Capítulo 5

– Caramba! CARAMBA! - Henry pulava empolgado. - Não vejo a hora de começarmos a treinar.

– Sim, sim. Mas antes vamos até onde a princesa está a caminho. - Chamou o garoto, indo em direção ao corredor.

– Sim, vossa graça. - Correu com um imenso sorriso no rosto.

– Me chame de Benedict. - Deu um sorriso gentil, enquanto os dois corriam. - Sabe andar a cavalo?

– Claro que sei. - Assentiu.

– Perfeito, vamos a cavalo até a vila. - Correu até o estábulo.

– Me diz uma coisa. Por que quer saber onde vai a minha irmã? - Subia no cavalo, olhando para o outro.

– Bem... Estou curioso. Sua mãe mandou que eu protegesse ela. Foi um dos acordos que fiz para poder pisar no condado outra vez. - Balançava as rédeas do cavalo.

– Você foi expulso daqui? Foi por causa do rompimento do noivado de vocês? - O menino ergueu as sobrancelhas, cavalgando no ritmo do outro.

Benedict ergueu as sobrancelhas perplexo. - O quanto você sabe Henry?

– Sei que você fez uma besteira grande a ponto do papai romper o noivado de vocês dois. O que você fez? - Dizia irritado.

– Eu não fiz nada. - Puxou as rédeas, olhando para ele. - É uma história muito complexa, que sempre vai me perseguir. Eu sonhei por anos em fazer parte da sua família, o mestre era como um pai para mim. Alicia foi meu primeiro amor... Isso não vem ao caso mais. - Balançou as rédeas.

– Por que não? Você está aqui agora! Você pisa no condado, vai me treinar. Só pedir a mão dela. - Dizia irritado. - Não quero que ela se case com aquele esquisitão.

– Já é tarde demais para nós dois. - Balançou a cabeça, cavalgando. - Quando você atingir a maioridade eu contarei toda a história. Até lá saiba, que sempre protegerei o condado até você se tornar adulto.

– Escuto isso sempre, já me acostumei. Espero pelo menos ser capaz de me proteger e de proteger a todos até lá. - Suspirou cavalgando com o outro.

Benedict suspirou com tristeza, puxou as rédeas ao ver a carruagem da princesa do condado.

Alicia descia até a pequena casa no campo com todas aquelas cestas.

– O que ela faz ali? - Ergueu as sobrancelhas.

– É um orfanato. Ela vem brincar com as crianças e trazer comida. - Jovem conde dizia, descendo do cavalo.

– Quase uma santa. - Cruzava os braços franzindo o cenho. - Conde tinha razão. Alicia nunca foi mulher para um homem sujo como eu.

– Não entendo o que diz. Mas isso não parece o tipo de coisa que meu pai diria. - Balançou a cabeça negativamente.

– Ele não disse. Ele escreveu. - Suspirou, deitando a cabeça para o lado. - Acha perigoso deixa a jovem dama aqui?

– Não. Ela vinha até caminhando neste orfanato. Está completamente segura. - O menino dizia, deitando a cabeça para o lado.

– Hm. - Se apoiava em uma das árvores, olhando para a pequena condessa brincar com as crianças. - Ela não mudou muito.

– Todos dizem isso. Até o esquisitão do noivo dela. - Henry bocejava. - Ela está bem, vamos embora.

– Você tem razão. É bom ter alguém racional por perto. - Sorriu, apoiando a mão no topo da cabeça do jovem conde.

Os dois seguiram, subindo em seus cavalos outra vez.

– Você quer ser um cavaleiro né? - Olhava para o outro, enquanto os dois cavalgavam com calma agora.

– Sim! - Assentiu animado.

– Eu vou te treinar. Penso que eu vou precisar de um herdeiro no ducado. Esse sempre foi o plano, na verdade, unir seu condado com meu ducado. Se você demonstrar para mim ser digno... Talvez eu passe meus títulos para você. - Olhava para o rapaz.

– Por que faria isso? Você é um duque. Eu não quero mais responsabilidade. Você está morrendo de doença ou o que? Algum dia terá filhos e eles vão herdar suas terras. - Menino franziu o cenho confuso.

– Eu não terei filhos. Por isso quero alguém digno de herdar minhas terras. Você é inteligente e racional. Primeira vez que acho alguém digno de ser dono das minhas terras. - Dizia o olhando.

– Por que não terá filhos? Você é eunuco? Por isso, papai rompeu o noivado? - Ergueu as sobrancelhas perplexo.

O duque gargalhou rindo. - Não. Eu não sou eunuco.

– Então qual o problema? - Olhou confuso para o adulto.

– É muito complicado. Se não quiser eu posso adotar alguém. Não quero colocar uma carga em você. - Disse descendo do cavalo.

– Não faz nem 4 horas que nós conhecemos e você me ofereceu um ducado. É uma carga. Mas eu não te entendo. Você fica agindo como se conhecesse minha irmã, como se gostasse dela, mas não quer pedir a mão dela. Me oferece um ducado e me diz que não pode ter filhos. Eu estou todo confuso. - O menino apoiava as mãos na cabeça.

– Jovem conde... Eu sirvo a família imperial. São dois príncipes, um deles me detesta e me quer infeliz e morto. Eu estou em uma situação de completo desespero, da mesma forma que você e sua irmã. Um pouco pior talvez. Eu posso parecer apressado para você. Mas é só que também estou preocupado com meu povo e o legado do meu pai. - Olhava nos olhos do menino. - A rainha quer que o segundo príncipe se torne o rei. Se eu continuar me opondo, provavelmente minha cabeça vai rolar, assim como a do meu pai rolou e o seu pai me protegeu.

– Mas o que isso tem haver com a Alicia? - Erguia as sobrancelhas.

– Eu perdi esse noivado por isso, todos me detestam na alta sociedade por isso. Só me respeitam pelo título, escuto eles sussurrar nas minhas costas. Eu estou vivendo um inferno. Tudo por causa que a rainha viúva e apoiada pelo barão Merce o homem mais rico da sociedade, mesmo sem título ele tem centenas de milhares em ouro puro. - Gesticulava apertando os pulso. - O que estou dizendo para uma criança. - Apoiou a mão na testa.

– Eu não sou criança, eu entendo muito bem o que diz. Vou completar 15 anos na próxima semana. - Olhou nos olhos do duque. - O que você está dizendo é que está aguentando tudo isso sozinho desde a morte do seu pai? Tudo porque apoia o primeiro príncipe?

– Sim. O ducado de Venberry é o mais importante do reino e como chefe da guarda imperial do rei... Eu sou líder do partido revolucionário que apoia as ideias do primeiro príncipe. Então todos do partido apoiam o primeiro príncipe o que tecnicamente torna ele com a maior aceitação nobre... Fazendo dele o atual príncipe herdeiro pelo apoio popular. - Gesticulava.

– Só você parar de apoiar o primeiro príncipe. - Moveu os ombros como se fosse simples.

Benedict riu, balançando a cabeça. - Na semana que vem é o baile imperial, você terá que comparecer como conde de Belmer. Verá com seus próprios olhos e então ter perguntarei, qual dos príncipes seu condado anseia como rei.

O jovem olhou sem entender muito bem.

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