— Você está entregue — Ares fala calmamente enquanto me deixa em frente de casa.
— Obrigada por tudo... — Sorrio sem jeito, colocando o cabelo atrás da orelha — Foi incrível.
— Eu que deveria agradecer. Jantar com você foi ainda melhor do que eu imaginei — Ele diz, colocando as mãos nos bolsos da calça moletom — Tenha uma boa noite.
— Você também — E de repente os olhos que já pareciam tão amarelos ficam ainda mais brilhantes.
Eram definitivamente os olhos mais bonitos que vi em minha vida. E ele ainda era ruivo; definitivamente eu não estava acostumada a ver um homem ou mulher com os cabelos naquele tom.
— Quer perguntar alguma coisa? — Ares pergunta, percebendo minha hesitação.
— A-ah, não, eu só... só estava admirando a cor dos seus olhos.
— É uma característica da família do meu pai, é o que nos faz um Corban — Ele olha para algo atrás de mim.
Me viro curiosa, mas não vejo nada além da casa toda apagada, por já ser um pouco tarde e por provavelmente mamãe estar dormindo a essa hora.
— Viu alguma coisa?
— Nada demais. Provavelmente era um morcego voando. Bom, vou indo. Não demore muito para entrar ou poderá ficar doente — Ele se vira e anda em outra direção.
Olhei para ele, apesar da estranheza, e ainda depois de dizer que era um morcego, não conseguia parar de tentar achar o tal morcego que estava procurando. Não vi, então peguei a chave de minha bolsa e abri a porta para entrar. Fui direto para o quarto, buscando descanso depois de um delicioso jantar acompanhado de Ares.
Há um silêncio estranho no quarto, um cheiro forte masculino, uma sensação desconfortável. Dou alguns passos para dentro, olhando ao redor mesmo estando um pouco escuro. Estico minha mão para alcançar o interruptor, é nesse momento que sinto um forte aperto em meu pulso.
— SOC-
Sou puxada com força para trás e uma mão tampa minha boca, impedindo que eu peça ajuda.
— Shiii... Gatinha. Você não quer acordar sua mãe, quer? — Sinto algo afiado e gelado tocar minha garganta.
Mexo com a cabeça negando e escuto a risada dele baixinho em meu ouvido enquanto a língua dele passa pelo meu pescoço, me causando um calafrio e o medo aumentar.
— Olha só pra você, está tão fofa com essa roupa. Quem era aquele homem, hum? Quem você pensa que é pra sair com qualquer um que desejar?
Sinto meu coração acelerar descontroladamente, o terror se misturando com uma estranha atração pelo perigo que ele representa.
— Por favor... Me solta... — Minha voz sai em um sussurro abafado pela mão que cobre minha boca.
Ele me vira bruscamente, seus olhos refletindo a luz fraca do quarto com um brilho malicioso. metade do seu rosto está coberto.
— Não, não, não, querida... Não é assim que funciona. Você agora é minha presa, e eu... Eu sou seu predador. E sabe o que os predadores fazem, não é? Eles caçam... E depois... — Ele sorri.
Tento me debater, mas sua força é avassaladora, suas mãos firmes em meu corpo como garras de ferro.
— Você é diferente das outras, Bea... Você me atrai de uma maneira que elas nunca conseguiram. É como se nossas almas estivessem destinadas a se encontrar nesta escuridão...
Sua voz é um sussurro rouco que envolve minha mente em um véu de terror e desejo proibido. Eu tento resistir, mas algo dentro de mim se agita, uma chama selvagem queima nas profundezas da minha alma, respondendo ao chamado do predador.
— Não... Por favor... — Minha voz é um mero sussurro, suplicando por misericórdia em meio ao turbilhão de emoções contraditórias que me consomem.
Ele se aproxima, seu hálito quente acariciando meu rosto enquanto seus olhos famintos me devoram.
— Oh, minha doce Bea... O medo só torna tudo mais... excitante.
A mão dele desce minha coluna e alcança minha bunda, onde uma dor pontuda me faz gritar contra sua palma, um grito de desespero enquanto sinto algo rasgar minha pele. O sangue escorre por minha perna e meu corpo todo se debate tentando se livrar das mãos dele.
A mão dele desce minha coluna e alcança minha bunda, onde uma dor pontuda me faz gritar contra sua palma, um grito de desespero enquanto sinto algo rasgar minha pele. O sangue escorre por minha perna e meu corpo todo se debate tentando se livrar das mãos dele.
Ele ri, um som gutural que reverbera pelo quarto, ecoando na escuridão como uma promessa de tormento.
— Oh, minha querida... Você ainda não sabe a extensão do prazer que a dor pode proporcionar — Ele murmura, sua voz carregada de luxúria e crueldade.
Meus olhos ardem com as lágrimas que ameaçam transbordar, mas eu luto para não fraquejar diante dele, para não ceder à escuridão que o envolve como uma aura sinistra.
— Você é minha... — Ele sussurra, sua respiração quente roçando meu pescoço enquanto ele pressiona seu corpo contra o meu, sua forma imponente e intimidadora me envolvendo em uma teia de desejo e pavor.
— p-por favor, apenas me solte, me deixe ir. Não contarei a ninguém o que aconteceu aqui!
— Shiii — a pele cortada é acariciada e os dedos dele passando pela ferida me faz chiar de dor — Tenho certeza que deve estar molhada agora.
Com os mesmos dedos sujos de sangue ele enfia em minha calcinha e esfrega minha abertura devagar me fazendo choramingar dolorida, cansada e com medo — Eu disse... — sussurra em meu ouvido — Está molhada. Está latejando contra meus dedos, como se estivesse implorando para que os enfie em você.
Ele tira a mão e eu respiro fundo, tentando estabilizar o que eu posso em meu corpo.
Sou surpreendida em seguida por um forte tapa em minha intimidade, mais lágrimas escapam e a minha boceta escorre, parecendo adorar o que está acontecendo.
— Você é uma safada, gatinha. Uma maldita gatinha que não consegue controlar o que tem no meio das pernas, e eu deveria foder você com força pra nunca mais me provocar.
Por favor.
por favor.
Por favor.
— Mas deixo isso pra outro dia. Nos vemos em breve.
Seu toque quente desaparece e meus pulsos que pareciam tão presos em seus apertos agora está livre. Apoio minha cabeça na madeira da porta, sentindo minhas pernas tremendo.
Olho para trás lentamente, mas o homem não está mais lá além da janela seme-aberta e o vento gélido entrando no quarto. Toco minha intimidade, sentindo minha lubrificação descendo por minhas coxas.
Ando até o banheiro cambaleando. Minha perna está suja de sangue e o corte em minha bunda não para de sangrar, fazendo com que cada passo que eu dou deixe um rastro de sangue no chão.
Mas apesar da dor, outra coisa controla meu corpo. Me acaricio por cima da calcinha, me olhando no espelho em frente a pia enquanto movimento meus dedos contra meu ponto inchado.
— A-ahh... — isso nunca aconteceu comigo, na verdade a minha primeira vez foi horrível. O cara era um babaca e havia apostado minha virgindade com os amigos.
Depois desse dia não quis me relacionar com mais ninguém. E agora, anos depois, estou parecendo uma maldita pervertida masoquista.
Isso não ficará assim. Amanhã mesmo vou na polícia falar que um tarado invadiu meu quarto e quase abusou de mim.
A voz dele invade minha mente novamente, movo meus dedos mais rápido, sentindo meu corpo tremer inteiro, correspondendo ao estímulo. Meus peitos estão pontudos em direção ao espelho e o suor escorrendo por minha testa enquanto estou cada vez mais perto de alcançar meu limite.
Minutos depois eu finalmente alcanço meu orgasmo, uma sensação de alívio grandioso, que tira até mesmo a sensação de dor por alguns segundos antes de eu cair na real e quase chorar na hora de me levar embaixo do chuveiro.
A água no corte quase me fez desmaiar.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
daddi
não acho legal isso de sensualizar e normalizar o assédio e estupro. ele rasgou a pele dela.tocou ela sem autorização dela. por favor isso não e sensual nem saudável. ele machuca ela e coloca isso como bom e aceitável?! por favor autora .repense isso
2025-01-29
2
Clleoh Lima II
não é bom ser humilhada por um amada por outro, triste isso é xato dois irmãos brigando por uma causa
2025-02-04
0
Ana Regina Fernandes Raposo
COMO DISSE O CARA TROGLODITA É UM CAVALHEIRO. ESCOLHO OS DOIS, MENOS A PARTE DE SANGUE.
2024-12-05
1