios, mas entendia que ela tinha trabalho a fazer e apenas a observou entrando no elevador com um sorriso bobo. Fechando a porta, ele encostou-se, suspirando ao lembrar do que havia acontecido minutos atrás.

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Comments

Neuza Japoneuza

Neuza Japoneuza

eu acho que vitória não morreu.... praga afff

2024-11-18

1

Fatima Vieira

Fatima Vieira

tomara q realmente a vitoria tenha morrido

2025-02-06

1

Jeane Campos Campos

Jeane Campos Campos

concordo

2025-01-22

0

Ver todos
Capítulos
1 Capítulo 1: Laços que Crescem
2 Capítulo 2: Amor entre Família e Amigos
3 Capítulo 3: Cicatrizes Invisíveis
4 Capítulo 4: Um mal Pressentimento
5 Capítulo 5: O que Seria esse Sentimento?
6 Capítulo 6: Uma Segunda Chance
7 Capítulo 7: Começo de uma Nova Jornada
8 Capítulo 8: O Esconderijo dos Bandidos / Distração em Meio ao Caos
9 Capítulo 9: Encontros e Sentimentos Inesperados
10 Capítulo 10: Como tudo Começou
11 Capítulo 11: Conversar sobre Planos ou Apenas um Jantar?
12 Capítulo 12: No Limite da Confiança
13 Capítulo 13: Plano Ousado
14 Capítulo 14: Entre a Razão e o Coração
15 Capítulo 15: Na Pista do Desaparecido
16 Capítulo 16: A fulga audaciosa
17 Capítulo 17: O sacrifício de Henrique
18 Capítulo 18: Corações em Alerta
19 Capítulo 19: O jogo da Justiça
20 Capítulo 20: O Fim de uma Caçada
21 Capítulo 21: Dias de Espera
22 Capítulo 22: Rompendo as Correntes com o Passado
23 Capítulo 23: De Volta à Rotina
24 Capítulo 24: Uma Noite Apimentada
25 Capítulo 25: Entre Trabalho e Fofocas
26 Capítulo 26: Desejos Compartilhados
27 Capítulo 27: Perseguições e Surpresas
28 Capítulo 28: Eu Tenho um Irmão?
29 Capítulo 29: Conhecendo Um Pouco Mais Minha Família
30 Capítulo 30: Jantar em Família
31 Capítulo 31: Visita a empresa automobilística (Parte 1)
32 Capítulo 32: Visita a empresa automobilística (Parte 2)
33 Capítulo 33: Colocando a Verdade em Pratos Limpos
34 Capítulo 34: Laços Desfeitos
35 Capítulo 35: Segundas Chances
36 Capítulo 36: Quando o Amor Desaparece
37 Capítulo 37: O Peso das Palavras
38 Capítulo 38: Expandindo Horizontes
39 Capítulo 39: Desafios e Presentes
40 Capítulo 40: Renovando Laços
41 Capítulo 41: A grande Festa de Inauguração (Parte 1)
42 Capítulo 42: A grande Festa de Inauguração (Parte 2)
43 Capítulo 43: A grande Festa de Inauguração (Parte 3)
44 Capítulo 44: A grande Festa de Inauguração (Parte 4)
45 Capítulo 45: Espera e Medos
46 Capítulo 46: Uma Conversa Sincera
47 Capítulo 47: Quando as Palavras não Bastam
48 Capítulo 48: Começo de uma Nova Rotina/ Grandes Desafios
49 Capítulo 49: Um Dia de Diversão (Parte 1)
50 Capítulo 50: Um dia de Diversão (Parte 2)
51 Capítulo 51: Paixão à Flor da Pele
52 Capítulo 52: Se Algo Tem Chances de dar Errado, Então Vai dar Errado
53 Capítulo 53: E Podia Piorar?
54 Capítulo 54: O que Você Realmente Sente por Mim?
55 Capítulo 55: Escolhas e Consequências
56 Capítulo 56: Confronto contra o Tráfico
57 Capítulo 57: Promessas do Coração
58 Capítulo 58: Vidas que se Cruzam
59 Capítulo 59: Entre Finais e Começos
60 Capítulo 60: Primeira Noite em Família
61 Capítulo 61: Carinho de Uma Família
62 Capítulo 62: Uma Pequena Grande Amizade
63 Capítulo 63: Domingo em Família
64 Capítulo 64: Sussurros do Passado
65 Capítulo 65: Um Mês de Preparativos e Desafios
66 Capítulo 66: O Grande Casamento
67 Capítulo 67: Propostas e Preocupações
68 Capítulo 68: Cicatrizes do Passado
69 Capítulo 69: Um Natal entre Família e Amigos
70 Capítulo 70: Um Resgate Inesperado
71 Capítulo 71: Após a Escuridão, Uma Luz
72 Capítulo 72: Caminhos Cruzados
73 Capítulo 73: Finais e Começos
74 Agradecimentos!!
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Atualizado até capítulo 74

1
Capítulo 1: Laços que Crescem
2
Capítulo 2: Amor entre Família e Amigos
3
Capítulo 3: Cicatrizes Invisíveis
4
Capítulo 4: Um mal Pressentimento
5
Capítulo 5: O que Seria esse Sentimento?
6
Capítulo 6: Uma Segunda Chance
7
Capítulo 7: Começo de uma Nova Jornada
8
Capítulo 8: O Esconderijo dos Bandidos / Distração em Meio ao Caos
9
Capítulo 9: Encontros e Sentimentos Inesperados
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Capítulo 10: Como tudo Começou
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Capítulo 11: Conversar sobre Planos ou Apenas um Jantar?
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Capítulo 12: No Limite da Confiança
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Capítulo 13: Plano Ousado
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Capítulo 14: Entre a Razão e o Coração
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Capítulo 15: Na Pista do Desaparecido
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Capítulo 16: A fulga audaciosa
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Capítulo 17: O sacrifício de Henrique
18
Capítulo 18: Corações em Alerta
19
Capítulo 19: O jogo da Justiça
20
Capítulo 20: O Fim de uma Caçada
21
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Capítulo 22: Rompendo as Correntes com o Passado
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Capítulo 24: Uma Noite Apimentada
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Capítulo 25: Entre Trabalho e Fofocas
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Capítulo 27: Perseguições e Surpresas
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Capítulo 32: Visita a empresa automobilística (Parte 2)
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Capítulo 33: Colocando a Verdade em Pratos Limpos
34
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Capítulo 35: Segundas Chances
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Capítulo 36: Quando o Amor Desaparece
37
Capítulo 37: O Peso das Palavras
38
Capítulo 38: Expandindo Horizontes
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Capítulo 39: Desafios e Presentes
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Capítulo 40: Renovando Laços
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Capítulo 41: A grande Festa de Inauguração (Parte 1)
42
Capítulo 42: A grande Festa de Inauguração (Parte 2)
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Capítulo 59: Entre Finais e Começos
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Capítulo 65: Um Mês de Preparativos e Desafios
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Capítulo 66: O Grande Casamento
67
Capítulo 67: Propostas e Preocupações
68
Capítulo 68: Cicatrizes do Passado
69
Capítulo 69: Um Natal entre Família e Amigos
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Capítulo 70: Um Resgate Inesperado
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Capítulo 71: Após a Escuridão, Uma Luz
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Capítulo 72: Caminhos Cruzados
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Agradecimentos!!

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