Controlando meu próprio avatar, eu via a diferença. Era até assustador, ver aquela pessoa congelada ali num bloco de gelo.
- Phe, - Disse Anabele tocando meu braço. - Vamos?
- Ah, sim, só um momento. - Eu disse.
Eu acionei a alavanca do lado e o bloco de gelo subiu deixando o avatar ali em pé e imóvel. Eu olhei sua mãos, ali estava ela. Eu me lembrei que havia me trancado com a bússola encantada na minha mão direita.
- Era isso que veio buscar? - Perguntou Myrelle.
- Sim, a bússola imantada num bloco de magnetita. Peguem o que precisam e vamos embora. Há ouro, diamantes e esmeraldas no baú.
- E quanto aos animais? - Falou Anabele.
- Eles estão mortos. Vamos pegar as coisas e sair daqui.
Houve um tremor. Os stands caíram no chão com estardalhaço e as armas caíram das molduras.
- O que foi isso? - Perguntou Pedro.
- Eu não sei. - Eu falei. - Mas não estou com pressentimentos bons.
Outro tremor pareceu sacudir os alicerces da pirâmide. Eu peguei duas dinamites, coloquei na parede, acendi e me afastei. A parede explodiu e o céu claro brilhou la fora. O sol nascia a leste e o deserto brilhava no seu tom branco. Outro tremor, mais forte, abalou a pirâmide, derrubando todos os pilares.
- Rápido, vamos sair daqui. - Eu gritei.
Todos saimos. Começava a chover. Anabele tomou a dianteira com o tridente na mão.
- Rápido, todos me peguem. - Gritou ela.
- Interessante. - Disse Pedro.
- Depressa!!
Todos Pegamos em Anabele, que ergueu o tridente e o lançou. Todos fomos lançados no ar á uma enorme distância da pirâmide. Pareceu que chegamos até as nuvens e então caímos nas ateias quentes. Eu ouvi um crack que me deu náuseas.
- Todos estão bem? - Eu perguntei.
- Eu tô. - Disse Pedro.
-Eu também. - Disse Myrele.
- Eu não. - Falou Anabele. - Acho que torci meu tornozelo.
O tridente dele soltou uma faísca mão dela e lentamente se desintegrou. No horizonte a pirâmide afundava nas areias do deserto. até tudo o que sobrou foi uma cortina de poeira.
- E agora meu tridente já era.
- O que houve com a pirâmide? _ perguntou Pedro.
- Provavelmente a estrutura colapsou numa grande galeria de cavernas.
Eu olhei o tornozelo dela
- Você não torceu o tornozelo. Ele quebrou de vez.
- Ah meu Deus!
Com a ajuda de Pedro nós levamos Anabele de volta à fazenda. Lá os aldeões cuidaram dela, dando uma poção de regeneração. Logo o seu tornozelo estava novo em folha.
Enquanto os aldeões cuidavam dela, eu fui falar falar com o Cartógrafo. Ele estava em sua mesa de cartografia quando eu cheguei.
Trouxe os itens que pedi? - Perguntou ele sem tirar suas mãos do trabalho que estava fazendo.
- Sim, estão todos aqui.
- Me de.
Eu passei os papeis, os diamantes e a bússola imantada. Ele mexeu na mesa e depois veio até mim com dois mapas na mão.
- Dois mapas?
- Sim, sempre são os dois mapas. O mapa da mansão na floresta e o mapa do templo no oceano. Eu peguei os mapas e dei as esmeraldas para ele que as guardou no bolso.
Eu cheguei na estalagem e todos estavam de pé me esperando.
- E então? - Perguntou José.
- É Longe pra chuchu. - Eu falei.
O mapa era bem grande. Colocamos numa mesa enorme e passamos a discutir os planos da invasão a mansão.
- A mansão fica ao norte. - Eu falei. - Aqui é onde estamos, no deserto. Depois vem a floresta de carvalhos escuros, o pântano e então a floresta de carvalhos onde fica a mansão. Na mansão vamos enfrentar os maiores desafios.
- Eu sei, ja tentei enfrentar. Morri seis vezes. - Disse Myrelle.
- Pois é, precisamos da cooperação de todos. Partiremos ao amanhecer.
O dia passou de preparação. Todos haviam escolhidos armas e treinados. Quando a noite veio, dormimos tranquilamente e então partimos. Cruzamos o deserto na direção norte até uma grande montanha de arenito. Ao subir a montanha la estava ela, grande, escura e sombria.
- Parece que achamos. - Disse José.
- Pois é. - Eu falei. - Bem vindos a floresta de carvalhos negros.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 72
Comments