Aproximação

Estava sentada em meu escritório, um ambiente luxuoso e funcional, decorado com uma mistura de elegância e austeridade. A mesa de madeira maciça estava organizada com precisão, documentos espalhados em um arranjo que só eu compreendia. Tinha uma reunião importante naquele dia, para resolver assuntos pendentes sobre uma de nossas casas.

- Está tudo preparado? - perguntei a George, que estava ao meu lado, sempre atento.

- Sim, senhora. Os homens que chamou já estão aqui esperando para entrarem. Aparentemente não trouxeram nenhum problema também.- respondeu George, com uma calma calculada.

A porta do escritório se abriu e três homens entraram.O primeiro, um traficante de armas, o segundo, um lavador de dinheiro, e o terceiro, um intermediário no mercado de informações. Eles sentaram-se à mesa, suas expressões refletindo um misto de respeito e cautela.

- Vamos direto ao ponto - comecei, minha voz fria e autoritária. - O carregamento de armas deve chegar na próxima semana. Preciso garantir que o transporte seja discreto e sem complicações. Vocês estão cientes disto?

- Sim, senhora - respondeu o traficante de armas. - O transporte será feito via rota marítima, como discutido. A segurança está reforçada então não teremos problemas com ataques de organizações vizinhas.

- Excelente. E a questão dos fundos? _ perguntei, virando-me para o lavador de dinheiro._

- O dinheiro está sendo transferido para as contas offshore. Os canais estão limpos e o processo será concluído em dois dias - garantiu ele.

Assenti, satisfeita. Virei-me para o terceiro homem, o intermediário de informações.

- Há algum problema com a comunicação? Alguma brecha?

- Nenhuma, senhora. Todas as linhas estão seguras e monitoradas. Qualquer tentativa de interceptação será neutralizada imediatamente.

Recostei-me na cadeira, os olhos percorrendo cada um dos homens à minha frente. Eles sabiam que o menor erro poderia ser fatal, e eu não hesitaria em tomar medidas drásticas se necessário.

- Muito bem. Espero que tudo continue conforme o planejado.

-Sabemos senhora mas ...

-Mas? Pelo que me disseram estava tudo resolvido.

-Bem, sobre nossos carregamentos do mês sim, mas um dos nossos informantes da casa ouviu que a organização do Theodoro está abrindo uma casa nas suas redondezas senhora.

-George, isso é verdade?

-Infelizmente não sei responder senhora.

-Vocês três, dispensados. Não espalhem está informação ou serão mais três para minha lista de mortes.

-Como desejar senhora. Mas o que quer que façamos em relação ao ocorrido?

-Por enquanto nada, esperem as ordens que passarei para George chegarem até vocês. Agora vão.

-Claro, se nos der licença.

Após a reunião, recolhi alguns documentos e olhei para George.

-Certifique se está informação é correta, se for, separe uns homens e me chame para irmos diretamente lá.

-Sim senhora.

-E me diga, tenho mais algum compromisso por agora?

-Não senhora, apenas à noite.

-Então vamos ver Afrodite. Precisamos levar as coisas dela e quero me assegurar que ela esteja acomodada.

- Claro, senhora - respondeu George, seguindo-me para fora do escritório.

Dirigimo-nos ao quarto de Afrodite, carregando as malas e os pertences que havíamos buscado em seu apartamento. Bati levemente na porta antes de entrar.

- Trouxemos suas coisas - anunciei, entrando com George logo atrás. - Vou deixá-las aqui.

Afrodite, que estava sentada na cama, levantou-se hesitante.

- Obrigada - murmurou, visivelmente nervosa.

Olhei ao redor do quarto, observando cada detalhe.

- O banheiro está ali - apontei para uma porta ao lado. Que fica meio escondida no quarto que ela está - Tome um banho. Quando terminar, jantaremos juntas.

Afrodite assentiu, pegando algumas roupas limpas de sua mala e dirigindo-se ao banheiro. Observei-a por um momento antes de sair, fechando a porta atrás de mim.

Enquanto Afrodite tomava banho, fui até a cozinha para supervisionar o preparo do jantar. Não era comum para mim me envolver em detalhes tão domésticos, já que caso eu não gostasse de algo eu apenas mandava a cozinheira embora e depois pedia para matarem ela, mas queria garantir que tudo estivesse conforme minhas expectativas.

-George, está dispensado até a noite.

-A senhora tem certeza? Posso ficar por perto para qualquer coisa que precisar.

-Então vá para o escritório, mas não fique por aqui, a não ser que eu chame.

-Farei como mandou, então por agora, com licença. -Diz ele se curvando para se retirar-

Um tempo depois de George ser liberado, o que eu havia pedido para comermos estava pronto, então após verificar tudo, voltei ao quarto de Afrodite, esperando pacientemente enquanto ela se arrumava.

Quando Afrodite saiu do banheiro, parecendo um pouco mais relaxada, guiei-a até a sala de jantar. A mesa já estava posta, então apenas nos sentamos.

- Sente-se - disse, indicando um lugar à mesa. Jantamos em silêncio por algum tempo, o som dos talheres sendo a única interrupção.

-Lilith...?

Permaneci em silêncio fazendo apenas uma expressão para aguardar o que ela queria falar.

-Meu celular, não estava nas minhas coisas. Onde está?

-Está comigo, assim como seus outros eletrônicos.

-Não posso ficar com eles?

-Não ficará com nada que possa te fazer sair daqui.

-Eu só quero saber se Bia está bem.

-Isso não te importa mais.

-Vocês não fizeram nada com ela, certo? -diz ela com um tom de esperança-

-Você não tem me dado motivos para isso, mas dê, e talvez você veja ela a próxima vez em seu enterro.

-Desculpa.

-Apenas não me pergunte mais sobre pessoas do seu passado, agora, essa é sua vida e com o tempo você vai pegando o jeito de como viver ela. Por agora apenas coma e aproveite a refeição, sobre sua amiga, ela está bem e está sob vigilância.

-Obrigada...

Após o jantar, pedi para levarem um café para a sala de estar, e junto de mim Afrodite foi conhecendo a casa até chegarmos à sala.

- Sente-se - disse novamente, minha voz firme. - Vamos conversar um pouco.

Afrodite sentou-se, e logo confirmei que podiam nos entregar o café, quando ela pegou a xícara, percebi que a mesma estava tensa, com suas mãos trêmulas. Então a olhei de forma penetrante.

- Sei que você está cheia de perguntas - comecei, minha voz controlada. - Mas agora não é o momento para todas as respostas. Preciso que você confie em mim, pelo menos o suficiente para seguir as regras que George te explicou.

- Como posso confiar em quem me sequestrou?

-Entendo, então não confie em mim pequena. Apenas siga minhas ordens e tudo ficará mais fácil para ambas.

Ela me olhou de forma desconfortável, e logo olhou para a xícara. Percebi que estava com receio de beber, então, dei um gole e isso a fez entender que nada tinha ali.

- As regras são para sua proteção. Neste mundo, qualquer passo em falso pode ser fatal. Você está aqui porque eu quis assim, e quero que permaneça segura. Entendeu?

- Se quer me manter segura, por qual motivo me sequestrou e me trouxe para uma casa onde podem me matar por raiva de você? E também, eu deveria ter mais medo de você pelo que escuto andando por esses corredores, ou escuto quando param na frente da porta do quarto para falar sobre algo que fez.

-Afrodite, acho que não está entendendo sua posição aqui. Está fazendo perguntas demais, e como você mesma disse, eu também não sou alguém confiável. Quando puder ter suas respostas terá. Até lá, apenas se coloque em seu lugar e permaneça quieta, como estava fazendo.

Estudei-a por um momento, então me levantei.

- Ótimo, aparentemente entendeu. Agora, descanse. George e Jony estarão por perto se precisar de algo.

Sem mais uma palavra, deixei a sala, pedindo para Jony ir buscá-la e levá-la ao quarto. Logo em seguida voltei para o escritório e George estava lá a minhas espera.

-Senhora _ele se curva _ recebi uma mensagem de seu pai.

-Meu pai! É verdade, havia me esquecido. O que ele queria?

-Ele pediu para informar a senhora que estará de volta em duas semanas, pois ocorreram uns problemas com o plano e tiveram que fazer umas rotas para resolvê-lo.

-Tudo bem, diga a ele que estou ansiosa esperando por ele.

-Como desejar. Outra coisa, sobre seu compromisso anterior, ele foi cancelado, mas, teremos que comparecer ao galpão do norte.

-Do norte? O que aconteceu?

-Alguns marginais do bairro descobriram nossas armas e drogas e tentaram rouba-las.

-Do norte? Mas lá estão nossas melhores, são fornecidas para políticos importantes e outros clientes Vip.

-Cuidamos deles, então a senhora pode ficar relaxada, mas mesmo assim querem a senhora lá. Aparentemente estavam ligados ao Theodoro.

-Esse velho filho da puta novamente? Vamos logo, tomara que ele esteja lá para que eu o mate com minhas mãos.

-Por favor, se for fazer isso tente não fazer tanta sujeira como da última vez senhora. O sangue da última vez pegou em vinte e cinco quilos de nossas drogas.

-Tomarei cuidado.

Capítulos
1 Encontro Inesperado
2 Perspectivas cruzadas
3 Revelações e consequências
4 Vigilância
5 Planos em movimento
6 Entre amigas
7 Despertar dos planos
8 Em Silêncio e Sombras
9 A Revelação
10 Desvendando as Sombras
11 O Encontro com George
12 Aproximação
13 Encarando a Realidade
14 Decisões e Descobertas
15 Descobertas
16 Dilemas e Decisões
17 O almoço e a surpresa
18 Descobrindo novos horizontes
19 Um Jogo de Poder e Tortura
20 Vidas em Jogo
21 Laços e Sangue
22 Incerteza e Desejos
23 Enfrentando Sentimentos
24 Um dia diferente
25 O início de uma história
26 Primeira noite
27 Um dia comum
28 Intimidades
29 Notas da autora
30 Por que?
31 Notas da autora IMPORTANTE
32 Começo de algo
33 Medos vem com histórias
34 A verdade
35 Reiniciando
36 Quase reencontro
37 Reencontro
38 Conhecendo mais a fundo
39 O que está escondido, sempre se revela.
40 Talvez devesse ser eu
41 Voltando ao normal
42 Aceitação e confiança
43 Bem-vindas ao Brasil
44 COMUNICADO IMPORTANTE
45 Bem vindas ao Rio
46 O peso de um dever
47 Um Dia no Palace Copacabana
48 Ciclo encerrado
49 Voltando aos planos
50 Nem sempre a melhor opção
51 Novamente, nem sempre a melhor opção
52 Acredite, há sempre uma melhor opção
53 Lide com a opção que escolheu
54 Para tudo há uma consequência
55 Mas talvez, o resultado ruim possa se tornar bom
Capítulos

Atualizado até capítulo 55

1
Encontro Inesperado
2
Perspectivas cruzadas
3
Revelações e consequências
4
Vigilância
5
Planos em movimento
6
Entre amigas
7
Despertar dos planos
8
Em Silêncio e Sombras
9
A Revelação
10
Desvendando as Sombras
11
O Encontro com George
12
Aproximação
13
Encarando a Realidade
14
Decisões e Descobertas
15
Descobertas
16
Dilemas e Decisões
17
O almoço e a surpresa
18
Descobrindo novos horizontes
19
Um Jogo de Poder e Tortura
20
Vidas em Jogo
21
Laços e Sangue
22
Incerteza e Desejos
23
Enfrentando Sentimentos
24
Um dia diferente
25
O início de uma história
26
Primeira noite
27
Um dia comum
28
Intimidades
29
Notas da autora
30
Por que?
31
Notas da autora IMPORTANTE
32
Começo de algo
33
Medos vem com histórias
34
A verdade
35
Reiniciando
36
Quase reencontro
37
Reencontro
38
Conhecendo mais a fundo
39
O que está escondido, sempre se revela.
40
Talvez devesse ser eu
41
Voltando ao normal
42
Aceitação e confiança
43
Bem-vindas ao Brasil
44
COMUNICADO IMPORTANTE
45
Bem vindas ao Rio
46
O peso de um dever
47
Um Dia no Palace Copacabana
48
Ciclo encerrado
49
Voltando aos planos
50
Nem sempre a melhor opção
51
Novamente, nem sempre a melhor opção
52
Acredite, há sempre uma melhor opção
53
Lide com a opção que escolheu
54
Para tudo há uma consequência
55
Mas talvez, o resultado ruim possa se tornar bom

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