Capítulo 16

Mais uma semana concluída com sucesso, foi uma semana muito cansativa, mas muito produtiva, pois aprendi muitas coisas novas, cada vez mais me apaixono pela faculdade de medicina, cada dia tenho mais certeza que fiz a escolha certa.

Essa semana foi de muitas emoções também, pois descobri que vou ser titia, Laura está grávida, a primogênita vai dar o primeiro neto aos meus pais.

Luíza, tia Liz e eu marcamos consultas no mesmo dia para ver se o DIU está no lugar, pois Laura também usava e mesmo assim ficou grávida.

Por sorte o meu segue firme e forte no lugar dele.

Quero ter filhos com Lucas, mas só depois que me formar, pois no momento quero me dedicar aos meus estudos e depois ainda tenho a residência, isso demanda muito tempo e dedicação. Não sei como a Melissa Adams conseguiu ser mãe de sete e conciliar isso tudo com os estudos, mas o bom é que deu certo, pois hoje ela é uma das melhores pediatras do estado, ela e minha tia Beatriz.

Me espelho muito nelas e no meu tio Raul também, que é cirurgião.

Tia Beatriz trabalha em seu próprio hospital, que é renomadíssimo, inclusive nosso plano de saúde é do hospital dela. Melissa Adams trabalha em um dos hospitais da rede do pai dela, que são muito bons também. Tio Raul trabalha em um dos hospitais da rede do pai dele. Fico imaginando se os três trabalhassem no mesmo hospital, seria incrível.

Organizo algumas coisas que vou levar para a casa do Lucas, pois vou passar o final de semana com ele e hoje também é o aniversário de sua irmã mais nova.

Apesar de ter algumas roupas lá na casa dele, coloco mais algumas em uma pequena mala de mão e também alguns itens de higiene pessoal e camisinhas, estou meio que com medo do meu DIU sair do lugar também.

Pego minha mala, a bolsa e o presente de Luana e desço as escadas.

— Daqui uns dias você se muda de vez. — meu pai diz.

— Deixa a menina moreno!

— As outras duas estão no mesmo barco, Luíza mal vem aqui, passa a semana inteira no apartamento do Ruan, a Laura do mesmo jeito com o cabeludo.

— Quando a Laura casar vai morar com o Gabriel, amor. — minha mãe diz.

— Infelizmente.

— O senhor quer que nós venhamos morar aqui com nossos maridos papai?

— Seria uma ótima ideia, essa casa é tão grande, e ainda tem terreno para construir mais.

— Vai fazer uma casa pra mim papai? — pergunto.

— Faço.

— Está falando sério moreno?

— Estou sim, minha loirinha, vou falar com o arquiteto para vir fazer o projeto de três casas.

— Melhor falar com as meninas se elas querem amor. — minha mãe diz.

— Eu acho uma ótima ideia. — digo. — Vou conversar com o Lucas, mas eu não vou casar agora papai, tenho muito o que estudar ainda.

— Você pode casar e continuar estudando filha. — minha mãe diz.

— Eu sei, mas acho que devo esperar um pouco, curtir o namoro, essa fase é tão boa.

— É verdade, seu pai e eu não tivemos isso, seu pai me arrastou logo pra morar com ele, depois fizemos vocês e só depois veio o casamento. — minha mãe diz.

— Está vendo papai, vocês também fizeram tudo ao contrário. — meu pai sorri.

— É aquele caso minha princesa, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. — ele diz e nós sorrimos.

— Já estou indo. — digo e dou um beijo na minha mãe e outro no meu pai.

— Se cuida filha. — minha mãe diz.

— Juízo ouviu Anna Letícia! — meu pai diz.

— Pode deixar papai.

— Te amo minha princesa.

— Também te amo papai.

— Mamãe também te ama, meu amor.

— Também te amo mamãe.

Lucas me espera em frente de casa do lado de fora do carro e quando me ver ele sorrir.

— Você está linda, meu amor.

Estou usando uma saia Midi de alfaiataria de cor preta, um pouco longa, vai até metade das minhas pernas e estou usando um top tomara que caia, também preto que deixa só um pouquinho da minha barriga à mostra e para complementar o look um cinto marrom, uma sandália bege com o salto quadrado e a bolsa da mesma cor.

Deixei os cabelos soltos e fiz uma make simples, o aniversário da irmã de Lucas vai ser agora no começo da noite, por isso já vou arrumada, Lucas ainda vai se arrumar quando chegar lá.

— Obrigada meu amor. — digo e ele me beija. — Você também está lindo. — ele sorri.

— Estou usando meu terno de trabalho.

— Deixa eu te falar... Eu amo um homem de terno.

— Ama é?

— Uhum...

— Bom saber. — ele diz e eu o abraço e beijo seu pescoço, esse homem é muito cheiroso, um perfume marcante que eu amo. — E eu amo você de todas as formas. — meu coração as agita no peito.

— Estamos falando de roupas, não é?

Preciso ter certeza antes de dizer que o amo também de volta, vai que ele está apenas dizendo que ama como eu me visto.

— Estamos falando de roupas também, mas eu estou dizendo que EU AMO VOCÊ de todas as formas. — olho em seus olhos e tento controlar minha respiração e as batidas errantes do meu coração.

— Lucas... com essas coisas não se brinca.

— E quem disse que eu estou brincando, não sou homem de brincar Letícia, se estou dizendo que amo você de todas as formas é porque eu amo! Não sou de brincar com os sentimentos dos outros, principalmente dos seus, que é alguém tão importante para mim.

— E a outra?

— Que outra?! Que eu saiba só tenho uma e ela está aqui bem na minha frente. — balanço a cabeça negativamente. — Essa é a hora que você diz que me ama também.

— Eu nem preciso dizer, você já está cansado de saber disso.

— É sempre bom ouvir.

— Eu amo você Lucas. — ele me olha e abre um sorriso, um daqueles de tirar o fôlego e molhar a calcinha.

— Eu também amo você Anna Letícia, amo muito e saiba que não são apenas palavras vazias, elas vem daqui. — ele diz colocando a mão no coração.

— Assim eu choro! E já estou de maquiagem.

— Não precisa chorar, só fique comigo e me deixe te fazer feliz.

— Isso é o que eu mais quero no mundo. — ele me beija e eu o abraço muito forte.

Finalmente o Luquinhas agora é meu!

...****************...

Lucas estaciona o carro em frente a casa de sua mãe, mas nós subimos direto para a sua, para ele poder tomar banho e se trocar.

Ele tira terno e coloca no cesto de roupas sujas e tira a arma da cintura e guarda no closet, todos os seguranças do meu pai são armados.

Quando ele tira toda a roupa não deixo de olhar para a cabecinha de cogumelo e isso sempre me dá vontade de sorrir, mas realmente a cabecinha é bem avantajada e o membro bem grosso, uma verdadeira tentação esse homem sem roupa.

— Vai ficar só olhando é? — ele pergunta ao me pagar secando ele.

— Vou, já estou bem arrumadinha.

— É só se arrumar de novo, faz quantos dias já?

— Sei lá, tipo uns cinco? Você só tem pego o turno da noite agora.

— Estou cobrindo o Vini, ele acabou de ser pai, e o seu pai dá um mês de licença.

— Eu sei.

— Quando vamos ter um?

— Um o quê?! — me faço de boba.

— Um bebê.

— Daqui uns oito anos, depois que me formar, fazer residência e depois exercer um pouco, aí depois pensamos em um bebê.

— Amor já tenho trinta e um.

— É jovem ainda.

— Jovem é você meu amor.

— Exatamente, eu quem vou ficar grávida.

— E eu quero ter disposição pra brincar com meus filhos.

— Vai tomar banho homem! Deixa de falar em ter filhos.

— Vem comigo, vai?

— Não senhor! Já estou arrumada.

— Eu amo você desarrumada também.

— Mais tarde você me desarruma gostoso.

— Gostoso, é?

— Muito gostoso.

— Nenhuma possibilidade de vir tomar banho comigo?

— Nenhuma.

— Ok.

Lucas toma um banho rápido e se veste.

Ele está usando uma camisa social de mangas curtas de cor preta, uma calça jeans branca e um sapatênis marrom.

— Que gato. — ele sorri de lado.

— Todo seu.

— Todo meu mesmo!

— Pode ter certeza que sim.

— Agora vamos? Estou com saudade da minha sogrinha.

— As vezes acho que gosta mais da minha mãe do que de mim.

— Está com ciúme Luquinhas?

— Estou.

— Eu amo sua mãe, Lucas.

— E ela a você. Vamos, meu amor?

— Vamos sim.

Descemos as escadas e entramos na casa da mãe de Lucas, ele agora se mudou de vez daqui, levou todas as coisas dele para a sua casa e a mãe dele está radiante com isso.

Ela me confidenciou que ficou muito triste quando ele não quis terminar de arrumar a casa dele, segundo ela eu devolvi a vida ao seu filho e lhe dei motivos para seguir em frente.

Entramos na casa e do Margareth não nos recebe com aquele sorriso costumeiro de sempre.

— Eu sinto muito, mas isso é coisa da Luana. — ela diz.

— O que mãe?

Olhamos em volta e logo vemos o motivo para ela estar assim. Raíssa está muito bem sentada, bebendo cerveja e comendo salgadinhos junto com Luana e outras pessoas, que devem ser amigos dela.

— E a senhora deixou ela ficar?

— Luana disse que era o aniversário dela e os convidados eram dela, sabe como é sua irmã!

— Ela é muito malcriada, isso sim!

— Eu disse a ela que não era boa ideia convidar a Raíssa. — Lívia se aproxima de nós.

— Quer ir embora meu amor?

— Não vá não filha, você é muito bem vinda. — minha sogra diz e me abraça.

— Muito obrigada. — digo.

— Se não quiser ficar aqui, nós podemos ir amor. — Lucas diz.

— Eu não! É aniversário de dezoito anos da sua irmã e eu não vou dá o gostinho a ela, eu vou ficar aqui!

— Tem certeza?

— Tenho sim amor.

Ela finalmente nos avista e se levanta e vem até nós.

— Luck? Oi. — ela diz fazendo jeito de que vai abraçá-lo, mas ele me coloca na frente dele e me abraça por trás.

Dona Margareth se afasta assim que ela chega.

— Oi Raíssa. — Lucas diz.

— Luana me convidou, sabe como ela sempre foi apegada a mim, desde quando começamos a namorar, ela tinha dez anos, lembra? — Lucas não responde nada. — Ah! Oi. — ela diz para mim.

— Oi. — digo.

— Não acha isso aqui, pouca coisa pra você? — ela diz olhando em volta.

— Não, eu acho isso tudo aqui incrível e suficiente, isso aqui é tudo que eu mais quero e amo na minha vida.

— O quê? Um bairro de classe média e uma casinha em cima da casa da sogra?

— Casinha? Aquela casa é enorme, uma cozinha completa, até closet tem, o banheiro é enorme, não sei o que mais você queria da vida! Com um homem desses, uma sogra maravilhosa dessa e uma casa linda. Tem gente que reclama de barriga cheia mesmo!

— Eu mereço muito mais do que isso e você vai se dar conta de que merece mais também.

— Eu não mereço mais do que já tenho, pois como eu falei, isso é tudo o que eu mais quero na vida! Vou entregar o presente da sua irmã. — digo para Lucas.

— Eu vou com você.

Saímos e deixamos Raíssa sozinha olhando para o nada.

— Oi, parabéns. — digo e ela sorri para mim, ela está até mais amigável comigo.

— Obrigada.

— Espero que goste. — digo.

— Obrigada. — ela diz e me abraça. — Depois eu abro. — ela coloca o presente junto com os outros.

— Essa ideia de convidar a Raíssa não foi muito boa Luana. — Lucas diz.

— Eu gosto dela, Lucas, foi você quem terminou com ela e nem por isso minha amizade com ela precisa acabar.

— Sabia que a Letícia ia vir.

— Por mim não tem problema, é o aniversário dela, ela tem que convidar quem é importante pra ela. — digo.

— Desculpa Lucas. — ela pede.

— Não precisa se desculpar Luana, por mim está tudo bem. — digo e ela sorri.

— Vou ficar com minhas amigas, obrigada pelo presente e obrigada pelo o seu também Lucas.

— Por nada. — nós dois dizemos juntos e ela se afasta.

— O que deu pra ela? — Lucas pergunta.

— Uma bolsa igual a minha, aquela que usei na primeira vez que vim aqui, da grife da minha tia.

— Isso não é muito caro?

— Um pouquinho só, mas a tia Liz me dá desconto. — sorrio. — E você, o que deu pra ela?

— Dei uma maleta de maquiagem que ela queria.

— Que legal.

— Você é incrível, sabia? Minha irmã não te trata muito bem, convida minha ex e ainda sim você é ótima com ela e ainda dá um presente caro.

— Ela é novinha ainda amor, natural que não vá com minha cara, já que gosta muito da sua ex.

— Luana conviveu com ela por muito tempo e gosta dela, Lívia nunca gostou muito da Raíssa, era tipo a Luana com você.

— De mim ela gosta.

— Gosta. — sorrio.

— Que bom.

— Sabe que olhando para mim e para a sua ex, nós somos muito parecidas.

— Você é mais bonita, mais simpática, mais humilde, mais tudo.

— Hum... mais tudo é?

— Sim, mais tudo.

— Bom saber.

— É?

— Sim, vou até te chupar bem gostoso mais tarde. — sussurro em seu ouvido.

— Vai me deixar de p*u duro sua filha da mãe!

— Não me xinga Lucas!

— Xingo sim, sua atrevida!

— Eu amo você, Lucas.

— Eu também amo você, Letícia.

Raíssa nos olha com cara de poucos amigos.

Algum tempo depois ela se cansa de nos observar e vai embora.

O clima fica muito melhor depois que ela vai embora e nós nos divertimos bastante.

Não sabia, mas Lucas dança muito bem.

Ah, Luquinhas... Isso me dá tantas ideias...

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