Capítulo 18

– Alicia... Essa mulher arruinou minha vida, ela é o motivo pelo qual não posso comprar essa joalheria neste instante e te pedir em casamento usando cada uma dessas jóias. - Dizia, suspirando em frustração.

– Então eu já a odeio. Algum dia espero que me conte tudo. Até lá esperarei você resolver tudo. - Olhou para ele. - Mesmo porque, ela parece uma perseguidora.

– Perseguidora é uma boa definição do que ela é. - Assentiu. - Vamos esquecer, escolha suas jóias.

A senhorita assentiu, olhando as jóias.

Benedict se fixou em algumas jóias âmbar como os olhos dela. Era de uma beleza extrema.

– Gosto dos rubis. Mas acho que ouro com diamantes combinariam mais. - Apoiava a mão na bochecha.

– Que tal essas jóias âmbar? - Apontou.

Alicia olhou e ergueu as sobrancelhas. - Não combinam com a cor do vestido.

– Mas combinam com seus olhos. - Olhou para ela sorrindo.

A dama ficou envergonhada e sorriu. - Me dê elas então. Mas ainda quero outras... Para usar no baile.

– Entendo. - Olhou para o joalheiro. - Quero todas as jóias âmbar que possuir. Essas abotoaduras e essa pulseira são para mim, o restante enviei para o condado de Belmer.

O homem imediatamente assentiu.

– Ainda não acabei. - Apontou. - De lá, até ali. - Apontou para o outro lado da joelheira. - Quero todas.

Alicia ergueu as sobrancelhas perplexa.

– É assim que se corteja uma mulher em Venberry. - Deu um sorriso maldoso para ela. - Destrua jóias iguais, minha mulher é a única que poderia usar cada uma dessas, as jóias da senhorita Belmer devem ser únicas e limitadas.

O joalheiro olhou completamente perplexo e assentiu, entrando para dentro da loja.

– Você enlouqueceu? - Ergueu as sobrancelhas, olhando para o duque.

– Não. Mas você já tem que pensar como uma duquesa. Levar uma ou duas jóias? Isso não existe para um diamante da sociedade. - Apoiou as mãos nos ombros dela.

– Onde estava o avarento pelo qual me apaixonei? - Ria, apoiando a mão na bochecha de forma dramática.

– Você se apaixonou? - Ergueu as sobrancelhas. - Melhor eu comprar a joalheria toda então.

– Não! Desnecessário. - Ela ria, apoiando a mão na boca. - Não me apaixonei, eu disse em forma de brincadeira.

– Que pena. Eu teria lhe dado uma mansão na capital. - Deitou a cabeça no próprio ombro.

Os dois riram juntos.

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Benedict acabou trazendo Alicia patrão condado e saiu em seguida para começar a resolver seus problemas. Ele estava se apressando.

A de cabelos cacheados, sorria de orelha a orelha. O coração dela estava repleto de alegria, não conseguia acreditar em tudo que havia acontecido, parecia um sonho.

A distância pode ver o barão sentado debaixo de uma árvore, olhava para o jardineiro.

Benedict não havia dito nada sobre o pobre homem, então ela não diria nada sobre anular o noivado de ambos.

A dama do condado foi se aproximando do barão, para trocar cumprimentos. Porém o jovem estava extremamente focado no jardineiro. O olhar para o funcionário era exatamente o que o duque havia dito para ela. Aquele era um olhar carregado de desejo. Muito claro para ela agora que o barão, gostava realmente era dos homens.

– Barão Clemer... - Alicia parou diante dele.

O homem pequeno imediatamente se levantou apressado. - Senhorita Belmer.

– Eu não consigo parar de notar, seu desejo profundo por olhar para nosso jardineiro. - Franziu o cenho, está irritada por estar sendo enganada.

– É... Um bom trabalhador. - Assentiu sem jeito.

– Você não tem interesse em mim. Mas parece ter muito interesse nos homens. Talvez não sejam bem as mulheres que aticem os desejos do barão. - Apoiou a mão na cintura.

Ela não deveria se irritar. Era o motivo perfeito para anular o noivado. Se ele realmente gostava dos homens, significava que Alicia não estaria necessariamente se opondo ao seu pai. Significava que ambos haviam sido enganados.

– Não. Senhorita Belmer de forma alguma. - Ficou imensamente vermelho e começou a gaguejar.

– Hm. Se não é assim, venha aos meus aposentos assim que as velas forem apagadas na mansão. - Cruzou os braços.

O barão parece ter perdido a cor imediatamente.

Alicia tinha certeza absoluta que ele não iria, isso seria prova o bastante de que ele não gostava das mulheres. Se ele fosse audacioso o bastante para ir... Então Alicia lhe daria um beijo audaz, se ele gostasse de homens imediatamente fugiria. Ela tinha certeza que ele não iria, mas se fosse iria correr e assim ela anularia o noivado sem qualquer complicação com sua mãe.

– Não posso... Ainda não somos casados. - Dizia desesperado.

– Mas seremos casados. Se quer provar para mim que não gosta de homens, deve ir ao meu encontro. Se gosta, basta me dizer. Eu não quero me casar com um homem que não vai gostar de me abraçar. Eu respeitarei a decisão do barão. - Acenou, indo em direção a mansão.

O jovem homem tinha o olhar perdido, enquanto descia pela árvore se sentando no chão com as mãos na cabeça.

Mas espera, talvez não fosse um caso perdido. O barão só precisava juntar o útil ao agradável.

Ficou no jardim até a carruagem do duque retornar. Quando o fez, imediatamente o barão correu até ele.

– Lord Venberry, precisamos conversar. - Dizia ofegante.

Benedict ergueu uma das sobrancelhas.

– O que houve? - Olhou para a jovem disfarçada de homem.

– Senhorita Alicia, marcou um encontro comigo quando as velas se apagarem. - Gesticulava apressada. - O que faço?

– Por que ela faria isso? - Ergueu as sobrancelhas confuso.

– Eu acidentalmente olhei demais para o jardineiro, agora ela acha que posso gostar dos homens... Está correta. Porém ainda não posso revelar. Me ajude. - Unia as mãos suplicando.

– Você não facilita as coisas. - Apoiou a mão na testa. - Ela deve querer que comprove que gosta das mulheres. Estará escuro. Eu irei no seu lugar, se ela descobrir eu darei alguma desculpa.

– E se ela pedir que me deite com ela? Que a abrace? - Ergueu as sobrancelhas apavorada.

– Eu não farei, se chegar neste ponto, eu explicarei a situação que o irmão do barão se encontra, omitirei que é uma mulher. Mas contarei sua situação. - Olhou nos olhos gentis da moça.

– Agradeço, agradeço muito. Não sei o que faria sem o duque. - Disse repleta de gratidão.

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