– Como é? - Duque se levantou perplexo.
– Meu irmão era o único filho homem que meu pai tinha. Eu sou uma mulher. - Parava diante dele, o olhando nos olhos.
– Você tem se passado por um homem todo esse tempo? - Ergueu as sobrancelhas.
– Sim... O conde havia me prometido a mão da filha dele em troca de dar liberdade a ela. Adotariamos um bebê e ficaria por isso. - Gesticulava, explicando.
– E ela e nem você seriam abraçadas? Que loucura é essa? Como pode o conde concordar com tamanha loucura. - Apoiava a mão na testa. - Por que não correu e se casou com um homem?
– Nenhum homem quer uma esposa com sete irmãs para casar. Não vale a pena se tornar um barão, se terá que pagar sete dotes. - Apoiava as mãos no rosto, andando de um lado para o outro.
– Pelos deuses... - O duque se sentou, apoiando as mãos no rosto. - Vou tentar pensar em algo para te ajudar. Não podemos forçar duas mulheres que gostam de homens a se casar entre elas e viver uma farsa. - Massageava as têmporas.
– Eu ficaria extremamente grata se houvesse alguma forma, porém acho que não existe. Minhas irmãs falaram para eu não revelar para a senhorita Alicia até o casamento que sou uma mulher. Que poderia explicar para ela depois. Se ela desistir de se casar... Será a ruína da minha família. - Se jogou no sofá.
– Porra! - Xingou Benedict, extremamente irritado. - Meu mestre estava enlouquecendo quando concordou. De qualquer forma não direi nada até achar uma solução. Vamos dormir. Com a cabeça descansada teremos claridade nos pensamentos.
O barão ou agora baronesa assentiu.
ლ(・﹏・ლ)
No dia seguinte, o duque saiu para fazer as compras com a senhorita do condado, para o baile imperial.
Benedict tinha um olhar completamente perdido para o lado de fora.
– Desde que conversou com o barão você começou a agir estranho. Aconteceu alguma coisa? - Alicia perguntou curiosa.
– Nada muito importante. - Balançou a cabeça.
– Hm, se diz. Eu mandei os desenhos que fiz para uma costureira, mandei também uns tecidos que meu avô enviou de Zanzibar. - Juntava as mãos sorrindo. - Pedi para fazerem um belo vestido e um terno. Eu daria ele para o barão, mas economicamente dizendo, não seria uma boa divulgação.
– Espera, eu te dei a ideia faz pouquíssimo tempo, você já colocou tudo em vigor? - Ergueu as sobrancelhas.
– Claro, não temos tempo a perder. A ideia foi tão boa que não me aguentei. De qualquer forma, quero que use o terno. - Unia as mãos entrelaçando os dedos. - Tudo bem?
– Claro. Mas eu e o barão não somos muito parecidos, vai funcionar o terno para mim? - Olhou nos olhos dela.
– Bom... Eu meio que pedi ela maior. Para ser sincera, eu pensei que o barão não seria o melhor para divulgar a peça. Já um DUQUE, CAVALEIRO E MELHOR AMIGO do príncipe herdeiro, seria quase que publicidade 100% eficaz. - Sorria, apoiando a mão na bochecha.
– Você é um gênio do mal. Como pode uma mulher com a sua inteligência ser uma mísera baronesa? - Sorria para a bela mulher.
– Por que? Me daria o título de duquesa? - Cruzou as pernas, com um sorriso maldoso.
– Sem dúvidas. - Balançou a cabeça. - Você aceitaria ser a duquesa, se por acaso eu pedisse que fosse, invés de uma baronesa qualquer?
Alicia ergueu as sobrancelhas perplexa, ficou imediatamente envergonhada. - O que eu ganharia sendo a duquesa?
– Bom, seria a terceira mulher mais importante da alta sociedade, teria milhões para gastar com quantos negócios decidisse fazer, teria territórios intermináveis, dirigiria a moda na capital, só a rainha e a princesa estariam acima de você... E teria a mim. De corpo e alma, completamente seu. - Apoiou as mãos no joelho feminino.
A jovem dama mordeu o lábio inferior. - E quem disse que eu quero você?
– Você não precisa me ter se não quiser. Pode me tirar se não te interessa. - Apoiou as costas no banco. - Ainda assim teria a glória e o dinheiro para usar e aplicar nos negócios que desejasse.
– Talvez eu aceitasse então. - Olhou pela janela contendo o sorriso.
– Algumas coisas precisam ser resolvidas. Quando tudo se resolver e eu tiver todos os métodos... Se casará comigo? - Olhou para ela.
– Sim... Eu me casarei. - Olhou com ternura para ele.
Os olhos azuis dele imediatamente brilharam em empolgação. Parecia que até os pássaros começaram a cantar mais alto neste dia.
Os dois desceram da carruagem, provaram as roupas e então seguiram para a joalheria.
– Não imaginei que preto e vermelho combinariam tão bem. Eu gostei bastante do terno. - Olhava para ela sorrindo.
– Eu tenho bom gosto. - Segurava o braço dele sorrindo.
– Sim. Minha mulher tem bom gosto. Não vejo a hora de que compre ou desenhe os ternos para mim. Serei seu modelo particular. - Passava a outra mão pela dela. - Quero visitar Zanzibar. Levarei uma caravela se necessário para buscar todos os tipos de tecidos para você.
Alicia ria, apertando os dedos no braço dele. - Calma, nem sabemos se as pessoas vão querer comprar meus vestidos e ternos.
– Quem se importa? São lindos, você deveria fazer mesmo que se fosse só para você. Minha mulher só vai se vestir do mais belo. - Parava diante da joalheria.
– Benedict... - Ela ria, apoiando a mão na testa. - Antes disso, vamos focar no baile imperial... Depois no que precisa resolver. Você nem me fez um pedido de casamento decente.
A senhorita entrou na frente do duque na joalheria. Se aproximou do balcão.
– Duque de Venberry! Veio pegar as encomendas da senhora Giordana? - Joalheiro sorria animado, ignorando a dama que estava diante do balcão.
– Se pronunciar esse nome novamente diante de mim, matarei você. - Disse entre os dentes. - Cancele qualquer coisa no nome dessa desgraça.
O joalheiro hesitou, porém, assentiu e se afastou.
– Que rude da sua parte. - Alicia olhava para ele.
– Se você entendesse um terço do que essa mulher fez... Entenderia meu rancor. - Parou ao lado de Alícia olhando as jóias. - Quais você quer? Esses braceletes de ouro ficariam lindos com seu vestido.
A de cabelos cacheados ergueu as sobrancelhas, olhou para os braceletes. - Você tem razão. Mas quero saber quem é essa mulher que você tanto detesta.
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Atualizado até capítulo 30
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