Capítulo Dezoito

Capítulo Dezoito

Ayla

Estava no carro com William enquanto ele dirigia de volta para a boca, fiquei observando o morro e era lindo, apenas vi ele de dia quando cheguei aqui pela primeira vez, depois eu apenas fiquei trancada em casa e saia apenas a noite quando Raul não estava.

Noto que William passou da boca e estacionou perto da mata. Saímos do carro e fiquei admirando.

— Vamos amor, vou te mostrar uma coisa. — Ele diz pegando na minha mão.

Vou acompanhando ele por uma trilha e fico admirada de como é lindo, alguns minutos depois saímos no pico do morro, a vista era de tirar o fôlego, soltei da mão dele e fui até a beirada e senti o vento bater no meu rosto, era perfeito, me virei para William e ele estava ajoelhado atrás de mim com uma caixinha na mão, onde continha duas alianças.

— Ayla, desde o momento em que nossos olhares se cruzaram, meu coração encontrou paz e felicidade. Sua presença ilumina meus dias e aquece minha alma. Seu sorriso é minha luz nas horas mais sombrias, e seu amor é o alicerce que sustenta minha vida. Prometo estar ao seu lado em todos os momentos, compartilhando alegrias e superando desafios juntos. Prometo te proteger de tudo. — Ele abre um sorriso e pega minha mão. — Minha pequena, sei que tô sendo muito rápido, mas você aceita namorar comigo?

Meus olhos já estão marejados, vejo que William também está quase chorando, olho pra ele com carinho — E claro que eu aceito meu grandão.

Ele pega a aliança e coloca no meu dedo, depois eu pego a dele e coloco em seu dedo. Ele se levanta e me abraça com carinho, nos afastamos um pouco e selei nossos lábios com amor, ficamos um tempo se beijando até que a falta de ar chegou.

— Agora eu tenho uma namorada maravilhosa. — Ele grita enquanto me gira no ar.

Dou risada e novamente beijei ele. Ficamos um tempo juntos aproveitando, depois voltamos pela trilha e assim que chegamos na boca Ctreze e BN já estavam lá dentro fumando.

— Pode apagar esse negócio horrível, tinha deixado a sala cheirosa e vocês vêm fumar isso aqui. — digo e os dois se levantam num pulo.

— Caraca patroa... quase engoli o baseado. — Ctreze diz quase se engasgando.

— Ouviram ela, vai fumar lá fora ou apaguem isso. — William diz.

— Se ela mandou, tá mandado. — BN diz e os três dão risadas.

Fico seria mais logo não aguento a cara deles e rio também.

Os Meninos ficaram conversando com William e eu aproveitei para ver alguns relatórios que Will estava achando estranho.

— Amor vou descer no ponto da 12 e já volto, ninguém entra aqui sem autorização, então fica tranquila. — William fala e me dá um beijo.

— Tá bom grandão, fica tranquilo. — Digo abrindo um sorriso.

Olho para os meninos e eles tão imitando eu e William.

— Parem de ser retardados. — William vai até eles e dá um tapa na cabeça de cada um.

Dou risada deles e volto a olhar o notebook. William saiu e fiquei sozinha. Já estava a alguns minutos ali até que ouvi uma gritaria do lado de fora, fiquei com um pouco de medo, mas resolvi sair pra ver oque era.

Assim que abri a porta vi uma garota de pele negra, quase sem roupa discutindo com o vapor.

— Eu tenho direito de ver meu homem, eu sou fiel dele. — Ela gritava.

— Sheila, vai embora caralho, o Sombra não tá aqui não. — Diz o menino já nervoso.

Nesse momento a menina olha pra mim na porta e fecha a cara.

— Quem é essa vagabunda? E o'que ela tá fazendo na sala do meu homem. — A garota gritou.

— Ayla pode entrar, eu resolvo aqui. — O vapor diz me olhando.

Ia entrar de novo e a garota mais uma vez gritou.

— Aaah você é a piranha da Ayla, a talarica que pegou meu homem. — Ela disse apontando o dedo pra mim.

Me subiu um ódio enorme por ouvir ela falar assim comigo, me virei novamente e fui até ela.

— Vai embora daqui agora, o Sombra não está aqui. — Digo nervosa.

A garota começa a gargalhar e me olha de cima a baixo.

— Você nem tem tamanho garota, me poupe, quem tem que sair daqui é você, que gosta de ficar dando pro macho dos outros. — Ela diz apontando o dedo na minha cara.

Meu sangue ferveu, quem ela pensa que é pra falar assim comigo, em nenhum momento desrespeitei essa garota.

Caminho até ela e fico cara a cara com a maldita. — É melhor tomar cuidado com o que fala de mim, eu não tô nem aí se já deu pro meu namorado algum dia, mas não venha me desrespeitar.

— Namorado ? — Ela gargalhou. — Me poupe né sua piranha.

A não essa garota me tirou do sério, fechei meu punho e sem pensar soquei a cara dela, a mesma bambeou pra trás e vi seu nariz começar a sangrar, ela me olhou com uma fúria toda e veio pra cima de mim, mas o vapor segurou ela.

Ela começou a gritar que nem uma louca e quando ia mandar ela ir embora os meninos apareceram com William.

— Que porra tá acontecendo aqui? — William pergunta nervoso.

— Ainda bem que você chegou amorzinho, essa vadia aí invadiu a boca e ainda por cima me deu um soco na minha cara. — Ela falou se jogando nos braços dele.

Fiquei apenas observando, só queria ver o que ele ia fazer.

William empurrou a menina com tudo e veio na minha direção.

— Já mandei você ficar longe de mim, falei que se falasse da minha família eu ia matar você. — William fala furioso. — Leva ela pra salinha e deem um corretivo nessa puta depois já sabem oque fazer.

O vapor começou a arrastar a garota e a mesma gritava desesperada, fiquei um pouco mal pela situação, me virei e entrei na sala de novo, me sentei no sofá e olhei pra minha mão que estava sangrando.

— Amor, vem cá vamos limpar isso. — Ele diz me puxando para o banheiro. — Desculpa por isso.

— Não foi sua culpa, e outra eu que acabei saindo daqui, ela tava gritando lá fora e achei que tinha acontecido algo. — Digo

— É melhor voltarmos pra casa, você deve estar cansada. — ele diz me dando um beijo na bochecha.

Saímos do banheiro e os meninos estavam sentados no sofá mexendo no celular.

— Olha nossa lutadora aí, se quebrou o nariz da menina. — BN diz dando risada.

— Quem diria que Ayla era forte assim. — Ctreze fala rindo.

— Para com isso meninos, apenas fiquei com raiva dos insultos dela. — digo abrindo um sorriso.

— Tô vendo que nossa nova patroa e chapa quente. — BN fala e todos nós rimos.

— Vocês conseguiram resolver o problema do ponto da 12? — Pergunto.

— Graças a você sim. — William diz me abraçando.

— Eu nasci pra ver o William ser carinhoso com alguém, Ayla você está deixando nossos amigo virar sua cadelinha. — BN diz rindo.

— Cala boca BN, pelo amor de deus. — William fala revirando os olhos.

— Quando vai assumir a patroa para morro em ? — Ctreze pergunta e eu fico meio envergonhada.

— Não sei, mas as pessoas precisam saber, porque se tratarem ela mal de novo, vou ter que sair por aí matando geral. — William fala rindo.

— Para com isso, grandão, não vai sair matando ninguém não. — Digo encarando ele.

— Não vou deixar ninguém chegar perto da minha namorada, ou o pau vai comer solto. — Ele me abraça e dá um beijo no meu pescoço.

— Namorada ? — Ctreze pergunta nos encarando.

William levanta minha mão e mostra o anel que me deu. — Sim meus amigos, minha namorada.

Os meninos abrem um sorriso e se levantam, eles vem em nossa direção e os dois nos abraçam um de cada lado.

— Meu casal favorito. — BN fala nos apertando.

Dou risada e logo William empurra os dois e da um tapa na testa de BN. — Vocês são chatos pra caralho. — Ele diz.

Eu adorava a forma que os meninos eram, não tinha um dia que eles não me faziam rir com suas palhaçadas, e o melhor de tudo era quando eles irritavam o William, ele ficava tão fofo nervoso.

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