Alicia não conseguia dormir, a conversa com o duque a mexia com os pensamentos. Ela se questionava do porque o noivado de ambos foi cancelado e mais... Porque ela sentia essa necessidade tão grande de brigar com ele por tudo que ele falava. Era quase como se ela guardasse algum tipo de rancor estranho contra ele. Infelizmente Benedict se recusou a contar como foi as vezes que se encontraram. Mas o coração dela batia de forma descompensada desde o início da conversa. O estômago dela se enchia de borboletas ao pensar nele. Desde o primeiro segundo na biblioteca, ela ficou deslumbrada com a beleza dele. Ficou ainda mais deslumbrada quando ele a tocou gentilmente no rosto.
– Argh! - Dizia irritada empurrando o lençol e se levantando. Precisava espairecer. Vestiu um chalé por cima da camisola e saiu do quarto.
Foi caminhar no jardim no meio da noite, olhava para as estrelas e pensava, porque aquele assunto a estava deixando inquieta.
– Maldito seja Benedict Venberry. - Esbravejou irritada.
– Que mal lhe fiz desta vez? - O duque parou atrás dela.
A de cabelos castanhos se virou bruscamente. - O que faz aqui?
– Vim espairecer. Parece que não fui o único. - Apoiava as mãos na nuca.
Ele era um homem imenso em seus 1,91 de altura, era quase uma torre para Alicia que só tinha 1,58.
– Eu preciso espairecer, porque me sinto irritada com você. Nem sei o porquê disso, mas sinto que eu poderia te apertar com as unhas. - Gesticulou apertando as mãos.
– O barão é tão ruim assim? Eu não queria que se casasse com ele. Eu gostaria de estar no lugar do seu prometido, mesmo que fosse para você brigar e se irritar comigo todo os dias. - Suspirava, apoiando a mão no rosto.
– Como pode gostar de mim tanto assim? E porque raios eu gosto tanto de te ouvir dizer isso? - Apoiava a mão no tórax.
– Você é genial, é bonita, é bondosa. Como eu poderia não gostar? - Olhava nos olhos dela.
– Você enlouqueceu. - Balançou a cabeça. - Nem sou branca.
– E do que isso importa? Você é linda assim. Alicia, leia meus lábios. - Apoiou as mãos nos braços dela. - Você é e sempre será a mulher mais bela desse reino. Todos que dizem o contrário, são porque desejam sua beleza. É impossível qualquer ser vivo não te achar maravilhosa.
Ela apoiava as mãos sobre as dele. - Céus! - O coração dela disparava como nunca, era tão alto que claramente Benedict poderia o ouvir.
O duque a soltou e suspirou. - Melhor você entrar.
– Primeiro me diga... O que houve na nossa infância? - Olhava nos olhos dele.
– Hm. - Apoiou a mão no queixo. - Lembre sozinha. Quando caiu da macieira.
Imediatamente ela ergueu as sobrancelhas perplexa. – Era você! O garoto que me carregou nas costas e ficou me perturbando até chegar na mansão. Por isso guardo tanta raiva por você.
(´∩。• ᵕ •。∩`) Alguns anos antes... ⊂(◉‿◉)つ
– Mamãe! - Alicia chorava abraçava a macieira. Havia subido no pé para brincar e depois notou que era alto demais para descer.
– O que faz ai garota? - Um garoto de cabelos pretos e olhos azuis olhava curioso para cima.
– Não consigo descer. - Chorava, com as bochechas infladas.
– Pula daí eu pego você. - Ele dizia estendendo os braços.
– ÓBVIO QUE NÃO! SEU MAGRELO NUNCA VAI CONSEGUIR ME PEGAR. - Resmungava entre o choro.
– EU NÃO SOU MAGRELO! DESÇA LOGO. - Dizia irritado.
– Não! Chame meu pai que tem músculos para me tirar daqui. - Resmungava com os traços de lágrimas no rosto, enquanto falava irritada.
– Você é medrosa, subiu sozinha e agora depende do conde para te descer. Não adianta você ser fofa se vai ficar com olhos estufados de baiacu por tanto chorar. Não vou me casar com uma chorona. - Benedict balançou a cabeça de forma negativa.
– E QUEM DISSE QUE QUERO ME CASAR COM UM MAGRELO? VOU CASAR COM UM HOMEM GRANDE E FORTE, NEM VOU PRECISAR ANDAR, ELE VAI ME LEVAR SEMPRE NOS BRAÇOS. - Mostrava língua para o garoto.
– Ninguém vai querer se casar com um baiacu. - Mostrou língua de volta para ela.
– EU NÃO SOU UM BAIACU! - Dizia tão revoltada que acabou desequilibrando e caindo da árvore.
O menino correu para a alcançar e ela acabou caindo por cima dele.
Ela estava bem, em compensação Benedict havia batido o joelho em uma pedra, quando ela caiu por cima dele.
Um rasgo grande no joelho do menino era visto, enquanto o sangue escorria.
– Você se machucou? - Olhou para Alicia.
– Eu estou bem. Mas você está sangrando. - Olhava desesperada.
– Não é grande coisa, baiacu. - Apoiou a mão no topo da cabeça dela.
– Me desculpe... Não queria que se machucasse. - Olhava para o joelho dele e assoprava. Batia de leve a mão na cabeça dele. - Vai passar.
Ele olhou com ternura para ela. - Vamos voltar, todos procuravam por você.
– Sim. - Se levantou e ficou imensamente envergonhada.
– O que houve? - Olhava nos olhos dela.
– O meu vestido rasgou. - Se ajoelhava outra vez e olhava para parte do tecido na árvore. - Isso é a maior desonra do mundo. - Apoiava a mão na boca.
O jovem duque olhou para a árvore. Tirou o blazer e olhou para ela entregando. - Se cubra com isso, vou te levar nas costas. E ninguém vai notar, quando chegarmos lá você corre para a sua dama de companhia.
– Você não pode me carregar, está ferido. - Olhava para o joelho dele.
– Eu treino espada com o seu pai. Isso não é nada perto dos cortes de espada. - Balançou a cabeça, puxou o tecido rasgado da árvore e passou pelo joelho. Limpando o sangue do corte. Realmente não era um corte muito profundo.
Alicia pareceu mais tranquila ao ver que o sangue quase parou de sair quando ele limpou. Amarrou o blazer na cintura escondendo o rasgo e então o jovem a pegou nos braços, voltando para a mansão.
– JOVEM DUQUE! - A babá dele dizia desesperada.
– SENHORITA! - Dama corria até ela.
Aquela seria o dia que os dois sejam apresentados como noivos um para o outro, mas pelos ocorridos em questão a situação acabou sendo adiada.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
elenice ferreira
gentemmm isso foi o quê? kkkkk
2024-08-21
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