Capítulo Sete

Capítulo Sete

Ayla

— Ayla. — Uma mulher me chama.

Abro meus olhos e vejo uma moça na minha frente, ela é muito linda, fiquei olhando para ela por um tempo.

Eloa ( Mãe de Sombra, Mamba e Pamela)

— Ayla, tá tudo bem? Você estava gritando. — A mulher diz acariciando meu rosto.

— Sim, só tive um pesadelo. — Digo meio fraca.

— Você quer alguma coisa ? — A mulher pergunta.

— Não, obrigada, qual seu nome? — tento me sentar na cama.

— Sou Eloá, mãe do Sombra e do Mamba. — Ela diz.

Olho pra ela e vejo como os dois filhos puxaram bem ela.

— Eles se parecem bastante com você. — digo.

— Verdade, é que você ainda não conheceu minha filha, ela é minha cópia. — Ela abre um sorriso.

— Você sabe quando terei alta?

— O médico disse que você já pode ir embora, só estava esperando você acordar. — Sinto uma tristeza ao ouvir essas palavras.

Abaixo minha cabeça e sinceramente não sei pra onde vou, nunca conheci ninguém da família da minha mãe, sempre fomos eu e ela, e minha família de parte de pai também nunca conheci, não tinha dinheiro suficiente pra ficar em um hotel.

— O'Que tanto pensa Ayla ? — Eloá pergunta colocando a mão em meu ombro.

— Estou pensando o que vou fazer da minha vida de agora em diante.

— Não pense tanto nisso Ayla, se recupere primeiro e depois você terá uma longa vida pela frente pra construir tudo oque mais desejou. — Eloá fala fazendo carinho em meu rosto.

Fechei meus olhos e lembrei da minha mãe, ela era uma mulher tão doce, sempre foi batalhadora, cuidou de mim sozinha por anos, sentia tanta falta dela.

— Me desculpa Eloá, mas posso te pedir uma coisa? — Olho para ela.

— Claro, o'que quiser. — Ela me olha com carinho.

— Você poderia me dar uma carona pra algum hotel próximo que seja barato? — Digo um pouco envergonhada.

— Ayla, não se preocupe com isso agora, você vai ficar na minha casa até se recuperar, vamos cuidar de você. — Olho para ela assustada.

— Não posso aceitar senhora, os meninos já fizeram muito por mim, já me ajudaram, eu não quero ser um fardo para vocês. — digo com lágrimas nos olhos.

— Ei…ei…vem aqui. — Ela me abraça — Você não é nada disso, nós conversamos e decidimos que você vai ficar conosco, então não vou aceitar um não como resposta.

Realmente não queria atrapalhar, mas o carinho que essa mulher estava me dando sem ao menos me conhecer, a preocupação que sentia por mim, aquecia meu coração, depois que minha mãe se foi, não sabia mais oque era carinho ou afeto.

Abracei Eloá e deixei minhas emoções saltarem pra fora, ela ficou ali agarrada comigo por longos minutos sem reclamar.

— Mãe, temos que ir, já estou com carro aí na frente. — ouço a voz de Mamba.

Eloá se afasta de mim e olha para o filho, ele me encara com um sorriso no rosto e vem na minha direção.

— Estou feliz de ver você bem Ayla. — Ele me abraça.

— Obrigada por me ajudar. — retribuo o seu abraço.

— Não precisa me agradecer Ayla, faria isso dez mil vezes por você. — ele me dá um beijo na testa e se afasta. — Os meninos querem ver você depois, ficaram preocupados também.

Ele abre um sorriso e eu também.

— Ayla, trouxe uma roupa pra você vestir. — Eloá me entrega uma sacola. — Vou te ajudar a se trocar.

Mamba sai do quarto e me deixa sozinha com sua mãe, tirei minha camisola com dificuldade e reparo que Eloá me olha de forma triste.

Ela me ajuda a colocar a roupa e logo um enfermeiro entra com uma cadeira de rodas.

Os dois me ajudam a me levantar e sentar na cadeira e logo Eloá começa a me empurrar pelos corredores do hospital. Chegamos na entrada e Mamba nos esperava na frente com um carro.

Eles me ajudaram a subir e fiquei sentada no banco de trás. Seguimos morro acima e já no final eles pararam o carro em frente a uma linda casa.

Eloá me ajudou a andar até a entrada e vi diversos homens armados, todos cumprimentaram ela e o filho. Entramos na casa e havia uma moça parada bem no meio da sala olhando pra mim com um sorriso no rosto.

Pamela ( Irmã de Sombra e Mamba)

— Ayla, essa é minha filha Pamela. — Ela fala e a menina vem me cumprimentar.

— É um prazer te conhecer Ayla. — Ela diz me abraçando com cuidado.

— O prazer é meu Pamela. — digo e abro um sorriso.

— Ayla, vamos te deixar em um quarto aqui embaixo pra você não precisar subir as escadas. — Eloá fala.

— Tudo bem, obrigada de verdade por vocês estarem me ajudando, não sei nem como recompensar tudo. — Digo olhando pra cada um deles.

— Você vai nos recompensar quando melhorar minha querida, queremos ver você bem. — Eloá diz e me abraça.

— Mãe, vou precisar encontrar com o Sombra, depois volto pra casa. — Mamba fala.

— Tudo bem meu filho, cuidado.

Mamba dá um beijo na testa da mãe e da irmã, depois se aproxima de mim e também me dá um beijo na testa.

— Ayla você deve estar com fome, vou preparar um lanche pra você, por acaso tem alergia a algo? — Eloá pergunta.

— Não senhora, como de tudo. — Digo um pouco tímida.

Eloá vai para cozinha e Pamela senta ao meu lado.

— Você tem quantos anos Ayla ?

— 24 e você ?

— Tenho 22.

Continuamos conversando e Pamela é uma garota maravilhosa, ela é bem animada e eu adorei isso nela.

— Prontinho Ayla. — Eloá me entrega um prato com um sanduíche e um copo de suco.

— Obrigada senhora. — digo.

— Pode me chamar apenas de Eloá querida — ela diz e passa a mão pela minha cabeça.

Comi tudo e tomei meu suco, Eloá com a ajuda de Pamela me levou para o quarto onde iria ficar, era lindo, elas também me deram algumas roupas para usar, fiquei tão feliz.

Elas me ajudaram a ir até o banheiro e depois me deixaram sozinha, tirei minha roupa devagar e entrei no chuveiro, a água quente fez meu corpo relaxar e acabei sentindo um pouco de dor. Tomei banho e me sequei, peguei a sacola que tinha alguns curativos e troquei o meu que havia molhado.

Peguei um shorts de dormir e uma camiseta folgada e me vesti. Saí do banheiro e me sentei na cama e fiquei me perguntando se aquilo era um sonho, será que a qualquer momento eu iria acordar e estar no meu quarto sendo acordado aos gritos pelo Raul?

Apaguei a luz do quarto e deixei apenas a luz do abajur ao meu lado acesa. Me deitei na cama e tentei dormir, mas não consegui, fiquei revirando de um lado para o outro, mas o sono não vinha.

Olhei para um relógio que tinha na parede e já eram três da manhã, me levantei devagar e lentamente fui andando até a cozinha. Fiquei alguns minutos procurando pelo interruptor da luz e assim que achei fui até um armário e peguei um copo, abri a torneira e enchi o mesmo e tomei.

Assim que terminei, lavei o copo e guardei no mesmo lugar, apaguei a luz e fui caminhando devagar até meu quarto, estava bem escuro então não conseguia ver quase nada.

Quando achei que estava chegando, bati em uma parede de músculos, com o baque acabei me desequilibrando e caindo no chão.

— Aí! — Reclamei de dor.

A luz se acendeu e dei de cara com Sombra na minha frente.

— Ayla, Meu Deus, tá tudo bem? — Ele me ajuda a levantar.

— Tá sim, me desculpa, eu… eu… só vim beber água. — digo um pouco envergonhada.

— Não precisa pedir desculpas, vem vou te ajudar a ir pro seu quarto. — Ele diz e sem eu esperar ele me pega no colo.

Sinto minhas bochechas queimarem de vergonha. Ele me deita na cama e eu me arrumo me sentando e encostando na cabeceira.

— Obrigado Sombra, e de novo me desculpe por bater em você. — Digo olhando para ele.

— Fica tranquila Ayla, não foi culpa sua, bom vou te deixar descansar. — Ele vai em direção a porta.

Ele coloca o dedo para desligar a luz antes de sair. — Não desliga!

— Não vai dormir ? — Ele se vira pra mim.

— Não…é que não tô conseguindo. — Digo abaixando a cabeça.

— Quer companhia? — Ele pergunta e olho para ele.

— Não precisa sombra, não quero atrapalhar. — digo abrindo um sorriso.

— Você não atrapalha Ayla. — Ele se aproxima da minha cama e se senta ao meu lado.

Ficamos em silêncio por alguns minutos e quando eu ia falar ele foi mais rápido.

— Me conta um pouco da sua vida antes de toda essa loucura. — Ele me olha.

— Não tenho tanto oque falar, eu vivia com minha mãe em São Paulo, trabalhava em uma empresa de tradução, fiz faculdade de inglês, nunca fui muito de sair, sempre fui a garota estudiosa. — Digo abrindo um sorriso.

— Interessante, não imaginava isso. — Ele diz. — Você é fluente em inglês ?

— Sim, inglês e espanhol. — Digo.

— I'm also fluent, my mother made me study since I was little. ( Eu também sou fluente, minha mãe me colocou para estudar desde pequeno) — Ele diz e abre um sorriso pra mim.

— You speak perfectly, I didn't think you knew. ( Você fala perfeitamente, não imaginava que sabia. — Digo sorrindo pra ele.

— Eu quando era mais novo não queria seguir os passos do meu pai, então sempre estudei, fiz inglês, quando terminei a escola entrei para faculdade de Administração, mas quando terminei, meu pai foi morto, então não tive escolha. — Ele vira o rosto pro outro lado e vejo que ficou triste.

— Sinto muito Sombra, pelo seu pai. — digo baixinho.

— Pode me chamar de William. — ele olha novamente pra mim. — Mas só aqui dentro de casa.

— Tá bom, William. — Dou uma risada.

Conversamos bastante e depois de algumas horas William foi embora e eu consegui enfim dormir um pouco.

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