Felicidade.

O primeiro dia da lua de mel parecia um respiro para mim. Eu sabia que, pelo menos por uma semana, Lorenzo se afastaria de sua obrigação como Don e estaria completamente comigo. Ele era um homem intenso, controlador e, no início, eu o odiei com todas as forças. Mas, por alguma razão, ele parecia empenhado em me agradar, em me mostrar um lado dele que poucos conheciam.

O hotel onde passaríamos os próximos dias era deslumbrante, um refúgio privado com vista para o mar, cercado por natureza e luxo. O sol brilhava intensamente, refletindo na piscina cristalina, e o calor convidava para um mergulho refrescante. Aproveitei para vestir um biquíni novo — minúsculo, como eu gostava — e caminhei até a piscina, sentindo os olhos do meu marido queimarem sobre mim.

Enquanto eu aproveitava o calor e me deixava relaxar na piscina, uma ideia surgiu.

— Amor — chamei, olhando para ele com um sorriso travesso.

— Hum? — Ele estava me observando atentamente, como sempre fazia, sem disfarçar sua vigilância.

— Acho que vou tirar a parte de cima do biquíni — anunciei, casualmente.

Os olhos dele se estreitaram no mesmo instante, e seu corpo ficou tenso.

— O quê? — Sua voz saiu baixa, carregada de algo perigoso.

— Só para não pegar marca. Vou ficar de costas, ninguém vai ver nada — expliquei, achando graça da maneira como sua expressão mudou para algo entre a incredulidade e a fúria.

Lorenzo se aproximou em passos lentos, a água se movendo ao redor de seu corpo enquanto ele chegava perto o suficiente para eu sentir o calor de sua pele. Sua boca roçou meu ouvido, e sua voz saiu baixa, rouca e firme.

— Nunca. Aceitarei. Isso.

Um arrepio percorreu minha espinha, e eu me segurei para não ceder ao efeito devastador que sua proximidade tinha sobre mim.

— Lorenzo, você está exagerando — tentei argumentar, mas minha voz já não parecia tão firme quanto eu queria.

Ele segurou minha cintura, seus dedos afundando levemente em minha pele molhada.

— Exagerando? Você acha que eu suportaria a ideia de qualquer pessoa, por um segundo que fosse, tendo sequer um vislumbre do que pertence a mim? — Ele apertou os dentes, e eu o senti inspirar fundo contra meu pescoço, como se estivesse se segurando para não me devorar ali mesmo.

Minhas pernas ficaram bambas. Meu coração batia descompassado.

— Mas eu ficaria de costas… — tentei, apenas para provocá-lo mais um pouco.

 Lorenzo soltou uma risada seca, mas não havia humor nela. Ele deslizou uma das mãos pela curva das minhas costas, subindo até minha nuca e segurando firme.

— Mesmo que fosse de costas Sofia, ainda assim alguém veria. E eu não admito isso. Nunca.

Engoli em seco. Seu tom possessivo e sua firmeza me afetavam mais do que eu queria admitir.

— Então é tudo para o seu… deleite? — arqueei uma sobrancelha, mordendo o lábio para segurar um sorriso.

Ele se inclinou ainda mais, seus lábios roçando minha orelha antes de murmurar:

— Absolutamente tudo.

Eu ia retrucar, mas ele tomou minha boca em um beijo profundo, arrebatador. Quando me dei conta, já estava encaixada novamente em seu colo, como ele gostava, com seu aperto firme e inegociável ao redor do meu corpo.

— Agora está tudo onde deveria estar — murmurou, satisfeito.

Eu apenas ri, derrotada e completamente entregue a ele.

No outro dia a diversão era melhor ainda, parecia que estávamos em 40 graus, ele desceu primeiro que eu porque estava arrumando meu cabelo para não ficar detonado na água com cloro, logo que desci ele já estava dentro d’água, apoiado na borda, segurando um copo com uma bebida que parecia refrescante. Assim que me aproximei, vi seu maxilar travar e seus olhos escurecerem de ciúme.

— O que foi isso? — ele perguntou, apontando para o biquíni enquanto eu descia os degraus da piscina.

Sorri, me divertindo com seu desespero.

— Um biquíni? Já viu antes, não? — provoquei, girando levemente para que ele pudesse apreciar melhor a visão. — Achei que gostaria.

Ele bufou, se aproximando em passos lentos dentro d’água, até estar colado a mim.

— Você realmente acha que gosto da ideia de outros homens te olhando desse jeito? — Seus dedos deslizaram pela minha cintura, possessivos.

Ri, adorando sua reação.

— Eu não tenho olhos para mais ninguém Lorenzo. Eu te amo — confessei sem hesitação, porque, por mais teimoso e possessivo que ele fosse, a verdade era que ele havia se tornado meu.

Ele inclinou a cabeça, os olhos brilhando com intensidade.

— Mas os outros ainda têm olhos. E se continuarem olhando para você, vou arrancar cada um deles — afirmou com seriedade, me puxando para um beijo intenso.

Suspirei contra seus lábios, e antes que eu percebesse, ele me ergueu e me encaixou no colo, de forma que minhas pernas estavam ao redor de sua cintura.

— Assim sua bunda está escondida, e você encaixada onde deve estar — murmurou contra minha pele, satisfeito.

Soltei uma risada enquanto passava os braços por seus ombros, aproveitando o momento. O sol brilhava, a água estava na temperatura perfeita, e o cheiro da comida que haviam preparado nos alcançava. Sobre a mesa ao lado da piscina, estavam pratos bem servidos com frutos-do-ma frescos, massas e saladas coloridas, além de taças de vinho branco gelado.

— Isso aqui está perfeito — murmurei, pegando um camarão e levando à boca.

Lorenzo me observava com aquele olhar intenso de sempre, mas agora misturado com uma tranquilidade rara nele. Talvez, pela primeira vez, ele estivesse relaxando de verdade.

— Que tal sairmos hoje à noite? — perguntei casualmente, beliscando outro pedaço de comida.

Ele arqueou uma sobrancelha.

— Sair? Onde?

— Tem uma festa na cidade, quero conhecer o lugar, dançar um pouco…

Ele suspirou, seu olhar já se tornando mais sombrio.

— Não.

Revirei os olhos.

— Lorenzo estamos em lua de mel, não numa prisão de luxo.

— E ainda assim, a resposta é não. Muito arriscado — ele pegou um pedaço de salmão e levou à boca, encerrando o assunto.

Suspirei dramaticamente antes de deslizar minhas mãos molhadas pelos ombros dele, subindo até a nuca e entrelaçando meus dedos em seus cabelos. Meus lábios encontraram seu pescoço, e senti seu corpo reagir instantaneamente.

— Por favor… — sussurrei contra sua pele, deixando um beijo demorado.

Ele soltou um grunhido baixo, e eu sabia que estava vencido.

— Sofia…

— Meu mafioso… — insisti, mordiscando de leve sua orelha.

Ele respirou fundo, segurando minha cintura com firmeza, antes de soltar um suspiro derrotado.

— Uma horinha só. Sem exageros.

Gritei animada, comemorando minha pequena vitória.

— Vai ser incrível, você vai ver! — beijei seu rosto várias vezes.

Ele revirou os olhos, mas eu podia ver o canto de sua boca ameaçando um sorriso. Eu sabia que podia ser difícil, mas, aos poucos, ele estava se rendendo a mim — e eu a ele.

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Comments

Márcia Jungken

Márcia Jungken

como assim punir oe seguranças se foi o próprio Lorenzo que entregou o pequeno Noah para esse falso enfermeiro 🤔🤔

2025-01-11

3

Neide Lima

Neide Lima

vai que Cola🤔Colou 🤭😂😂😂😂😂

2025-03-03

0

Márcia Jungken

Márcia Jungken

lindo esse bebê 😍❤️❤️

2025-01-11

1

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