Uma semana depois, fomos para a casa, depois da semana de descanso era hora de voltar. Nesse tempo Lorenzo e eu quase não saímos do quarto. Ele dizia que precisava trabalhar, mas, como sempre, acabou cedendo a mim. Eu estava feliz, muito mais do que imaginava que estaria ao lado dele. Nos entendemos bem, melhor do que eu esperava.
Quando nos aproximamos do local, vi que era um complexo enorme, um tipo de bairro fechado, com cinco mansões imponentes e espaço para futuras construções, era assim que acontecia com os filhos homens que traziam as mulheres para cá e talvez se tivessem sorte as mulheres e os futuros maridos.
— Esse é o território da família — ele explicou, diminuindo a velocidade do carro. — Aqui vivem os homens da casa. Filhas, quando se casam, costumam acompanhar os maridos, como Laura fará. Você fez e Duda já espera fazer.
Observei ao redor, impressionada com o luxo e a organização.
— Gostamos de ficar próximos. Aqui dentro, temos tudo: academia, salão de dança, área de festas, alojamento para funcionários. Cada casa tem sua piscina aquecida e fria, além da piscina central, que é gigantesca e usada por todos. Cada membro da família tem seu próprio segurança. O Carlo cuida de mim, o Stefano do Cesare, Lauro do Antony, Sandro dos meus pais e Cristóvão da Laura. Vou deixar Carlo responsável por sua segurança, desde que não tente ameaçar meu homem.
Revirei os olhos, rindo internamente do seu tom possessivo.
— E a sua segurança? — perguntei, notando que ele não mencionou ninguém para si.
— Vou designar outro. A mulher é o ponto de fraqueza do homem. Por isso, na frente dos outros, os homens da família não demonstram carinho. É um risco. Você correrá perigos ao meu lado, então seja prudente. Agora, vamos entrar.
Meu marido desceu do carro e estendeu a mão para mim. A mansão principal era grandiosa, e ao nos aproximarmos da entrada, vi sua mãe e Laura nos esperando. Ao lado delas, uma senhora baixinha e gordinha sorriu para mim.
— Esta é Marisa, a governanta. Ela cuida da organização da casa — Ele disse.
Marisa me abraçou calorosamente, e senti uma familiaridade nela que me acalmou.
— Olá, bom dia a todos — Lorenzo falou, dirigindo-se à mãe e Laura. — Como estão os preparativos? Vamos almoçar.
Fomos para a sala de jantar, onde encontrei meus cunhados e meu sogro. Ele nos observou por um instante antes de dizer:
— Lorenzo sua casa já está pronta. Seus irmãos ainda precisam retirar algumas coisas, mas até amanhã estará vazia. Espero que você e Sofia sejam felizes e me deem netos logo.
Engasguei com o suco, tossindo enquanto Laura me dava tapinhas nas costas, rindo.
— Por que têm que sair? Podem ficar na casa até se casarem. Não me importo, e acredito que Lorenzo também não. Ele comentou que vocês viajarão depois do aniversário da Laura. Pelo menos, terei companhia, certo, marido? — desviei a conversa antes que continuassem falando sobre filhos.
Lorenzo me olhou e assentiu.
— Por mim, tudo bem. Sempre trabalhamos juntos, e é bom estarem por perto. Cesare, sua noiva já começou a cuidar da decoração da casa? Laura e Sofia podem ajudar.
— Certo, falarei com ela. Os seguranças continuam os mesmos? — Cesare perguntou. — Arnaldo está com minha noiva e deve continuar.
— Sim, ficará tudo igual. Carlo cuidará da Sofia, e eu arrumarei outro para mim.
Após o almoço, meus sogros se despediram, e Laura me chamou para conhecer o quarto.
— Vou organizar minhas coisas no closet — avisei.
Laura riu.
— Já arrumaram tudo, cunhada. Mas preciso de um favor gigante.
Pelo tom dela, senti que vinha confusão.
— Laura… O que foi? Não me mete em problema, hein?
Ela trancou a porta antes de dizer:
— Lembra do cara que convidei para minha festa? Quero ficar sozinha com ele, mas com meus irmãos e os soldados, ele vai surtar. Me ajuda a convencê-los a fazer uma festa à fantasia.
Suspirei, lembrando de todas as enrascadas em que já me meti.
— Ah, Laura… Sei não. Já fugi uma vez e fiquei presa num apartamento por semanas.
— Por favor! Se der errado, eu juro que não falo nada!
Antes que eu pudesse responder, bateram na porta
— Por que estão trancadas? Sofia? Por que não está no nosso quarto? Preciso de você agora. — Lorenzo gritou.
Laura abriu a porta, e ele me puxou pela mão, sem paciência.
— Para de me puxar, seu ogro! Eu sei andar!
— Não parece. Errou o caminho do nosso quarto. E escute bem: não dê ouvidos às bobagens da Laura. Eu já sei que ela quer namorar esse rapaz. Mas ela sabe que não pode.
— Não estávamos planejando nada. Só conversando.
Lorenzo me estudou antes de continuar:
— Você pode fazer o que quiser, mas tenha cuidado com sua roupa. Há soldados patrulhando a mansão. Eles não entram na área das piscinas para manter a privacidade das mulheres, mas qualquer desrespeito, me avise. O closet foi abastecido com tudo que precisa. Se quiser algo mais, compre online ou me avise com antecedência. E nunca, em hipótese alguma, saia sozinha. Estou confiando em você. Não quebre essa confiança.
Senti um peso na consciência. Ele confiava em mim, então, sem pensar muito, confessei:
— Laura quer uma festa à fantasia. Me pediu ajuda para convencer você, ela acha que você me ouviria — falei descrente.
Ele ergueu uma sobrancelha.
— E você quer isso?
Fiquei surpresa com sua consideração.
— Sim. Nunca fui a uma. Acho que seria divertido.
Ele pensou por um instante e assentiu.
— Tudo bem. Avisarei Safira para organizar o evento. Mas nada exagerado. Agora, tenho que ir. Volto tarde. Aproveite.
Ele me beijou antes de sair.
Senti algo estranho. Eu deveria ter medo dele, mas só sentia alegria.
Fui tomar banho e vesti um biquíni com um vestido leve. Queria explorar o local e nadar. Quando desci as escadas, vi uma moça uniformizada me olhando com frieza. Devia ter quase a minha idade. Ela não disse nada, apenas desceu rapidamente.
Bati na porta de Laura.
— Vamos à piscina? E também olhar fantasias. Seu irmão liberou a festa.
Laura gritou animada e foi se trocar.
O dia foi divertido. Liguei para minha irmã e tentei falar com meu irmão, mas sem sucesso. Minha mente me dizia que estava acontecendo algo de ruim, mas tentei ignorar.
Ao anoitecer, jantamos sozinhas.
— Isso não é normal — Laura murmurou. — Meu irmão nunca me deixa sozinha em casa. Se nenhum deles voltou, significa que a situação não é boa.
Um frio percorreu minha espinha.
— Ai Laura, não me assusta. — falei.
Dispensamos os empregados e nos acomodamos no sofá. Carlo e Cristóvão estavam na cozinha, garantindo nossa segurança.
Em algum momento durante o filme acabei adormecendo, naquela noite estava tão em paz que não tinha como melhorar.
O que eu não sabia era que, ao amanhecer, minha vida mudaria para sempre.
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Atualizado até capítulo 39
Comments
Márcia Jungken
Cassandra já está sendo uma ótima mafiosa 😁😁😁👏👏👏
2025-01-11
1
Ana Karol Campos
eita kkkkk Cassandra é uma mafiosa daquelas! kkkkk
2025-01-01
1
Euridice Neta
Eita que hoje tem cabaré!!!
2024-11-12
1