– O que você pensou? - Ergueu as sobrancelhas surpresa, olhando para o duque.
– Tecidos e jóias de Zanzibar... Com a lã do condado. Você desenha vestidos e jóias, eu tenho minas de diamantes. Vamos fazer um acordo formal. Eu posso ser seu fornecedor e patrocinador. Você vive na alta sociedade e deve entender como atrair as mulheres nobres. - Apoiou a mão no queixo olhando para a jovem. - O que pensa?
– É uma ideia muito boa. Mas o fornecimento de lucro, 70% para o condado e 30% para seu ducado. - Sorria, cruzando os braços.
– Tudo bem, tudo bem. - Assentiu sorrindo. - Como vai ficar com 70% você vai pensar na divulgação.
– Justo. - Parou diante do duque, estendendo a mão.
– Vou fazer um contrato formal. - Apertou a mão da jovem. - Amanhã... Vamos falar com o pequeno conde amanhã.
Alicia assentiu pensativa. - Não tenho outra escolha.
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No dia seguinte, Alicia e Benedict se juntaram para conversar com o pequeno conde sobre o baile imperial.
A de cabelos castanhos andava apreensiva de um lado para o outro. O duque ergueu uma das sobrancelhas. - Se acalme senhorita Belmer. Tenho certeza que Henry vai entender.
Assim que ele finalizou a frase o TOC TOC ecoou pela sala.
– Pode entrar. - Ela disse apressada.
O menino entrou e sorriu ao ver os dois, se sentou. - E então? Vocês me chamaram aqui para anunciar que vão se casar?
Os dois ergueram as sobrancelhas perplexos.
– HENRY! - A irmã chamou a atenção dele. - Eu tenho um prometido.
– Que sorte a dele. - Benedict disse, deitando a cabeça para o lado.
– O que disse? - Alicia se virou imediatamente olhando para o duque.
– Nada. - Sorriu, cruzando os braços.
– Você é tão irritante. Mas não foi por isso, te chamamos para explicar uma situação. - Se sentou diante do irmão.
– Sobre o baile imperial... Sobre alguns cuidados que você como conde deve ter. - O duque dizia gesticulando.
– Que cuidados? - Olhou curioso para os dois.
– O segundo príncipe tem um grande apoio que é a igreja. Ele é um homem exótico. - A senhorita tentava explicar com cuidado.
– Ele é um desgraçado, psicótico e alcoólatra. Tem um complexo de inferioridade pelo primeiro príncipe. Ele costuma assediar as senhoritas, ser completamente desagradável e sem maturidade. Mas ainda assim ele é filho do rei, então não podemos quebrar os ossos dele e jogar para os ursos e lobos. - Benedict disse sem cerimônia.
Alicia olhou para ele franzindo o cenho.
– Ah, entendi. Vocês querem que eu não entre em conflito com o príncipe, mesmo achando ele um babaca. - Olhava nos olhos da irmã.
– Na verdade é um pouco mais complexo. A rainha atual é mãe só do segundo príncipe. O primeiro príncipe é filho da rainha que faleceu. Então não apoiar o segundo príncipe, mas apoiar o primeiro... Faz a rainha se mover. - Gesticulava para o jovem conde, apoiava a mão no tórax.
– Quando eu te disse que a rainha e o segundo príncipe arruinaram minha vida, foi exatamente pelo motivo de que meu pai e eu apoiavamos o primeiro príncipe que sem dúvidas é a melhor escolha. Meu pai foi assassinado enquanto eu estava na guerra... Logo em seguida recebi uma carta da rainha, perguntando quem eu apoiava como príncipe herdeiro. Eu disse que até o momento apoiava o primeiro príncipe, mas que assistiria o baile de debut, onde era meu debut e o do segundo príncipe, só ai decidiria. - Suspirou o duque apertando os dedos nos braços que estavam cruzados. Podia se ver as veias saltarem. - Foi ai que minha vida começou a cair em ruína.
Os dois olharam surpresos para ele. Sentiam o coração pesar, conheciam pouco dele, mas sentiam como se ele sempre tivesse sido membro da família.
– Por isso, que você tem que se posicionar neutro, independente do que assista no baile. - Benedict disse com tristeza. - Para bem do condado.
Henry imediatamente assentiu concordando.
– Ele não quer te assustar. Só te alertar. - Alicia se sentou ao lado do irmão o abraçando.
– Só digo, por me importar com vocês. Essa família é como parte da minha. - Disse sentando na mesa de centro diante do menino. - Você ainda é jovem e eu gostaria de te proteger mais. Queria que você pudesse brincar com a sua espada e se divertir... Mas infelizmente o reino não é justo e coloca a responsabilidade nas costas das crianças.
Ele se levantou e olhou para Benedict. - Eu adoro você, por que você teve que estragar tudo? Se tivesse se casado com a Alicia, eu não precisaria me preocupar com essas coisas, porque seria seu vassalo. Você é um idiota. - Henry saiu da sala, inflando as bochechas de raiva. Era muita responsabilidade, ele temia falar qualquer coisa errada e levar todo o condado e a história do pai dele a ruínas.
Alicia ergueu as sobrancelhas perplexa. - Como assim se casar comigo?
Benedict passou as mãos pelo rosto suspirando. - Conde contou para Henry, que eu era seu prometido antes do barão.
Ela apoiou a mão no tórax e ergueu as sobrancelhas surpresa. Deixou o queixo cair e apoiou a mão na boca.
– Infelizmente não aconteceu. - Se levantou passando a mão no queixo.
– Por que não? Você não me quis? - Ela se levantou segurando o vestido.
– Óbvio que eu queria ser seu marido. Sonhava com isso. - Apoiava a mão na testa. - Eu não pude escolher.
– Sonhava? - Ela parou atrás dele, apertando os dedos no cordão no tórax.
– Sim... Eu me apaixonei por você desde a primeira vez que nos vimos. Antes do seu debut eu já sentia algo por você. Mas no seu debut eu tive certeza. - Olhava nos olhos âmbar dela, apoiando a mão no rosto feminino, deslizava o polegar de baixo dos olhos dela.
– Eu nunca te vi antes da biblioteca. - Olhava nos olhos dele, segurando o pulso masculino.
– Você que não se lembra. - Deitou a cabeça, olhando para o lado. - No seu debut você estava dançando com seu pai a noite toda. Quanto à infância, foram poucas as vezes. De algum modo me marcaram mais pelo jeito. Mas de qualquer forma não faria diferença. Claramente seria um amor unilateral.
A senhorita de Belmer ergueu as sobrancelhas sem entender muito bem.
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Atualizado até capítulo 30
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