*ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS PESADAS E É DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR LER ELE, A AUTORA NÃO SE RESPONSABILIZA POR NADA*
Enquanto observava Afrodite entrar novamente no quarto, senti uma pontada de culpa misturada com algo que não conseguia identificar completamente. A maneira como seus olhos brilhavam ao ver o jardim e a estufa, sua surpresa genuína, tudo isso me fez questionar se de fato ela tentaria fugir. Mas não podia me deixar levar por esses pensamentos. Não podia confiar cem por cento nela ainda, talvez se ela continuar nesse caminho eu até confie, mas até lá, farei como já faço.
Voltei para o meu escritório, um dos poucos lugares que eu não mostrei a Afrodite, já que era como um santuário e tinha vários tipos de informações ali, com todo tipo de documentos confidenciais e informações sobre minha família.
Sentei-me à minha mesa e comecei a revisar alguns relatórios. Precisava me concentrar no trabalho, mas a imagem de Afrodite explorando a casa e o jardim continuava a invadir meus pensamentos. Havia algo nela que mexia comigo de uma maneira que eu não estava preparada para lidar, não estava preparada para lidar com esse relacionamento, mesmo que algo me diga que vai ser diferente, ainda tenho receio.
O relógio marcava a passagem das horas, mas eu estava distraída. Decidi ligar para meu pai e atualizá-lo sobre a situação.
— Olá, pai — saudei, tentando manter a voz firme.
— Lilith, meu amor. Como estão as coisas?
— Tudo sob controle. Estou com saudades.
-Também estou meu amor, mas em breve estarei aí, e comprei vários presentes para você.
-Obrigada pai, mas já digo que não precisa exagerar.
-Vou tentar, mas me diga, aquela menina. Já está aí?
-Já, está tudo conforme o plano, e Afrodite é mais obediente do que pensei.
— Bom ouvir isso. E você, como está lidando com tudo?
— Estou fazendo o que é necessário, pai. Como sempre.
-Sei que está, eu criei uma garotinha forte.
-Pare de se gabar pai. -falei rindo ao telefone - Mudando de assunto, como estão as coisas aí? George falou que obteve contratempos.
-Infelizmente, mas já estão sendo resolvidos, acho que vou conseguir ir antes para casa.
-É bom ouvir isso, quero que volte logo.
-Eu também.
-Eu queria conversar mais, mas está tarde para você ficar acordado pai.
-Para mim? Não, para você. Vá para a cama e largue um pouco o trabalho.
-Vou tentar, beijos pai.
-Beijos meu amor. Eu te amo.
-Eu também te amo.
Desliguei o telefone e voltei minha atenção para os relatórios, mas logo parei, realmente estava tarde, eu já havia liberado George e para piorar eu estava cansada.
No dia seguinte, levantei cedo e fui direto para a cozinha. Pedi aos funcionários que preparassem um café da manhã diferente, algo que saísse um pouco do normal.
Quando o café da manhã estava pronto, dirigi-me ao quarto de Afrodite. Bati na porta e logo entrei.
— Bom dia, pequena. Aqui está seu café.
Ela parecia surpresa, mas sorriu gentilmente.
— Obrigada, Lilith. Mas por que trazer você mesma?
Coloquei a bandeja sobre a mesa e sentei-me ao seu lado sem falar nenhuma palavra.
-Sente-se, conversaremos depois que começar a comer.
Então ela logo sentou, e quando percebi ela parecia admirada com o que haviam preparado para ela.
— Como está se sentindo hoje? — perguntei, genuinamente interessada.
— Um pouco melhor. A casa é incrível e o jardim... foi uma experiência maravilhosa.
-Que bom que gostou pequena, e respondendo sua pergunta. Eu trouxe diretamente para poder te ver, já que não poderei vir durante a tarde.
-Entendi... Tem muito trabalho?
-Um pouco.
-Entendo, posso fazer uma pergunta?
-Vá em frente.
-Posso ir até a estufa para ler hoje?
-O que me garante que não vá fugir?
-Os seguranças que rodeiam a casa?
-Pequena, está me respondendo?
-Não... -ela falou em um tom de medo-
-Irei te dar um voto de confiança, mas se tentar fugir. Saiba que seu tratamento será outro.
-Obrigada... Não tentarei.
-Assim espero. Agora tenho que ir, espero que tenha um bom dia.
-Lilith -ela me chama antes de eu sair pela porta.-
-Sim? Precisa de mais alguma coisa?
-Não, só queria dizer. Bom trabalho, espero que não se esforce muito.
-Não vou. -disse e logo me retirei de seu quarto, trancando a porta atrás de mim.-
-Jony.
-Sim senhora.
-Deixe com que ela vá a estufa para ler, e peça a Vivi para preparar alguns lanches para ela.
-Como quiser.
-Também não abaixe a guarda, não podemos confiar cem por cento nela.
-Entendo perfeitamente senhora.
-Outra coisa, você esqueceu de me dar atualizações sobre Bia.
-Desculpe senhora, irei fazer quanto antes.
-Tem até o final do dia. Agora volte ao trabalho.
-Sim. -ele diz se curvando enquanto saio-
Depois de deixá-la, fui ao escritório e George já esperava por mim.
-Bom dia senhora, como foi sua noite?
-Perfeita, liguei para meu pai.
-Imagino que devem ter conversado bastante.
-Não, apenas um pouco já que estava tarde, mas ela disse que logo estaria de volta, então poderei matar minha saudade.
-Fico feliz com a notícia de que o senhor irá voltar.
-Sim, mas deixaremos esse assunto de lado. Vamos começar com o trabalho.
-Claro, já estou pronto para começar.
-Me dê o relatório da parte da manhã.
-Ainda não está pronto senhora, mas tenho uma notícia que talvez anime a senhora.
-Espero que esteja certo, me diga.
-Acharam o ajudante de Theodoro pelas redondezas de sua casa, acharam que a senhora gostaria de encontrá-lo pessoalmente então o prenderam para você.
-Isso é verdade?
-Sim, estão à sua espera.
-Iremos agora então, prepare um carro e pegue meu casaco.
-Sim, vai querer que separe suas armas?
-Pegue todas.
-Como desejar.
Depois de sairmos de casa, demorou uma hora para chegarmos ao local onde haviam levado o homem para mim. Durante o caminho, George fez uma pesquisa sobre ele e descobrimos que tinha esposa, dois filhos, descobrimos o tempo que trabalha para Theodoro, e um pouco mais.
-Pegue a esposa e os filhos e dêem um sumiço neles.
-Morte?
-Não mato mulheres inocentes e muito menos crianças. Apenas levem eles para fora do país e dêem um jeito com moradia e o resto. Para Victor, diremos que matamos todos.
-Providenciarei tudo imediatamente.
Assim que chegamos ao local, entrei na sala. Quando olhei para Victor eles já haviam o amarrado e o espancado um pouco.
-Por que o homem que vou matar já está machucado.
-Perdão senhora, ele deu um pouco de trabalho aos nossos homens.
-Entendo, tirem a venda dele.
Quando retiraram, admirei seu olhar de desespero, ele não parecia um homem fraco, mas para mim, fraco era pouco para descrevê-lo.
-Tirem a fita de sua boca. -e assim fizeram-
-FILHA DA PUTA, QUEM É VOCÊ?
-Uma hora dessas já gritando Victor? Bem, prazer, Lilith.
-LILITH? NÃO PODE SER, VOCÊ ACHA MESMO QUE CONSEGUIRÁ FAZER ALGO COMIGO?
-Bem, dada as circunstâncias atuais, sim. E na verdade eu já fiz.
-Você acha mesmo que apenas isso é fazer algo? Pelo visto você não é tudo isso que os rumores falam .
-Será que sua esposa e filhos acham isso?
-O que... SUA PUTA O QUE VOCÊ FEZ?
-Pergunte a eles, ou melhor. Acho que não terá como, já que não estão mais entre nós. Espero que Deus os tenha.
-Você não fez isso...
-Está entendendo agora? Me diz, eu sou igual os rumores falam?
-SEU DEMÔNIO, ELES NÃO TINHAM NADA HAVER COM TUDO ISSO, VOCÊ É UM MONSTRO UMA FILHA DA PUTA, VOCÊ VAI QUEIMAR NO INFERNO E SERÁ TORTURADA DA PIOR MANEIRA POSSÍVEL.
Enquanto escutava todos aqueles xingamentos, dei o sinal para que George preparasse as minhas armas. E Victor falava mais e mais, e eu, sentia prazer em ver ele chorar, gritar e se lamentar daquele jeito. Minha vontade de matá-lo aumentava mais e mais.
-Já terminou?
-Por que... Por que a minha família? Você vai ter o que merece.
-Sabe Victor, é esse tipo de reação que me faz amar matar cada dia mais. E já que está tão triste em relação a eles, mostrarei como matei cada um.
-Você...
-Quer começar pelos filhos? Ou pela esposa.
-...
-Bem, acho que vamos começar pela esposa.
-Eu espero que você queime no fogo do inferno e que um dia façam tudo em dobro com você sua cretina...
-Cretina? Essa é nova, mas vamos lá. Primeiro pedi para que meu ajudante esquentasse esse pequeno pedaço de ferro, e veja, ele tem a letra L, não é lindo? E então, assim que ficou bem quente eu o pressionei nos seios de sua esposa enquanto fazia seus filhos olharem cada detalhe.
Assim que encostei o ferro em seu peito, Victor começou a gritar e se contorcer. Não era de admirar, mas os gritos e gemidos de dor que ele soltava me faziam querer continuar.
-Sabe Victor, me lembro de como sua esposa gritava e implorava para que eu parasse, lembro-me do choro de seus filhos e o desespero de cada um.
-DEMÔNIO, É ISSO QUE VOCÊ É.
-Que pena, acho que já esfriou, está conseguindo falar. Bem vamos ver, olha só! Ficou uma marca perfeita. Mas sabe Victor, eu não parei por aí.
-Sua esposa tinha um corpo bem bonito, você não acha?
-Não... -ele apenas sussurrou , não conseguindo dizer nada pela dor e pelo que acabará de de ouvir-
-Um de meus homens adorou aquele corpo dela, e olha, ela até que deu para o gasto para quem tinha duas crianças.
-Você...
-Ah, fique tranquilo, seus filhos não viram aquilo. Bem imagino que seja desagradável essa parte para você então serei boazinha e partiremos para o que fiz com seus filhos.
-Espero que morra mas mãos de Theodoro...
-Não acho que isso vá acontecer, afinal, ele não tem poder algum comparado a mim. Agora... Deixe eu tentar lembrar... Ah! Aqueles dentinhos de leite eram tão bonitinhos, mas ficaram ainda mais cobertos de sangue.
-Meus pequenos...
-Acho que não ouvi direito, você quer saber como eles se sentiram? Bem , eu arranquei um por um, enquanto sua esposa gritava na sala, eles gritavam pelo papai no quarto. Foi lindo ver um protegendo o outro.
-Ei, você. -falei para um dos homens que estavam ali- Você é novato?
-Sim senhora.
-Então venha cá. -ele caminhou até mim-
-As suas ordens.
-Pegue aquilo, e a cada contagem arranque um de seus dentes.
-Como quiser.
Confesso que nunca gostei muito de fazer aquilo, mas amava ouvir os gritos e choros enquanto o sangue escorria.
-Vamos , 1...
-2...
-Sabe Victor, seus filhos gritaram mais. Vamos tentar novamente. 3...
-4...
E assim fui contando até o dez , e quando acabou pedi para que o novato se retirasse.
-Fez um ótimo trabalho Victor, mandarei você de volta para Theodoro como recado de que se ele continuar poderei fazer pior, mas.... -Estendo a mão para George me entregar minha arma-
-Te enviarei morto. -E logo puxo o gatilho-
-George limpe tudo, e mande uma carta para Theodoro junto do corpo deste homem.
-Sim, como desejar.
-E me diga, a esposa e as crianças estão bem?
-Sim, a esposa chorou bastante e as crianças não entenderam. Mas já estão indo para outro país hoje mesmo.
-Perfeito, de uma quantia de dinheiro de um ano para que possam aguentar até ela se recompor. Coloque as crianças em boas escolas para não acabarem no mundo do pai. E cuide do futuro dessa família.
-Deixarei alguém responsável por eles nos próximos anos.
-Faça isso até as crianças saírem da faculdade.
-Claro senhora.
-Agora limpem tudo.
-Sim! — Todos responderam juntos-
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Atualizado até capítulo 55
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