Capítulo Dezessete

Capítulo Dezessete

William ( Sombra)

Entramos na boca e por sorte está tudo organizado, tirando o cheiro de maconha, tá tudo certo. Ayla entrou e já vi sua cara mudar, creio que pelo cheiro, ela foi andando de um lado pro outro vendo tudo que tinha.

— Onde é o banheiro amor ? — Ela perguntou.

Levei ela até o banheiro que graças a deus tinha sido limpo ontem, deixei ela lá e fui pra minha mesa, liguei o notebook e comecei a olhar alguns documentos.

Ayla saiu do banheiro com um bom ar na mão e começou a espirrar pela sala toda, ela abriu as janelas deixando o lugar mais arejado.

Apenas olhei pra ela e dei uma risada baixa. Ela voltou para o banheiro e logo saiu com um paninho e começou a passar no sofá que tinha.

— Amor, vai limpar a sala toda? Não precisa. — Digo e ela apenas me encara com os olhos semicerrados. — Tá bom, vou ficar quieto.

Ela continuou e depois de uns dez minutos nem reconheci minha sala de tão limpa e arejada, ela sentou ao meu lado e começou a olhar o'que eu estava fazendo em silêncio, no computador estava verificando o último relatório dos meus pontos de droga pelo morro, não sei porque mais tinha algo estranho e eu não tava gostando.

— No ponto doze o relatório não condiz com o'que foi entregue, se você olhar aqui vai ver que a pessoa que fez o relatório apenas copiou os dados iguais três vezes. — Ayla apontou seu dedinho para a tela.

Fiquei observando e ela realmente tinha razão, estavam desviando minhas drogas na minha cara.

Olhei para minha pequena e abri um sorriso.

— Bom senhorita Ayla Fernandes, tenho a ótima notícia de que você está contratada. — Digo puxando ela para um beijo.

Acho que seria interessante ter meu amor aqui comigo, assim não deixava ela sozinha em casa.

— Vou ser sua secretária amor? — Ela perguntou com um sorrisinho sapeca.

— Vai sim, a mais linda e maravilhosa. — digo puxando ela para sentar no meu colo.

Beijo sua boca e ela corresponde e nosso beijo vai esquentando. Resolvi me afastar pra não passar dos limites com ela.

Ela se sentou novamente ao meu lado com um sorriso no rosto.

Continuamos vendo algumas coisas no computador e logo um furacão invadiu a sala.

— Porra, que cheiro de esse de lavanda. — BN fala entrando na sala.

— Bom dia pra você também BN. — Digo e assim que ele vê Ayla abre um sorriso.

— Bom dia Ayla, como você está maninha? — Ele diz vindo até ela e abraçando a mesma. — Bom dia chefia.

— Bom dia BN. — ela fala sorridente — Estou bem.

— Agora sim você tá patroa, vai trabalhar ao lado do seu maridão. — BN fala e Ayla dá risada.

— Só vim acompanhar ele hoje BN. — Ela fala me olhando com carinho. — Já tomou café da manhã?

— Já sim, minha noiva maravilhosa me acordou com café na cama hoje, me senti até um princeso. — Ele fala e até eu dou uma gargalhada.

— Porra BN, um marmanjo desse recebendo café na cama. — Dou risada.

— Você não ia falar isso se fosse a Ayla fazendo pra você. — Ele diz e me olha com a cara de deboche.

Olho para Ayla e a bichinha tá vermelha de tanto rir.

— Posh amor, ia levar panquecas na cama pra você amanhã? — Ela fala e eu logo encaro ela com os olhos estreitos.

— Tá vendo chefe, não vai querer receber panquequinhas na cama da sua namorada. — BN fala afinando a voz.

— Bora trabalhar BN, tem droga para distribuir e mais tarde vamos no ponto da 12, os caras tá rateando droga. — Digo.

Ayla e ele me olham e começam a dar risada.

— Vou expulsar os dois daqui em. — Digo encarando os dois.

— Vou nessa, boa sorte Ayla, às vezes ele fica raivoso e morde. — BN fala e sai quase correndo da sala.

— Vai me morder amor ? — ela pergunta tentando segurar a risada.

— Eu não ia, mas você tá merecendo umas mordidas. — digo avançando nela de brincadeira.

Ela dá uma risada gostosa e vem me dar um beijo.

Terminei de verificar os relatórios e Ayla me ajudou muito, ela era boa com isso, fizemos outras coisas e ela me deu várias ideias.

Olhei no relógio e já estava quase na hora do almoço, vou levar minha pequena pra comer no Restaurante da dona Sônia.

— Vamos amor ? — Puxei ela pelo braço.

— Vamos grandão.

Saímos da boca e havia outro vapor na contenção, esse me comprimentou e evitou olhar Ayla, peguei um dos meus carros que havia ao lado da boca e descemos o morro.

Estacionei na frente do restaurante e sai do carro, abri a porta pra Ayla e ela me acompanhou para dentro, várias pessoas estavam nos olhando e percebi que Ayla ficou incomodada.

— Quer ir embora amor ? — Pergunto.

— Não amor, vamos comer. — Ela diz baixinho.

Dou um beijo em sua testa e me viro para o pessoal e fecho a cara, geral me olha assustado e desvia o olhar. Sentamos em uma mesa e logo a atendente veio até e nossa mesa.

— Boa tarde chefinho, vai querer oque hoje ? — Ela pergunta quase se jogando pra mim.

— Vou querer uma feijoada e você amor? — Pergunto para Ayla.

A atendente olha pra Ayla com uma cara feia que não gostei nem um pouco.

— Pode ser filé de frango pra mim. — Ayla fala tranquila.

— Vai querer algo para beber Sombra? — Ela novamente fica se jogando pra mim.

Antes que eu fosse falar algo, Ayla encara a moça. — Meu namorado vai querer uma coca e pra mim pode trazer um suco de laranja. — Ayla encara a mulher com raiva.

A atendente apenas anota o pedido e sai. Fiquei até surpreso com a forma que Ayla foi um pouco ciumenta.

— Tá tudo bem amor ? — Pergunto pra ela.

— Tá sim amor, só me senti incomodada, ela nem olhou pra mim direito, como se eu não estivesse aqui. — Ela diz e noto que ficou triste.

Me levanto e sento ao seu lado, passo meu braço pelo seu ombro e a puxo para perto de mim.

— Fica tranquila amor, as minas daqui a maioria vive se jogando pra cima dos caras, mas a próxima que não te respeitar mando raspa o cabelo. — digo e ela arregala os olhos.

— Não precisa disso amor. — Ela fala triste.

— Claro que precisa, não aceito que desrespeitem você. — Digo beijando sua testa. — Só mais uma coisa, então quer dizer que sou seu namorado? — Pergunto e ela fica vermelha na hora.

— Eu só queria afastar ela. — Ela diz e vira o rosto para o outro lado.

— Minha ciumenta mais linda. — Digo abraçando ela.

— Não sou ciumenta. — Ela me encara.

— Sei. — Abro um sorriso.

Nossa comida chegou e almoçamos, foi bem divertido, era bom esses momentos com minha pequena.

Depois que terminamos, paguei e voltamos para o carro, vou levar ela a um lugar especial, preciso fazer dessa mulher minha namorada, e já tinha até comprado o anel enquanto ela estava no hospital.

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