Lições à Luz de Apolo

O brilho do sol matinal penetrava pelas copas das árvores, lançando sombras dançantes sobre a trilha que Suer percorria ao lado de sua mãe. Eles seguiam para um lugar sagrado, um pequeno templo dedicado a Apolo, escondido entre as montanhas. Era um lugar de tranquilidade e luz, onde Suer aprendia lições importantes sobre cura e sabedoria.

— Hoje, Suer, vamos nos concentrar na meditação e na conexão com Apolo — disse sua mãe, com um tom sereno.

— Meditação? Isso ajuda nas poções e curas? — perguntou Suer, curioso.

— Ajuda a encontrar clareza e paz interior. Quando estamos em sintonia com nós mesmos, nossos dons fluem com mais facilidade — explicou ela, com um sorriso suave.

Eles chegaram ao templo, um local simples mas imponente, com pilares de pedra cobertos de musgo e um altar de mármore branco no centro. Raios de sol iluminavam o altar, onde uma estátua de Apolo erguia-se majestosamente, segurando uma lira.

— Sente-se aqui, Suer. Feche os olhos e concentre-se na luz de Apolo. Deixe sua mente se acalmar e sinta a presença divina — instruiu sua mãe, sentando-se ao lado dele.

Suer fechou os olhos, tentando seguir as instruções. Sentiu a brisa suave e ouviu os sons da natureza ao seu redor. Aos poucos, começou a sentir uma sensação de calma tomando conta de si, como se a luz de Apolo estivesse realmente dentro dele.

— Mãe, eu sinto algo... uma energia dentro de mim — disse ele, com a voz baixa.

— Isso é Apolo, Suer. Ele está sempre com você, guiando-o. Use essa energia para fortalecer suas habilidades de cura — respondeu ela, com uma voz tranquila.

Depois de algum tempo, eles abriram os olhos e sua mãe se levantou, pegando um pequeno frasco de óleo.

— Vamos ungir o altar com este óleo sagrado. É um símbolo de nossa devoção e um pedido de bênçãos — explicou ela, entregando o frasco a Suer.

Com cuidado, Suer derramou algumas gotas de óleo sobre o altar, sentindo a fragrância suave de ervas e flores.

— Que Apolo nos abençoe com sua luz e sabedoria — disse sua mãe, em uma prece silenciosa.

Quando terminaram, sua mãe voltou-se para ele com um olhar de orgulho.

— Você fez bem, Suer. A conexão com Apolo é forte em você. Lembre-se sempre de buscar essa luz interior, especialmente nos momentos de dúvida e dificuldade — disse ela, colocando a mão em seu ombro.

— Eu prometo, mãe. Sempre buscarei a luz de Apolo — respondeu ele, com determinação.

Enquanto retornavam pela trilha, encontraram Lupo, que vinha correndo com uma expressão de preocupação no rosto.

— Suer! Precisamos de você na aldeia. Garruk se machucou gravemente durante o treino — disse Lupo, ofegante.

— Vamos, Suer. Este é um momento para usar suas habilidades e mostrar sua conexão com Apolo — disse sua mãe, apressando-se ao lado dele.

Ao chegarem à aldeia, viram uma pequena multidão reunida ao redor de Garruk, que estava caído no chão, com um corte profundo na perna.

— Deixe-me ver — disse Suer, ajoelhando-se ao lado de Garruk.

— Você? O meio-sangue? — murmurou Garruk, com dor.

— Confie em mim, Garruk. Eu posso ajudar — respondeu Suer, com confiança.

Suer começou a trabalhar rapidamente, usando ervas e poções que ele e sua mãe haviam preparado anteriormente. Enquanto ele aplicava as ervas na ferida, começou a murmurar uma prece a Apolo.

— Ó Apolo, deus da luz e da cura, conceda-me a força para curar esta ferida e aliviar a dor de Garruk — disse Suer, sentindo a energia divina fluindo através dele.

Pouco a pouco, a ferida de Garruk começou a se fechar, a dor em seu rosto diminuindo.

— Está funcionando... a dor está sumindo — disse Garruk, com uma expressão de surpresa.

Os outros orcs ao redor observavam em silêncio, impressionados com a habilidade de Suer. Quando ele terminou, a ferida estava praticamente curada.

— Obrigado, Suer. Eu... eu não sabia que você podia fazer isso — admitiu Garruk, ainda atônito.

— Todos nós temos nossos dons, Garruk. Basta reconhecer e respeitar — respondeu Suer, ajudando-o a se levantar.

— Talvez eu tenha julgado você mal. Você tem a luz de Apolo em você — disse Garruk, com um olhar de respeito.

Enquanto o sol se punha sobre a aldeia, Suer sentiu uma nova sensação de aceitação e propósito. Ele sabia que ainda havia muito a aprender, mas com a orientação de sua mãe e a luz de Apolo, ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente.

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