A Pirâmide não ficava muito longe da vila. Apenas dois morros e então pudemos ver uma enorme Pirâmide, grande, branca e que brilhava ao sol.
- Agora sei que que o morro que eu tanto apreciava da vila não era realmente um morro. Cara, quem construiu isso? - disse Pedro.
- Com certeza foi os ETs. - falou Anabele.
Eu apenas ri.
- A entrada é por aqui. - Falei.
Demos um grande rodeio na pirâmide, pois sua base era realmente grande. Me abaixei no chão e espanei a areia achando um botão oculto. O apertei e imediatamente os blocos se moveram revelando uma porta.
- Qual o tamanho disso aqui? - Perguntou Pedro olhando para o topo da pirâmide.
- São duzentos e trinta metros de largura por 230 metros de comprimento. Com uma altura de 147 metros. - Eu falei.
- Como você sabe? - Perguntou Anabele.
- Foi eu que construí ela.
Os três me olharam com olhares assustados.
- Sério? - Disse Myrelle.
- Sim, eu construí de acordo com as dimensões da grande pirâmide de Quéops. Fiz de arenito, liso e talhado e coloquei quartzo do lado de fora. Para ficar igual a pirâmide original antes dos Árabes vinherem, vandalizaram e roubaram as pirâmides destruindo todo o seu glamour. Vem, vamos entrar, tenham cuidado, eu coloquei muitas armadilhas.
Nos entramos. Havia um corredor enorme. Tochas iluminavam todo o caminho.
- Esperem. - Eu falei. - Olhe, placas de pressão.
O corredor estava cheio de placas de pressão. Elas estavam interceptadas entre um bloco e uma placa de pressão, indicando armadilhas poderosas.
- O que acontece se a gente pisar? - Perguntou Anabele.
Eu peguei uma pedra e joguei na placa de pressão. Imediatamente a parede se fechou, esmagando completamente a pedra.
- Como vamos passar por isso? - Perguntou Myrelle.
- Simples, assim? - Eu falei e saí correndo passando por cada placa de pressão e ouvindo as paredes se fecharem atrás de mim. Quando cheguei ao fim do corredor eu encorajei os outros a fazer o mesmo.
- Vocês não vão conseguir quebrar as placas de pressão. - Eu gritei.
Pedro correu também, seguido de Myrele e Anabele. Quando chegaram ao fim do corredor, eles estavam cansados e assustados.
- Tem mais quantas armadilhas igual a essa? - Perguntou Anabele.
- Mais três. Vamos.
O corredor virava a direita. Seguimos pelo corredor de pedra de arenito com a fraca luz vinda das tochas.
- Porque você fez essa pirâmide com tantas armadilhas? - Perguntou Anabele.
- Sempre há um momento em que você se cansa do mundo depois de ter cumprido todos os objetivos. E eu estava cansado desse. Então, como último objetivo, eu construí essa pirâmide enorme cheia de armadilhas para prender os meus itens mais valiosos.
- Seus itens mais poderosos estão aqui?
- Todos eles. Esperem!
Nós estávamos diante de un amplo corredor com vinhas dos dois lados As armadilhas eram sutis, camufladas. Era difícil distinguir o fio de teia de aranha que eu havia colocado. E as vinhas escondiam os ganchos de armadilhas.
- Há ejetores aqui, com ganchos de armadilhas ligados a fios de teia de aranha. Se quebrarmos os fios, os ejetores lançam flechas de veneno, dano ou decomposição.
- Vai ser difícil essa! - Disse Myrele.
Eu dei um passo, mas quando vi o fio ja era tarde. Uma flecha com um brilho verde veio da parede direto para mim. Eu rolei para o lado, mais flechas vinheram, cinzas. Então um escudo apareceu. Anabele estava diante de mim, aparando as flechas. Pedro e Myrelle se juntaram atrás do escudo dela.
- Todos atrás de mim! - Gritou ela.
Nós a obedecemos. Ela era rápida, parecia adivinhar de onde cada flecha vinha. Quando chegamos ao fim do corredor o escudo dela estava cheio de flechas rochas, verde e cinzas.
Seguimos pelo corredor que dobrava a direita. Logo que viramos nos vimos em um amplo salão mal iluminado e o som de zumbis e esqueletos vindo das alcovas escuras.
- Não me diga que... - Disse Pedro.
- A sala do desafio. - Eu disse. - Quando eu estava explorando essa parte, eu encontrei aqui três spauner, um de zumbis, outro de esqueletos e outro de aranhas. No dia achei uma boa ideia fazer disso uma sala do desafio, mas agora eu estou repensando a ideia.
- Você está me dizendo que aqui está cheio de mobs? - Disse Pedro. - Mobs hostis?
- Com espaço para mais. Bem, podemos correr ou podemos lutar.
- Eu prefiro fazer as duas coisas. - Disse Myrelle erguendo o arco.
- Vamos lá. - Falou Anabele aprontando o tridente.
Nos metemos na sala. Não demorou muito para os monstros aparecerem. As vezes o chão se abria e zumbis emergiam do buraco no chão. Esqueletos saiam de buracos abertos nas paredes e as aranhas caiam do teto.
- Não deixem as aranhas picarem vocês, elas são venenosas.
As aranhas eram enormes. peludas e com garras afiadas das quais caiam veneno. Pedro as acertava com sua espada e Anabele as espetava com seu tridente. Myrele estava concentrada nos esqueletos. Assim que um surgia, ela os transformava numa pilha de ossos. Eu me voltei para os zumbis. Cada vez apareciam mais, verdes ou cinzas. Arranquei a cabeça de um, cortei os pés de outro e enfiei a espada na barriga de outro zumbi. O cheiro de carne podre subia.
Já no meio do salão estávamos cansados, mas prontos para lutar. Anabele espetou um zumbi contra a parede e uma cabeça de esqueleto voou e se cravou junto com a flecha de Myrele no mesmo zumbi. A saida estava logo ali na frente. Corremos, nos desviando dos zumbis e derrubando esqueletos. Quando enfim atravessamos o limiar da porta eu peguei pedra e tampei.
Anabele se jogou na parede, sentada e cansada.
- Phe, eu juro que se a próxima armadilha for como essa, eu mato você. - Ela disse cansada.
Os outros estavam exaustos.
- A próxima armadilha é bem pior. - Eu falei.
- E o que é? - Perguntou Pedro.
- É um salão imenso com um chão que se você pisar errado pode morrer.
- Ah, legal. De onde tirou isso, de Indiana Jones? - Disse Anabele.
- Foi!
- Nerd.
- Vamos, temos um lance de escadas para subir.
Viramos o corredor e demos com as escadas que subiam em espirais. Subimos basicamente uma 30 camadas até finalmente chegar a um salão intensamente iluminado com placas de pressão no chão.
- O que acontece se pisarmos na placa errada? - Perguntou Pedro.
- Depende. Pode explodir, pode cair num poço sem fundo ou numa piscina cheia de afogados. Pode levar uma flechada ou queimar até a morte. Ou pode ser injetado para fora da pirâmide.
- Ok, você fez isso, então você vai primeiro. - Disse Anabele.
Eu dei o priemeiro passo. Minha lembrança estava vaga sobre qual seria a placa certa. Eu deveria ter inventando um enigma. Eu pensei. Mas era tarde. Pisei na primeira placa, nada aconteceu. Era uma placa de madeira. Então eu lembrei do padrão. O padrão de evolução do minecreft. Você começa com madeira, depois pedra, então vai para ferro e depois ouro. E como só havia quatro tipos de placa de pressão...
- Pisem onde eu pisar, ok? - Eu gritei.
Eles assentiram. Eu sai da placa de madeira e fui para a de pedra. Nada aconteceu, como eu havia previsto. Myrelle veio atrás de mim. Então pizei na de ferro, então na de ouro e então na de madeira novamente. O caminho parecia fazer um zique zaghe. Foi na próxima de pedra, então na ferro e entao na de ouro. então eu estava livre. Myrele veio logo atrás de mim, seguida de Pedro e depois de Anabele.
- Até que não foi tão difícil. - Disse Pedro.
Então ele pisou em falso numa placa de pedra e esta caiu revelando um buraco direto para um posso de lava.
- Essa foi quase. - Ele falou olhando a lava borbulhante.
- Vamos, é por aqui. - Eu falei.
Eu acionei uma alavanca e então diante de nós havia um grande abismo de magma fervente, com dois blocos de espessura.
- Você disse que não havia mais armadilhas. - Disse Anabele.
- É uma ponte oculta. - Disse Myrelle.
- ponte oculta?
- Sim. - Disse Pedro. - Você deve pisar nos fios e então ela vai aparecer.
Ela deu o primeiro passo e então dois blocos se fecharam e ela pisou em pedra firme.
- Vamos, continue. - Disse Pedro.
Desajeitadamente, ela saiu pisando. A ponte aparecia quando ela pisava e desaparecia quando ela passava. Quando ela chegou ao outro lado, eu, Myrele e José fomos juntos, sem prestar muita atenção quando a ponte aparecia ou desaparecia.
- E agora. - Perguntou Myrelle.
- Agora subimos as escadas e entramos na sala do tesouro.
Havia um par de escadas na parede oposta. Nós a subimos até o outro andar onde havia duas duas colunas rochas. Eu acionei uma alavanca e as colunas sumiram, fazendo aparecer uma sala imensa com luminárias de redstone e diversos baús.
A nostalgia tomou conta de mim. Entramos na sala iluminada. Os baús estavam a esquerda. A direita havia stands de armadura com todas as armaduras de minecreft: Couro, cota de malha, ferro, ouro, Diamante e netherita. Todas com encantamento máximo.
- Quantas armaduras! - Disse Anabele.
- Sim, a maior parte eu tomei de zumbis e esqueletos. Na prateleiras de baús há um baú cheio de armaduras, armas e ferramentas.
Cada stand também segurava uma espada. Mas minha espada estava num canto especial, numa moldura ao lado de minhas asas de elitro e junto com minhas ferramentas que eu mais utilizava.
Mas, o que mais me chamou a atenção foi a parede ao fundo. Três átrios diferente guardavam meu cavalo, meu cachorro e meu gato. Eles não se mechiam, estavam congelados. Ali eles viveriam para sempre. Num quarto atrio havia outra coisa. Uma pessoa congelada.
Era você? - Perguntou Anabele.
Eu confirmei com a cabeça. Meu avatar estava ali, congelado. Seus olhos castanhos me encaravam, parecendo um jovem comum, com camisa verde, calça jeans e barba.
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Atualizado até capítulo 72
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Comments
desconhecido
Caramba! eu nunca vi uma obra de minecraft! você conseguiu me viciar nisso! autor, eu também amo muito o jogo. parabéns autor. eu também jogo mine.
2024-07-20
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