Acordei na cama e assim que vi Lorenzo senti um grande alívio, acabei não disfarçando e o abracei forte.
— Que alívio ver você, achei que iam me matar, tive tanto medo, ainda bem que me encontrou. — eu estava apavorada e quando vi ele retribuir o abraço me mantendo em seus braços me dei conta que havia sido pega em menos de um dia sozinha, eu era um completo fracasso.
— Encontrei você, sim, achou que eu te perderia assim tão facilmente? Você não imagina o perigo que correu, ninguém vai tocar em você, mas terá consequências o seu ato rebelde, come alguma coisa que estamos voltando já, acredito que precise se alimentar e um banho — meu noivo tinha um olhar mortal, mas ele estava se contendo e tive medo quando chegasse em casa e tudo explodisse.
— Meu pai vai me matar, me mate primeiro, preciso pensar em como agir — sem querer mostrei meu medo.
— Você não vai para a casa não, acha que vai ser assim e tentar fugir novamente, vai ficar presa no meu apartamento sozinha até a data do casamento, não verá ninguém da sua família e nem sairá para a rua, mas antes vamos parar em um lugar, então sugiro que coma, durma e relaxe — ele foi categórico e me senti sem chão, não veria minha família até fazer 18 anos.
Tomei um banho e comi algo, ele não me deu meu celular e me emprestou um tablet para que olhasse vídeos na internet até chegar, quando o jato pousou meu noivo me esticou a mão e descemos, entramos em um carro e ele orientou o motorista para levar o carro até o galpão. .
O lugar fedia a morte e sangue, tinham vários homens que lutavam e olhavam para mim como se fosse carne fresca, meu noivo colocou a mão na minha cintura marcando território e todo mundo circulou.
Quando abriram passagem e coloquei o primeiro pé na porta vi algo apavorante e dei um passo para trás com a mão na boca, meu amigo Diogo estava amarrado sem roupa e completamente desfigurado, meu noivo estava atrás de mim e me segurou forçando meus passos para frente.
— Querida noiva, cada ato impensado traz recompensas catastróficas, seu amigo ajudou em uma fuga impensada, acobertou sua saída da lanchonete e agora por sua atitude mimada ele morrerá — meu noivo foi em direção ao Diogo e começou a rir, tentei fugir, mas o irmão dele me segurou e me forçou a olhar meu noivo batendo no Diogo.
— Lorenzo, por favor, não mata ele, ele não sabia que eu estava noiva, não faz isso, eu nunca mais tento fugir — eu via o sangue escorrendo e meu noivo batendo e batendo, pareceu que ele ao me ouvir defender o Diogo ficou mais furioso, fiquei desesperada e cai de joelhos tampando os ouvidos e ouvi meu noivo falando.
— Cada ação leva a uma reação, quando você me desobedecer alguém vai morrer, quando fugir alguém eu vou punir, seu amigo era íntimo demais e após apoiar sua fuga tinha intenção de ir atrás de você, veja a sua vida acabar diante dos seus olhos e saiba que a única culpada por uma mãe que vai chorar a morte do filho é você — falando isso ele atirou e matou meu amigo.
Fiquei aliviada, pois ele estava sofrendo muito, não ouvi uma palavra sua, pois sua boca estava tapada, mas seu olhar de dor vai me fazer sentir culpa o resto da minha vida.
Meu noivo me puxou do chão e disse ao irmão:
— Nosso outro convidado está pronto já?
Olhei incrédula para ele, não acredito que ele machucaria outra pessoa, quem seria? Não, não, ele não faria isso, pensei sem querer acreditar que ele machucaria outra pessoa, essa sendo tão importante para mim.
— Lorenzo, espera um pouco, não acha que é demais para ela hoje? Finalizamos sozinhos o outro, ela já entendeu — quando meu cunhado disse isso, temi ser meu pai e olhei incrédula para meu noivo que tinha um olhar vazio.
— Não, ela tem que entender que pessoas são punidas pelo erro, e foi uma sequência de erros graves e tanta estupidez — ele falou se mostrando furioso, ele fazia realmente jus a fama, era impiedoso e cruel.
— Lorenzo, por favor, eu estou me sentindo tonta, não quero ver mais nada, já entendi que não posso ir contra você — falei chorando arrependida e culpada por causar mortes.
— Hoje vamos até o fim, tem mais uma pessoa que errou, mas esse não pagará com a vida — fui levada quase arrastada até outra sala e lá estava Marcon, o soldado do meu pai, ele era quem cuidava da proteção da mamãe e anos e tinha duas filhas, ele não teve culpa nenhuma e eu só pude gritar não.
— Seu soldado foi enganado por uma menina que nunca saiu sozinha, tanta experiência e foi passado para trás, não tem explicação para tanto desleixo, claramente não serve para proteger, seu pai decidiu não tirar a sua vida, mas vai ter seus braços e pernas quebrados como punição — ouvir ele dizer isso me fez ficar apavorada, até que ponto sua crueldade ia?
Eu ia gritar por misericórdia, mas não senti mais as minhas pernas, senti algo muito ruim e minha visão ficou turva, senti um braço me segurar e não enxerguei mais nada.
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Atualizado até capítulo 39
Comments
Joicy Angelossi
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2025-03-01
1
Edna Aparecida Rodrigues Pereira
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2025-01-20
0
Cleise Moura
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1