Capítulo 13

Alicia estava do lado de fora com a mãe, o irmão e o duque esperando a chegada do famoso barão que era seu noivo. Havia visto ele tão pouco que não se lembrava de nada sobre sua aparência.

A carruagem parou diante da entrada da mansão e a porta se abriu.

O barão de Clemer desceu, era um homem baixo, dos 1,65 de altura. Cabelos castanhos claros de longos cachos e bem atrapalhado, usava óculos de grau, tinha um rosto digno de uma boneca de porcelana, ombros curtos e um jeito tímido.

Henry inflou as bochechas e deixou a risada frouxa escapar, apoiando a mão na boca. A irmã dele dizia desde pequena que só se casaria com um homem grande e cheio de músculos para a carregar para todos os lados. Aquele barãozinho era tão delicado quanto ela, o exato oposto do que ela descreveria como o "tipo" dela.

Benedict ergueu uma das sobrancelhas perplexo com a aparência do barão, não acreditava que o antigo conde deixou a filha nos braços de um homem que com certeza não conseguiria a proteger.

– Barão Clemer! Que honra o receber em nosso condado. - Núbia sorria, abrindo os braços para rapaz.

– Condessa a honra é minha de estar aqui. - Ajeitou os óculos, segurando na mão da sogra e balançando.

Henry deixou outra risada escapar, até ele sabia que se beija a mão de uma mulher e aperta a mão de um homem. Benedict bateu de leve o cotovelo nas costelas do menino, segurando o riso também.

Alicia olhava para trás franzindo o cenho para os dois.

Condessa viúva olhava confusa para ele, então balançava a cabeça sorrindo. - Senhor se lembra da minha princesa Alicia?

– Oh sim, claro. - Se inclinou diante da princesa do condado.

A de cabelos cacheados ergueu uma das sobrancelhas, esperando que sua mão fosse beijada, mas nem perto disso, ele só acenou com a cabeça. Os modos dele eram terríveis, talvez pelo isolamento social.

– Este é meu filho Henry Belmer II. - Apontou para o pequeno.

O jovem conde agarrou a mão do barão balançando. - Prazer.

– Pfff. - Benedict deixou a risada escapar, ficando com as bochechas vermelhas.

Henry ria, batendo o cotovelo no duque.

– Peço perdão. Não estou familiarizado com os modos do interior. Fui rude, vivi tempo demais na capital. - Segurou a mão do barão. - Benedict Venberry, duque de Venberry. Estou aqui para ajudar as senhoras a guiar o condado com o falecimento do conde.

Barão parece ter erguido as sobrancelhas ao ver o homem, o olhou da cabeça aos pés. Um homem bem alto, musculoso, com olhos azuis perfeitamente puros, cabelos negros brilhantes como uma noite estrelada. Era inegável aquele era o homem mais bonito que todos ali já haviam visto. O homem pequeno não conseguia tirar seus olhos daquele duque. Era hipnotizante.

– Alicia querida, porque não mostra a mansão para ele? - Núbia dizia com um sorriso gentil.

– Claro mamãe. - A senhorita forçava um sorriso e estendia a mão para o barão.

Segurava no braço feminino e os dois entravam para dentro da mansão.

Henry caiu na gargalhada assim que o casal entrou. - Pelo amor de Deus o que foi isso?

– Henry! - A condessa viúva beliscou o braço do filho.

– Ai! Que foi? - Ria massageando o braço.

– Não ria do seu cunhado. - Núbia dizia irritada.

– Tudo bem, perdão. - Enchia as bochechas com ar, tentando não rir.

– Condessa, o jovem conde ainda é pequeno, normal não conter as emoções. Por que eu não lhe acompanho para dentro e bebemos um chá para que possa se acalmar? - Duque dizia estendendo a mão para a senhora.

– Sim, Bene, minha cabeça doeu só com essa apresentação. - Apoiava a mão sobre a dele e os dois seguiam para dentro da mansão

Benedict olhou por cima do ombro e viu Henry, imitando o barão de um jeito extremamente caricato. – Pff. - Deixou a risada escapar.

– Até você? - Núbia olhou apoiando a outra mão na testa, enquanto caminhavam.

– Perdão condessa. Henry não me deixa em paz. - Ficava vermelho, contendo o riso.

A senhora olhou para trás, vendo o filho parar com suas palhaçadas. – HENRY! - Dizia irritada.

⊂⁠(⁠・⁠▽⁠・⁠⊂⁠)

Depois de um caminho infernalmente silencioso, o casal chegou ao jardim.

– Aqui é a minha parte favorita. - Alicia dizia dando um sorriso gentil.

– É um belo jardim. - Barão assentiu, olhando para as flores. - Podemos vir caminhar aqui com frequência.

– Sim, seria ótimo. - Ela sorriu animada pela primeira vez no dia. Enfim, algo em comum.

Caminhavam em silêncio até onde estava o gazebo de mármore do jardim, de baixo dele estavam os três, a condessa, o duque e o jovem conde, tomando chá e sorrindo um pouco distante deles.

– Esse duque... - O barão olhou para sua prometida. - Ele é um homem diferente. Devo dizer... Chamativo.

– Receio que sim. - Alicia ergueu uma das sobrancelhas ao notar a forma como o pequeno barão olhava para Benedict que sorria para a mãe dela de forma brilhante. - Ele é bastante chamativo. Parece meio rude, mas tem um bom coração, aposto que serão amigos em breve.

– Espero eu, que sim. Não tenho muitos amigos na alta sociedade. Um duque seria ótimo. - Assentiu para ela sorrindo. - Vamos nos unir a eles?

– Senhor, talvez não prefira passar um tempo comigo? Podemos nos conhecer melhor. - Deu um sorriso gentil.

– Vamos nos casar, podemos nos conhecer pelo resto de nossas vidas. - Sorriu gentil para ela. - Vamos aproveitar de um chá neste clima agradável. - Caminhou na frente até o gazebo.

Alicia respirou profundamente, apoiou a mão no tórax. A frustração era tão grande que ela queria gritar de raiva.

– Oh! O passeio dos pombinhos já acabou? - Núbia dizia abanando a mão para eles se juntarem a hora do chá.

– Barão Clemer... Minha irmã não foi interessante o bastante para o senhor? - Henry dizia com tom maldoso.

– De forma alguma. Senhorita Alicia é uma mulher incrível e maravilhosa. - Barão se sentava antes de sua prometida.

Benedict olhava para ela com um sorriso safado nos lábios quase dizendo: eu ainda estou disponível para ser seu amante.

A de cabelos cacheados sorria para o duque, segurando o vestido e se sentando na cadeira que o irmão havia puxado e empurrado para ela.

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