Eu trabalhava em uma lanchonete no centro da cidade, não era um lugar frequentado por pessoas ricas e mais por trabalhadores que não queriam pagar caro para comer.
Eu ficava no caixa recebendo os pagamentos.
Já trabalhava há um bom tempo naquele naquele lugar e não recebia bem, porém, tinha uma boa convivência com os meus colegas, o que era melhor do que nada.
Porém, quando o novo gerente da lanchonete foi contratado, comecei a passar por situações desconfortáveis.
Ele tinha algumas atitudes invasivas, como quando eu estava fechando o caixa, as vezes ele aparecia e ficava fazendo massagens nos meus ombros, com a desculpa de que queria ver se eu estava fechando o caixa direito.
Eu me sentia muito mal com aquilo, quando sentia o cheiro de cigarro dele perto de mim, até fazia meu estômago embrulhar.
Mesmo eu tentando fugir dele, ele parecia não perceber que eu desprezava aquelas atitudes dele e quase sempre vinha me perguntar se eu queria ir tomar uma cerveja com ele depois do trabalho, perguntava se ele podia me levar em casa e coisas assim.
O assédio dele estava insuportável e eu não entendia como depois de vários nãos e de várias vezes eu ter deliberadamente me afastado dele, ele continuava. Se eu pudesse, me demitiria daquele trabalho, mas não podia ficar sem emprego, estava endividada e era eu que pagava todas as despesas de Henry e agora era o momento que eu mais precisava do emprego, já que a minha menstruação estava atrasada há alguns meses…
Geralmente eu levava alguma coisa para comer no trabalho, já que aproveitava o horário de almoço para passar bem rápido na casa de Henry para dar o almoço para ele e depois voltar para o trabalho.
Porém, em um dia, eu resolvi sair da lanchonete um pouco antes do trabalho, exatamente para evitar os assédios do meu chefe, já que ele sabia quando eu ia comer e eu tinha medo de ele me atacar quando eu estivesse sozinha no refeitório.
Nesse dia, algo estranho aconteceu, próximo do meu trabalho tinha um parque, então resolvi ir para lá para comer meu sanduíche.
Enquanto comia, ouvi um pedido de ajuda e quando olhei, tinha alguns moleques atacando um senhor.
Eles cercaram o senhor e o ameaçaram com um canivete, as pessoas em volta não o ajudaram e correram para se esconderem, já que aquela gangue já era conhecida por assaltar pessoas por ali.
Eu fiquei um pouco hesitante, já que ajudar a aquele senhor poderia colocar minha vida em risco e a vida das minhas suspeitas também.
Mas não consegui ver aquela injustiça e fui lá ajudar.
Gritei para os moleques para deixarem o senhor em paz, mas eles riram da minha cara e me pediram para não me meter, caso não quisesse ser esfaqueada também.
Então eu disse a eles que com certeza alguém já havia chamado a polícia e que aquele senhor tinha cara de mafioso. Estava bem vestido e andando por aquele parque perigoso, só podia ser alguém mais perigoso que eles.
Os moleques hesitaram, mas acabaram indo embora correndo e o senhor veio me agradecer.
— O que eu posso dizer a você? Muito obrigado! É a minha primeira vez nessa cidade e não sabia que aqui era perigoso.
— Não precisa agradecer, não foi nada, eu só fiz o que todo mundo deveria fazer, ajudar o próximo. E além do mais, aqueles moleques são medrosos, só se aproveitam de quem parece fraco, é só colocar uma paranóia na cabeça deles que eles fogem.
— Você salvou a minha vida, me deixe recompensar você.
— Eu já disse, senhor. Eu não fiz nada demais, não precisa me dar nada.
— Olhe, aqui é o meu cartão. Eu realmente quero te recompensar, eu acredito que pessoas boas devem ser recompensadas pelos seus atos bondade.
Ele me deu o seu cartão, insistindo que deveria fazer alguma coisa por mim. Eu desconversei e fui embora, já que já estava atrasada para dar o almoço ao Henry.
Alguns dias se passaram e eu até tinha esquecido aquele evento, porém, aquele senhor apareceu lá na lanchonete. Ele pediu um café e mandou a garçonete me chamar.
Fui até ele, e ele me perguntou se eu podia sentar na mesa, pois ele queria conversar comigo com calma. Eu recusei, é claro, já que estava no meu horário de trabalho e foi exatamente o que disse ele e voltei para meu posto.
Acontece que aquele senhor começou a ir todos os dias na lanchonete e todos os dias ele me chamava, insistindo que queria conversar comigo. Eu estava até desconfiada que ele tivesse alguma má intenção, assim como o meu chefe demonstrava.
Não bastava eu ter um marido cego que dependia de mim e que não me via como esposa, a minha menstruação que não descia, a madrasta e o meio irmão do Henry que me atazanava, os assédios do meu chefe, agora eu tinha um cliente me perseguindo.
Eu estava cansada, viu? Cansada. Cansada daquela vida, cansada de dar tanto de mim e não receber quase nada.
Henry dizia que fazer amor comigo era a forma dele me pagar pelos meus serviços, mas eu digo que fazer amor com ele não me fazia sentir recompensada.
É claro que quando fazíamos amor, era a melhor parte daquele dia. Só naquele momento eu me sentia mulher e não uma criada.
Henry na cama sempre me deixava com muito tesão, ele era intenso e me dominava, parecia não precisar enxergar para conhecer meu corpo.
Quando fazíamos amor ele me devorava, com vontade e me fazendo sentir desejada.
Mas era só naquele momento, porque depois que tudo acabava, de mulher eu voltava a me sentir um cuidadora dele, uma mera criada.
Bem, esses dias foram decisivos, eu já estava implorando uma solução para os céus, me sentia totalmente encurralada por todos os lados e foi aí que chegamos no dia que ouvi o que aquele homem queria me dizer.
Eu fechava a lanchonete todos os dias, no último horário sempre sobravam eu, uma colega garçonete e o nojento do meu chefe. Porém, a minha colega garçonete teve um problema em casa e pediu para sair mais cedo e naquele dia fiquei desesperada, eu iria ficar sozinha com meu gerente e estava morrendo de medo de ele tentar alguma coisa.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
S.K.
a coitada passou por cada situação difícil como se não bastasse sustentava aquele nojento do Henry, até seu horário de almoço ela tinha que ir cuidar dele,esse não merece segunda chance é nunca.
2024-06-20
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Adriana Mentoring de Mulheres
Triste a vida deal , para ela fez bem ir embora e cuidar da sua vida
2025-01-20
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Gina
😔 e o idiota , imbecil do marido so sabia desprezar ela ,
2024-12-27
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