Em um pequeno apartamento nos subúrbios da cidade, Vitória e Bruno discutem seus próximos passos. O local era minúsculo, com apenas uma sala/cozinha, um quarto e um banheiro. Na sala, havia um sofá para três pessoas, uma pequena mesa na frente e uma televisão na parede. Um balcão separava a sala da cozinha, que contava com um fogão, uma geladeira e uma pia. Abaixo da pia, um pequeno armário embutido ajudava a economizar espaço e ao lado do balcão, uma mesa onde poderiam fazer as refeições.
No quarto, havia apenas uma cama de casal e um guarda-roupas em estado precário. O local parecia precisar de reformas; a pintura das paredes estava desbotada, muitas fiações e encanações haviam sido consertadas de maneira duvidosa, podendo causar um acidente a qualquer momento. No entanto, era o lugar mais seguro para dois foragidos, já que a área não era muito visitada pela polícia, o que contribuía para o alto índice de criminalidade.
Antes de tomar qualquer atitude, eles precisavam descobrir a rotina das crianças. Bruno queria usar seus comparsas para isso, mas descobriu que eles haviam sido presos e, portanto, teria que fazer o trabalho ele mesmo. Isso seria bastante difícil, pois ele estava sendo procurado.
"Aquele miserável deve ter nos entregado. Se eu o pegar, ele vai pagar caro por isso," disse Bruno, socando a mesa.
"Ele nunca foi totalmente confiável; só consegui mantê-lo na linha porque ele estava apaixonado por mim, a ponto de acreditar em tudo que eu dizia," afirmou Vitória, deitada no sofá. "Talvez eu possa tentar seduzi-lo novamente e conseguir as informações dessa forma," sugeriu, sentando-se.
"Não seja tola. Eu já verifiquei e há um policial vigiando ele. Só não fui descoberto porque fui mais esperto," resmungou Bruno. "Temos que ser cautelosos. Não saia deste apartamento sem minha autorização ou eles nos encontrarão facilmente. Está entendida?" completou ele, olhando seriamente para Vitória.
"Isso vai ser um saco, mas tudo bem. Descubra logo a rotina dessas crianças para podermos finalmente sair deste país," disse Vitória, bocejando.
"Você não sente nada pelo seu filho? Não sente algo por ninguém?" questionou Bruno, sentando-se ao lado dela.
Vitória apenas olhou para e em um movimento rápido, acomodou-se no seu colo e começou a rebolar
"Você sabe muito bem que eu só amo o dinheiro e não finja ser diferente de mim" respondeu mordendo seu pescoço.
"Mas porra, é seu filho, eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas você ultrapassa qualquer limite" reclamou Bruno.
"Tá! Tá bom! Agora cala a boca e vamos fazer a única coisa que dá para fazer nesse apartamento minúsculo" persuadiu Vitória beijando-o para que ele não respondesse.
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Todos estavam animados com a primeira visita à construção do conjunto residencial. O cliente havia ficado tão satisfeito com o resultado do trabalho que não fez nenhuma exigência adicional. A construção ainda estava no começo, mas era uma área gigantesca e, em cada lugar que passavam, conversavam com os trabalhadores, enquanto o engenheiro responsável explicava tudo com paciência. Aparentemente, estava tudo certo, mas Erick sempre gostou de conferir pessoalmente cada passo das construções.
Ele achava fascinante ver seu trabalho tomando forma, e Raquel compartilhava o mesmo sentimento. Benjamin e Fernanda eram mais amenos; apesar de não demonstrarem tanta ansiedade, estavam muito felizes enquanto observavam tudo. Toda a arquitetura tinha sido planejada com cuidados ambientais, com pequenos parques e várias árvores sendo plantadas em locais específicos para que, assim que a construção acabasse, elas já estivessem grandes o suficiente.
"Está ficando tão lindo que dá até vontade de morar aqui quando terminar. Já imaginou? Poderíamos ser vizinhas de porta," disse Fernanda, observando um homem carregando algumas mudas de árvores.
"Eu com certeza iria amar. Adoro a mansão, mas não gosto de casas muito grandes," respondeu Raquel.
"Se vocês quiserem, poderemos fazer isso. Não me importo de me mudar, desde que você esteja feliz," afirmou Erick, beijando a bochecha de Raquel. Fernanda lançou um olhar furtivo para Benjamin.
"Tudo por você, meu amor! Se você quiser, mudaremos assim que a construção estiver pronta," falou Benjamin, colocando os braços sobre os ombros de Fernanda, fazendo os outros rirem com a cara engraçada que ele fez.
Terminada a inspeção, voltaram para a empresa; o dia de trabalho estava quase acabando. Haviam decidido fazer um jantar entre família e amigos para distrair a cabeça dos últimos acontecimentos, então saíram mais cedo que o costume. Ao chegarem em casa, Leonard e Isabella já os aguardavam com um sorriso no rosto. Por medo do que poderia acontecer com eles, Erick havia contratado dois seguranças que os levavam para a escola. Amanda também tinha colocado alguns para vigiar a mansão de Erick e frequentemente faziam rondas na frente da escola deles, prontos para intervir caso fosse necessário.
Erick tinha pedido a Amanda para mantê-lo informado sobre qualquer novidade sobre Bruno e Vitória, mas até o momento, não haviam encontrado nenhuma pista sobre o paradeiro deles. Os poucos fugitivos que ela conseguiu rastrear não tinham a mínima ideia de onde ele estaria e era óbvio que ele não daria informações para alguém que poderia entregá-lo.
Um pouco depois de chegar em casa, todos se prepararam para o jantar. Elaine a babá de Isabella, só ficava com ela quando os pais não estavam por perto, então nesse horário, ela já foi liberada. A primeira a chegar foi Rosa, que, com seu lindo sorriso, abriu os braços para acolher as duas crianças, que não escondiam a felicidade de vê-la. Logo depois chegaram os pais de Erick, e as crianças fizeram outra festa, não maior do que a que fizeram quando Fernanda e Benjamin chegaram com Emanuelle. As três crianças começaram a brincar enquanto aguardavam serem chamadas para jantar.
Leonard estava chegando na fase em que não tinha tanto interesse em brincar, mas não queria que sua irmã se sentisse sozinha. Por isso, sempre entrava nas brincadeiras. Emanuelle, por ser muito novinha, não entendia muito, mas brincava animada e curiosa com tudo que aprendia com seus amigos.
Quando finalmente os adultos os chamaram para jantar, eles rapidamente foram lavar as mãos e se sentaram à mesa. A conversa fluiu despreocupada; todos evitaram falar sobre problemas e só queriam aproveitar a companhia uns dos outros, mesmo sabendo que dias tempestuosos estavam por vir.
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Atualizado até capítulo 74
Comments
IRANI FERNANDES ALVES
autora eu sei que você vai que você não vai deixar acontecer isso esse é policial mas essa cobra tá animando tem que se dá muito mal 🌸🌸🌹🌹
2024-09-03
8
bete 💗
❤️❤️❤️❤️❤️
2024-08-20
1
Ana Maria Rodrigues
nossa tá maravilhoso demais parabéns autora
2024-08-17
1