Meu Incidente Preferido
...Luiza Alves:...
Os últimos anos da minha vida podem ser resumidos em três palavrinhas:
...Um verdadeiro desastre....
"Correio!", gritou o carteiro, batendo freneticamente na porta do apartamento.
"Um momento...", murmurei, sabendo que ele talvez não ouvisse, mas valia a pena tentar.
Enquanto me inclinava para colocar meu filho, que dormia tranquilamente, no berço, os gritos altos do carteiro ecoaram mais uma vez, seguidos por batidas fortes na porta, fazendo o bebê, que tem apenas um mês de vida, despertar com um berro alto.
Eu quero morrer.
Como péssima mãe de primeira viagem que sou, demorei uma eternidade para fazê-lo dormir, e agora, de repente, todo o meu trabalho árduo foi por água abaixo.
Voltei a pegar Lucca em meus braços e caminhei até a porta, abrindo-a enquanto implorava internamente para que minha nova encomenda não fosse apenas mais uma fatura para pagar.
Após abrir a porta, ele me cumprimentou com um "Bom dia". Mas acho que a minha péssima aparência - cabelo bagunçado, olheiras, pijama e um bebê berrando em meus braços - deixava bem claro que esse dia, com toda certeza, não tinha nada de bom.
"Pode assinar aqui?" perguntou, alternando o olhar entre mim e o papel em suas mãos.
Com dificuldade, assinei, e o carteiro me entregou uma caixinha preta, com um laço dourado na parte de cima.
"Espero que seja um presente para você", sussurrei para o bebê, mesmo sabendo que isso era impossível, já que poucas pessoas realmente se importavam com o nascimento dele.
Mas ele não precisa saber disso, não é?
Fechei a porta e caminhei até o quarto. Em seguida depositei a caixa na cômoda e me esforcei para fazer Lucca voltar a dormir.
Depois de meia hora, finalmente consegui.
Com ele confortavelmente no berço, dirigi-me à cozinha e preparei café. Ao terminar, despejei o líquido quente na xícara e voltei para o quarto.
Peguei a caixinha e me sentei na cama.
"É muito chique", murmurei animada. "Será que é dinheiro?", sacudi o objeto perto do ouvido, tentando identificar o som.
Após desistir de tentar identificar o objeto, comecei a puxar o laço dourado. Ao abrir a caixa, não consegui conter o grito alto que escapou pela minha garganta.
Os meus olhos se encheram de lágrimas e as minhas mãos tremeram ao ver que o conteúdo dentro dela era um passarinho morto. Fechei-a rapidamente e lancei um olhar para o berço, agradecendo a Deus pelo bebê não ter acordado com o meu susto.
Quem faria uma maldade dessas? Eu nem mesmo tenho inimigos.
Abri a caixa novamente e notei que havia um papel preso ao bico do pobre animal.
Mesmo com um pouco de nojo, o retirei e o abri, vendo uma bela caligrafia.
"Te encontrei, passarinho", li as palavras e senti um arrepio percorrer minha espinha.
Olhei a parte de trás, mas essa era a única coisa que estava escrita nele. Observei o passarinho com mais atenção, tentando identificar se não era de plástico.
Mas não, o cheiro forte deixou bem claro que era real, assim como o bilhete.
"Isso é uma ameaça?", me perguntei.
Respirei fundo e peguei meu smartphone.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Rosângela Santos
Começando a ler
2024-11-20
0
Jacira Maria
Não é Janayara, mas o que se podia esperar de um mafioso sanguinário.
2024-10-25
0
Janayara Dede
Acabei de ler Destinado a Ela. E comecei a história de Bruno e Luiza. E que maldade o Bruno fez com a Luiza nesse primeiro capítulo. 21/10/24.
2024-10-22
0