Dou socos e chutes nesse boneco, mas queria mesmo era socar o Lucas.
Aquele cretino, safado, gostoso... dos infernos.
A música eletrônica que estou ouvindo é substituída por outra, The Reason de Hoobastank, o que tira meu foco e eu me viro para ver quem trocou a música.
Meus olhos cruzam com os dele, é difícil não me jogar em seus braços e me perder em cada parte desse corpo sarado e gostoso.
Estou muito apaixonado por esse homem e eu não sei como farei para resistir a ele, pois além de bonito eu amo esse cretino, mas infelizmente ele não me ama e eu não vou me contentar com as migalhas que ele me dá, como diz na música de Luan Santana: "Ou ama pra p*rra, ou p*rra nenhuma!"
— O que faz aqui? Meu pai não acabou com a sua raça? — pergunto quebrando o silêncio.
— Não, só conversamos.
— Ok. — volto a bater no meu bonequinho.
— Está ouvindo essa música? — ele pergunta.
— Sim.
— Fala inglês não fala?
— Falo. — eu respondo.
— Então sabe o que ela está dizendo não é?
— Sei.
— É isso que eu sinto.
— Hum...
— A razão é você... — ele traduz uma frase da música. — Me dá sua mão?
— Não!
— Me dá?!
— Não!
— Por favor?
— O que você quer? — pergunto me virando para ele sem paciência.
— Me dê sua mão, meu amor.
— Eu não sou seu amor!
— É sim! Me dê a mão. — estendo a mão esquerda para ele.
— A outra. — reviro os olhos e estendo a outra mão. — Pronto! Ele está onde não deveria ter saído. — ele colocou o anel que me deu dias atrás no meu dedo.
— Eu não vou usar isso! — tiro e entrego para ele.
— É seu! Se não for usar jogue fora, mas eu não aceito devoluções.
— Ah! Por que você é tão irritante?! — digo colocando o anel no bolso do short.
— Não sei...
— Sai daqui Lucas! Se não ao invés de socar esse boneco eu vou socar sua cara!
— Tenta!
— Lucas! Não me desafia.
— Vem! Tá com medo?
— Eu não tenho medo de nada! — miro um soco nele que desvia.
— É só isso? — miro outro e ele segura minha mão a beijando. — Precisa ser mais rápida.
— Precisa ser mais rápido! — digo lhe passando uma rasteira o derrubando no chão, coloco meu pé no peitoral dele e ele sorri.
Lucas puxa minha perna me fazendo cair em cima dele e me virando para ficar por cima de mim.
— Foi o que eu disse, precisa ser mais rápida. — ele olha no fundo dos meus olhos. — Até quando vai me evitar?
— Até você deixar de ser otário.
— Me espera, por favor?
— Te esperar? E eu lá sou mulher de esperar por ninguém.
— Me dá uma chance vai? Deixa eu te provar que quero só você.
— Não, Lucas! Eu não vou ficar em uma relação que eu sei que não sou amada, eu quero romance Lucas! Eu quero amar e ser amada na mesma proporção.
— Amor é uma construção, você não ama do dia para a noite, eu ainda não posso dizer que te amo, pois estaria mentindo e eu jamais mentiria pra você, mas eu te garanto que sinto algo muito forte por você, você é a razão para eu querer tentar de novo, você é a minha razão Letícia. — nego com a cabeça.
— Já falei, um par de palavrinhas bonitas não me ilude, vai ter que fazer muito melhor que isso.
— O que quer que eu faça pra você acreditar?
— Nada! Não quero nada de você.
— Eu não vou desistir.
— Direito seu, agora se eu vou te querer é direito meu.
— Está pensando em ficar com aquele cara?
— Isso é um problema meu.
— Lelê? — Clara me chama, ela nos vê deitamos no chão e sorri.
— Oi.
— Tem um homem te procurando, disse que você esqueceu sua agenda na faculdade. Menina, ele é um gato, me senti em um Dorama. — Clara diz e sai da academia.
— Guilherme. — digo e Lucas revira os olhos.
— Quem é Guilherme?
— Meu colega.
— Aquele que estava com você?!
— O próprio. — me levanto e vou saindo da academia.
— Ei! Espera!
— Que foi?
— Vai falar com ele vestida assim?
— Vou! O que tem de mais com minha roupa?
— Letícia...
— Que foi?
— Olha o tamanho da sua b*nda nesse short! Sem contar nesse decote dos infernos. — dou de ombros.
— Está cobrindo onde tem que cobrir!
— Um c*ralho que tá!
Lucas tira a camiseta que está usando e veste em mim.
— Não vai mostrar o que é meu por aí nem ferrando!
— Seu o caramba!
— É sim.
— Me poupe, Lucas!
Saio da academia e vou até o portão principal.
— Oi Lê, desculpa vir sem avisar, mas não tinha seu número, eu só sabia que você morava nesse condomínio, só não sabia em qual casa, descobri com meus avós, que moram aqui também e perguntei pra eles onde ficava sua casa.
— Oi Gui, tudo bem, sem problemas.
— Desculpa vir sem avisar.
— Sem problemas, pode entrar. — digo abrindo o portão.
— Estou toda suada, estava treinando. — digo quando ele tenta abraçar.
— Não tem problema. — ele diz e me abraça.
— Quer entrar e beber alguma coisa?
— Não, obrigado, meus avós estão me esperando.
— Ok, obrigada então.
— Por nada, pode me dar seu número?
— Posso.
— Salva aí. — ele diz me entregando seu celular.
— Pronto.
— Posso te mandar mensagem?
— Pode.
— Tchau Lê. — ele diz e beija o cantinho da minha boca.
— Tchau e obrigada. — digo balançando a agenda.
— Por nada. — ele diz e sai.
Lucas nos observa da porta da academia com cara de poucos amigos.
Ele sinaliza com a cabeça para eu ir onde ele está e eu vou.
É difícil encarar esse homem desse tamanho, cheio de músculos sem camisa.
— Qual é a desse cara, hein?
— É meu colega.
— E eu nunca tinha visto, por quê?
— Porque nunca havia ido à minha faculdade.
— Deu seu número pra ele?
— Dei.
— Ah, deu?!
— Dei!
— E vai ficar de conversinha com ele agora?
— Se ele me mandar mensagem eu vou responder sim.
— Cadê o anel Letícia?
— No meu bolso. — digo pegando no bolso de trás do short, Lucas enfia a mão e tira o anel do meu bolso.
— Ele tem que ficar aqui! — ele diz enfiando o anel no meu dedo.
— Um anel não vai me impedir de fazer nada, Lucas!
— Não, mas toda vez que olhar pra ele vai lembrar de mim e lembrar que eu estou só esperando você me dar uma chance.
— Eu já falei que eu não quero mais Lucas. Que coisa! Você me esnobou um monte, antes de ficar comigo e depois de seis meses juntos você vê aquela mulher e fica louco, eu lá quero isso pra minha vida.
— Aquilo foi um erro, só foi estranho vê-la tão de perto depois de um tempo.
— Meu ex também estava lá e não foi nada estranho pra mim, porque eu não sinto mais nada por ele.
— Que bom.
— Bom pra mim que me livrei de um traidor, porque nada me tira da cabeça que eles já estavam juntos.
— Eles estavam, inclusive ele a conheceu em um dia que nós dois estamos presentes.
— Como soube disso?
— Uma colega dela me contou, mas só depois que Raíssa terminou comigo.
— Eu sabia! Murilo mudou muito comigo.
— Raíssa mudou comigo também.
— Os dois se merecem! Que sejam muito felizes juntos. É por esse tipo de pessoa que você sofre! Uma que te trai.
— Eu não sei onde estava com a cabeça quando te deixei e sai.
— Estava com a cabeça nela, simples assim!
— Não vai me desculpar, não é?
— Não!
— Pois eu vou continuar tentando e pare de ficar dando mole pra aquele coreano de merda.
— Ele é um gatinho.
— Você não gosta de gatinhos, você gosta de um tigre que te pegue de jeito, você é uma romântica, mas gosta de uma safadeza, um gatinho não é páreo pra você.
— E você que é páreo pra mim?
— Claro! Esqueceu da nossa primeira vez? Você estava me pedindo pra terminar logo, eu sou o homem certo pra você, eu sou seu homem, Letícia. Agora vamos treinar esses socos e chutes!
Lucas me explica os movimentos e como devem ser feitos corretamente, mas não perde a oportunidade de tirar uma casquinha e deixa uma mão boba escapar aqui e outra ali, é um safado, gostoso dos infernos.
— Deu por hoje! — digo. — Estou cansada.
— Ok, se quiser mais aulas é só me chamar.
— Tá.
— Pensa em mim, viu princesa.
— Talvez eu pense... quando for tomar banho. — digo tirando a camiseta dele e jogando em sua cara e saio correndo.
— Filha da mãe!
— Não me xinga Lucas! — digo e entro em casa.
É difícil dizer não para essa homem, mas ele precisa sentir minha falta e perceber que comigo ninguém brinca.
Você ainda vai comer na minha mão Luquinhas!
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Maria Silva
pra reconquistar ela ele tá muito devagar e tem que agir porque já gente na fila
2025-02-05
1
Edna Dias
Luquinhas, você tá tendo o que merece
2025-02-02
2
Maria Do Socorro Bezerra
Lucas precisa saber o que quer de verdade.
2025-02-24
1