...Lucas...
Ver Letícia entrar nesse carro e ir embora sem olhar para trás me deixou mal de verdade.
Eu sou um grande otário, estou perdendo uma mulher extraordinária.
— Vamos tomar um café e conversar Lucas. — Caio diz.
— Sim senhor.
Ele entra em seu carro e eu no da segurança e o sigo.
Ele para em frente a mansão da família, não pensei que ele viesse para casa e nem que me trouxesse para cá, já que nas últimas duas semanas ele tem feito ficar bem longe daqui, para que eu nem veja Letícia.
— Me aguarde no complexo dos funcionários, só vou tirar o terno. — ele diz e entra na casa.
Eu me dirijo para o complexo dos funcionários, mas me detenho vendo a linda morena treinar pesado no ringue da academia, ela bate bem, deve está socando esse boneco pensando que sou eu, ela reversa entre socos e chutes, ela é muito boa.
Sei que Letícia é igual as irmãs gêmeas, mas eu sei diferenciar as três muito bem e essa é minha morena.
Ela está usando uma roupa própria para treino, bem colada ao corpo, mas ao invés de usar uma calça, está usando a p*rra de um short curto e o top também, mostrando a barriga.
Ela tem uma b*nda que é de f*der o juízo de qualquer um.
— Ela é bonita não é? — Laura se aproxima de mim e pergunta.
— É.
— Você é um vacilão Lucas, como deixa escapar uma mulher dessas? Minha irmã é incrível e nem é porque é minha irmã.
— Eu sei que ela é! Mas ela disse com todas as letras que não me quer mais.
— Se eu fosse ela também não queria.
— Será que ainda tenho uma chance?
— Não sei, ela é muito decidida, sabe muito bem o que quer, quando ela quer ela faz tudo para conseguir, mas também quando ela desiste não há ninguém no mundo que a faça mudar de ideia.
— Estou muito ferrado, não estou?
— Está vendo aquele boneco lá?
— Sim.
— Ela está batendo nele pensando em você.
— Sei disso. Bem que eu mereço mesmo.
— Merece sim, mas sabe que o desprezo dói mais.
— E como dói.
— Melhor você ir esperar meu pai, ele disse que ia vir falar com você.
— Vou para o complexo esperar ele lá.
— Ok.
— Fala com ela por mim.
— Eu não me envolvo nessas coisas, o que ela decidir tem meu apoio.
— Vocês são muito unidas.
— Somos! Somos quase uma só.
— Eu não vou desistir dela.
— Se apresse em reconquistá-la, pois quando ela esquece é pra valer, Letícia é a pessoa mais decidida que eu conheço.
— Eu vou tê-la de volta. — ela assente e eu vou para o complexo de funcionários.
Após entrar, deixo minha arma em cima da mesa, tiro o terno, a camisa e por último o colete e visto uma camiseta.
Preparo um café para quando Caio chegar, ele com certeza vai acabar com a minha raça por ter saído no meio do expediente e por ter ido atrás da filha dele.
— Estou entrando. — Caio diz.
Caio me encara por um minuto e indica a cadeira para que eu sente.
— Café? — pergunto.
— Sim.
Sirvo um café para ele e outro para mim e finalmente sento.
— O senhor pode descontar essas horas que fiquei fora do meu salário.
— Eu não estou aqui para isso.
— Ok.
— O que quer com minha filha?
— Quero um relacionamento sério com ela.
— Não é o que parece! Como a deixa sozinha e vai para não sei lá onde, isso não se faz com uma mulher.
— Eu sei que não, mas senhor, eu não fiz nada de mais, eu fui apenas a um clube de luta livre, precisava descarregar minha raiva e minha frustração.
— Pois trate de descarregar suas raivas e frustrações quando minha filha não estiver por perto. Letícia é uma moça muito romântica e ela se importa de verdade com essas coisas de atos românticos.
— Eu sei, ele disse que só quer alguém que a trate melhor do que o senhor trata a mãe dela.
— Eu trato minha esposa como uma rainha, porque eu sei como é perdê-la, e nem estou falando dessa última vez que passamos uma noite separados. Vi minha esposa a primeira vez em uma boate, no mesmo dia em que peguei minha namorada de cinco anos com meu melhor amigo, de infância ainda mais. Sai de lá e entrei em uma boate, queria encontrar alguém para transar, foi quando vi Raquel e ela logo chamou minha atenção, só que ela estava acompanhada, decidi ir embora, pois eu queria aquela mulher, mas era impossível. passei muitos dias indo aquela boate afim de vê-la outra vez, mas nunca mais a vi, talvez se tivesse ficado com ela naquele momento teria sido só mais uma noite se sexo casual. Um ano depois ela aparece em meu escritório como minha estagiária, a reconheci no mesmo instante, mas ela não me desconheceu. — ele faz uma pausa e bebe um gole do café. — Então, eu queria ficar com ela, mas não podia dizer isso a ela, pois era minha funcionária e eu poderia ser processado por assédio, passou um tempo e eu criei um plano doido pra ficar com ela e deu certo, ficamos várias vezes e eu queria ela cada vez mais, mas eu tinha medo de me envolver com outra pessoa, de amar como amei a outra e quebrar a cara, ela me confessou que gostava de mim de verdade e eu disse que ia sair da minha vida e eu deixei, daí depois levei uns tiros a minha ex se aproximou e foi ficando, até que voltamos, nesse meio tempo minha esposa ficou com um ex que encontrou na casa da mãe, mas não deu em nada, só ficaram algumas vezes e terminaram. Porventura do destino ela começou a sair com o médico que me operou, do ex não fiquei com ciúmes, pois não cheguei a ver os dois juntos, mas do médico eu me mordia de ciúmes e não podia fazer nada. Teve um belo dia que cai na real, terminei com a ex e comecei a correr atrás da minha esposa, mas você pensa que ela me quis de primeira? Não quis! Me declarei pra ela, disse que a amava e você pensa que ela ligou? Ligou nada! Continuou me esnobando, a Lelê é igual a mãe, boa sorte pra você. — ele sorri e bebe mais café. — Continuei insistindo com ela até que ela cedeu e quando ela cedeu a pedi em namoro, logo em seguida a levei pra morar comigo, depois ela ficou grávida das trigêmeas e depois nos casamos e lá se vão vinte e dois anos. Eu agarrei com unhas e dentes a chance que ela me deu e ainda bem que ela me aceitou de volta, do contrário não teria tudo o que tenho hoje. Então Lucas, se quiser reconquistá-la, se apresse, pois minha filha é uma pessoa incrível e muito extrovertida para ela encontrar outro cara legal e que chame sua atenção não demora.
— Então o senhor me dá permissão para tentar?
— Dou, mas essa é sua chance, se ela não aceitar e se ela quiser ficar com outra pessoa, aí você se afasta e a deixa em paz, entendido?
— Sim senhor! Muito obrigado.
— Não me agradeça, estou fazendo isso pela minha filha, eu sei que ela gosta de você e quero vê-la feliz. Não machuque mais minha filha, do contrário terá que se ver comigo, eu estou te dando espaço para correr atrás dela, mas não a faça sofrer.
— Eu não vou fazer senhor, tem minha palavra! Muito obrigado.
— Eu sei exatamente como está se sentindo, temos a mania de só dar valor quando perdemos.
— Eu não vou deixar essa oportunidade passar.
— É isso, já estou indo. — ele levanta-se e eu também.
— Até logo senhor, obrigado. — digo estendendo a mão para ele que a aperta.
— Até. — ele vira as costas e sai.
Ouvi cada palavra dele atentamente e agora é comigo, eu vou reconquistá-la.
Eu vou pegar minha morena de volta.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Rosimeire Saraiva
É muito lindo esse relacionamento entre pais e filhos
2025-02-19
1
Monaliza Souza
Caio é uma figura, mas gosto demais dele...
2025-01-27
1
Quase cinquentona🥴🥺😔😩
De novo ? Caio , vc só late , mas não morde .🥴🤬😤😡
2025-01-18
1