Capítulo 7

Alicia leu a carta suspirando. - Se entrarmos em neutralidade, o segundo príncipe tentará ganhar nosso favor. - Suspirou, entregando de volta.

– Vocês não contaram nada para o jovem conde, sobre o pai dele não ter morrido por doença. - Disse balançando a cabeça. - Tem médicos capazes de curar tuberculose.

– Você deve saber muito bem. Não foi tuberculose que matou nosso pai. - A jovem dama apoiou as mãos no rosto. - As coisas são mais complicadas do que parecem.

– Ele é o futuro conde. Depois que conhecer o segundo príncipe no baile, duvido muito que vai aceitar a neutralidade. Henry é um menino extremamente inteligente. - Duque olhava para ela.

– O que acha que devo fazer? - Se apoiou no apoio da varanda.

– O mais correto é contar a verdade e explicar por qual motivo precisamos de neutralidade da parte dele. - Se apoiava ao lado dela.

Ela suspirava. – É muita carga para alguém tão jovem. Mas não vejo outra escolha. - Deitou a cabeça. - Me desculpe, por me irritar com você.

– Tudo bem. Me desculpe por opinar em como deve tratar seus empregados. - Olhou nos olhos âmbar belíssimos dela.

– Tudo bem. - Retribuiu um olhar gentil para ele.

– Imagino que não queira falar de negócios comigo, já fazemos isso o dia todo. Mas se me permite dizer, você vai ser uma das únicas mulheres do reino dotada de todos os conhecimentos. Eu por exemplo não sei absolutamente nada sobre a alta sociedade. Já você vai entender de economia e da sociedade. Isso é a maior vantagem do mundo. Como deve saber a minha mãe, a duquesa viúva só conhece o básico de economia, mas ela fez uma riqueza independente. Ela sempre ia à igreja orar, então acabou percebendo, que muitas das pessoas que iam orar, esqueciam suas velas para acender para seus amados falecidos... Conforme essa necessidade ela pensou que seria um bom método vender velas perto da igreja. Com o tempo ela foi aperfeiçoando esse negócio local. Começou com velas coloridas, vermelhas para um amante, brancas para os pais, amarelas para orar por aqueles que estavam na guerra na esperança de retorno. Depois ela contratou escultores... Velas esculpidas eram ainda mais caras. O negócio dela próspera conforme a necessidade. Entende? Quando você conhece um meio é mais fácil explorar. Meu ducado vende diamantes, porque temos muitas minas de diamantes. No governo do meu pai, vendíamos o diamante em sua forma bruta. No meu governo decidi contratar um desenhista de jóias e metade dos diamantes vão para jóias que nós mesmos produzimos. Triplica o valor de cada diamante. O que quero dizer é que... Você é inteligente, se me lembro foi o diamante do seu debut. Mais do que ninguém você deve saber o que outras pessoas da alta sociedade desejam. - Gesticulava explicando.

– Eu entendi... Nunca pensei sobre isso, mas você me deu uma boa ideia para pensar. Eu gosto de desenhar jóias e vestidos, mas não sei se agradaram a alta sociedade. - Moveu os ombros cruzando os braços. - Eu fui uma diamante da temporada, porém ainda não me casei, então receio que minha opinião não seja levada tão em conta. Diamantes costumam casar na temporada de seu debut. Eu devo ser o único diamante da temporada que não se casou.

– E por que não? - Ergueu as sobrancelhas olhando para ela.

– Papai só decidiu meu noivo oficialmente depois do meu debut. Nenhum homem decente me cortejou. Acho que por não ser pura o bastante, já que 50% do meu ser é... Africano. - Deitou a cabeça para o lado.

– Não deixa de ser sangue puro de nobreza. Sua mãe não era uma princesa? - Apoiou a mão no queixo.

– Ela era um tipo de princesa por assim dizer. Em Zanzibar as coisas são um pouco diferentes. Ela é filha de um sultão com uma escrava. - Deitou a cabeça para o lado. - Como minha avó se tornou uma de suas esposas com a abolição da escravidão em Zanzibar, aconteceu da minha mãe se tornar uma princesa no fim das contas. Mas o conceito africano para princesa não é o mesmo que o daqui da Inglaterra.

– Eu não sabia. De qualquer forma, não acho que as pessoas daqui iriam se opor a filha de um sultão. - Disse pensativo. - A sua mãe que nunca quis adentrar a alta sociedade. Ela teria muito poder.

– Provavelmente, papai dizia que muitos homens tentaram conquistar o coração dela, quando os ingleses chegaram em Zanzibar. Ninguém atraiu a atenção dela, só meu pai. - Sorriu, olhando para ele. - Para piorar, ela foi a única filha mulher do sultão. Era extremamente mimada pelo pai e pelos irmãos. Quase enlouqueceram quando ela decidiu se mudar para Inglaterra, tentaram até comprar um título de duque para meu pai, para que ele vivesse uma vida de luxos digno de uma imperatriz. Infelizmente ela e meu pai se recusaram, queriam uma vida pacífica e sem muitas responsabilidades. Meus tios frequentemente nos visitam, vovô manda centenas de jóias e vestidos para nós.

– E por que eles não ajudam vocês diante dessa crise financeira? - Ergueu as sobrancelhas curioso.

– Minha mãe não quer que eles saibam. Foi um longo caminho até ela se tornar condessa, quase ninguém aprovou o casamento. Ela teme que eles julguem meu falecido pai como um homem incompetente e incapaz de sustentar suas terras. Então nos forcem a voltar para Zanzibar e você sabe... Deixar as terras que ele tanto amou se destruir. - Apoiou as mãos no rosto. - Isso triplica o peso em minhas costas, minha mãe é filha de um dos homens mais ricos da África, ela me criou como ela, nenhuma de nós duas entendia de economia por sermos constantemente mimadas... Agora preciso ergueu as terras sozinha.

– Receio que sua mãe seja ainda pior que você na hora de gastar. - Suspirou apoiando a mão no queixo. - Mas acho que sua história me deu uma excelente ideia para fazer comércio, principalmente com Zanzibar.

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