Capítulo 15

Benedict estava extremamente irritado daquele barão ser tão escorregadio com Alicia. Fora a quantidade de vezes que havia a recusado. Isso esquentava o sangue do duque.

O casal ainda conversava, uma conversa sem jeito.

– Senhorita Belmer, receio que seja hora de retornar o tempo esfriou bruscamente e seus trajes são leves. - O de cabelos negros dizia. Era quase como se fosse uma indireta para aquele barão cuidar de forma decente da futura esposa. Ele realmente esperou que o pequeno homem colocasse seu casaco nos ombros da noiva para a proteger do frio. Benedict havia criado a situação perfeita para o idiota agir.

O duque obviamente não queria que ela se casasse com aquele homem, mas não estava em uma situação que pudesse impedir de acontecer. Então esperava minimamente que a jovem fosse feliz com um homem bom que a valorizasse, principalmente que ele estivesse errado sobre o barão gostar de homens e que ele amaria Alicia.

O barão só fixou o olhar no homem alto, jovem e bonito, quase que hipnotizado.

O cavaleiro estalou a língua irritado ao ver que não havia atitude do lado do outro.

– Porra! - Disse irritado, fazendo o barão pular de susto. Tirou o próprio blazer e colocou nos ombros da jovem dama.

– Obrigada. - A de cabelos cacheados Sorriu, segurando o blazer.

– É bem tarde. Vamos sair amanhã para escolher seu vestido e passear, talvez comprar umas jóias. - Apoiou as mãos nos ombros femininos. - Perdoe minha grosseria, mas poderia entrar primeiro sem a minha escolta? Eu gostaria de falar um pouco com o barão de Clemer.

– É realmente necessário que vocês dois conversem? - Apoiava as mãos diante do corpo, olhando nos imensos olhos azuis do duque.

– Sim, é realmente necessário. Pode confiar em mim. - Disse com ternura.

– Tudo bem. - Assentiu, se inclinou para o barão e seguiu sozinha para dentro da mansão.

– Eu realmente gostaria de me aproximar do duque. - O homem menor disse animado.

Benedict olhou Alicia se afastar o bastante e então agarrou o outro pelo pescoço batendo com força contra uma das árvores.

– Você gosta de homens. - Disse entre os dentes.

O barão olhou completamente apavorado para ele. – Na-não! De forma alguma. - Dizia com a voz trêmula.

– Não minta para mim. Você não sabe cortejar uma mulher. - Soltava o pescoço dele.

– Sim, não sei cortejar. Vivi a vida muito doente, agora é a primeira vez. - Forçava um sorriso.

– Não minta. Eu conheço os olhos de um homem repleto de desejo por sua mulher e você não tem eles. Não espero que a mãe assim de cara. Mas você não é nem capaz de tratar ela bem o bastante. Você gosta dos homens e não existe problema nisso... O problema é você mentir para ela. - Apontou para o menor que ele. - Assuma para ela que você gosta de homem.

– Tudo bem, tudo bem... Não é o que parece. Mas não posso falar nada disso para ela. Se ela romper o noivado, estou arruinado. - Dizia o pobre erguendo as mãos.

– O que não parece? Você não tem etiqueta, não beija a mão das mulheres da casa, não se inclina para elas, você não presta atenção no que elas dizem, se quer olhar Alicia nos olhos lindos que ela tem. Diga-me, como não é o que parece? Me parece que você é tratado como uma dama, por isso esquece de agir como cavalheiro. - Bateu o dedo no ombro do outro.

O barão ergueu as sobrancelhas perplexo. Apoiou a mão na testa e sentiu a respiração se intensificar. - Eu posso explicar...

– Ah você precisa muito se explicar... E como precisa. - Agarrou ele pelo colarinho e o arrastou para dentro da mansão, até uma sala vazia. - Pode começar.

– Eu não sei por onde começar. Tem que prometer que não contará a todos o que vou lhe dizer. Eu e o conde tínhamos um acordo. A filha dele se casaria comigo, em troca eu daria toda a liberdade existente para que ela pudesse ser feliz. - Gesticulou explicando. - Eu achei que ela soubesse, mas ela tem me tratado com tanta gentileza que dúvido que saiba. O que sei é que o conde espera que ela se case por amor e se eu tiver um divórcio estarei bem, só preciso me casar. - Apoiava a mão na testa.

– Por que? Porque não se casa com alguém que ame? É o chefe da família. - Olhava nos olhos do barão.

Um TOC TOC preencheu a sala.

– Senhores o jantar está servido, vamos todos comer e depois estreitamos os laços. - A condessa dizia com uma voz gentil e amorosa.

– Sim, condessa. - Benedict assentiu e abriu as portas sorrindo para a senhora.

– Bene... Sua mãe não responde minhas cartas, estou ficando preocupada. - Apoiava a mão no tórax andando lado a lado do jovem duque.

– Não se preocupe Núbia, irei para o ducado depois do baile imperial e trarei informações para tranquilizar seus coração. Na verdade enviarei uma carta para o mordomo imediatamente pedindo notícias. - Estendia o braço para a condessa se apoiar e virava o rosto em direção ao barão que andava atrás dos dois.

Franziu o cenho, lançando um olhar rigoroso para o homem menor, um olhar que dizia que voltariam ao assunto assim que o jantar acabasse.

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