Acordei com o som de batidas suaves na porta do meu quarto. Lilith entrou com uma bandeja de café da manhã. Seu gesto me surpreendeu, e eu não consegui esconder o sorriso.
— Bom dia, pequena. Aqui está seu café.
— Obrigada, Lilith. Mas por que você mesma trouxe?
Ela colocou a bandeja sobre a mesa e sentou-se ao meu lado, sem responder imediatamente.
— Sente-se, conversaremos depois que começar a comer.
Obedeci, ainda um pouco confusa com essa nova atitude. O café da manhã era diferente, com pratos que eu nunca havia provado. Enquanto eu comia, Lilith me observava atentamente.
— Como está se sentindo hoje? — ela perguntou.
— Um pouco melhor. A casa é incrível e o jardim... foi uma experiência maravilhosa.
— Que bom que gostou, pequena. E respondendo sua pergunta, eu trouxe diretamente para poder te ver, já que não poderei vir durante a tarde.
— Entendi... Tem muito trabalho?
— Um pouco.
— Entendo, posso fazer uma pergunta?
— Vá em frente.
— Posso ir até a estufa para ler hoje?
— O que me garante que não vá fugir?
— Os seguranças que rodeiam a casa?
— Pequena, está me respondendo?
— Não... — respondi rapidamente, sentindo um medo crescente.
— Irei te dar um voto de confiança, mas se tentar fugir. Saiba que seu tratamento será outro.
— Obrigada... Não tentarei.
— Assim espero. Agora tenho que ir, espero que tenha um bom dia.
— Lilith — chamei antes que ela saísse.
— Sim? Precisa de mais alguma coisa?
— Não, só queria dizer. Bom trabalho, espero que não se esforce muito.
— Não vou — disse ela, trancando a porta ao sair.
Suspirei de alívio e terminei meu café da manhã. Pouco depois, Jony veio me buscar e me conduziu até a estufa. O ar fresco e o cheiro das plantas me acalmaram.
-Senhorita?
-Vivi!
-Tudo bem?
-Sim, e com você?
-Estou bem, vim aqui trazer uns lanchinhos para você.
-Sério?
-Sim, a senhora quem pediu. Pediu também para ver se precisa de algo e se quer alguma coisa para beber, hoje está calor.
-Bem... Acho que alguma bebida seria boa.
-O que quer beber?
-Alguma bebida de fruta.
-O que acha de um coquetel?
-Seria bom, mas pelo horário poderia ser sem álcool?
-Claro, vou fazer e já trago para você.
-Tá bom.
Assim que Vivi saiu, voltei a ler, e minha mente vagava pelas páginas como se fossem cenas de filme. E passado um tempo, Vivi voltou com a bebida.
-Obrigada Vivi.
-Não precisa agradecer, o que achou?
-Está uma delícia. —Respondi logo após dar um breve gole—
-Que bom, se precisar de mais alguma coisa, peça para me chamar.
-Está bem
Enquanto a hora passava dei uma pausa no livro, já que meus pensamentos voltaram a me perseguir. Por que Lilith estava me mantendo aqui? Por que ela me tratava assim, normalmente não é assim que se trata alguém que você sequestrou. Por que todos tinham que ter tanto cuidado comigo?
O dia passou rapidamente, e mais tarde voltei para meu quarto. Já que foi um pedido de Jony. Quando voltei fui direto para um banho, confesso que fiquei tentada a usar a banheira, mas antes de usá-la deveria perguntar a Lilith se podia.
Mais tarde, olhando pela janela, vi um carro todo preto chegando e Imaginei que poderia ser Afrodite, então continuei a observar, mas quando ela saiu arrependi-me de ter a visto.
Mesmo sua roupa sendo preta, Lilith estava apenas com uma camiseta branca, que na verdade, naquele momento estava totalmente vermelha, e logo entendi o que era. Quando ela olhou para minha direção, corri para a cama, não acreditei no que estava vendo. Não acreditei que Lilith estava coberta de sangue, e se fosse dela? Não, ela parecia estar bem demais para aquilo tudo de sangue ser dela. Então... Lilith realmente havia acabado de matar alguém.
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Atualizado até capítulo 55
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