Capítulo Cinco

Capítulo Cinco

William ( Sombra)

Já estávamos no bar esperando a tal Ayla aparecer, já se passavam das dez e meia e nada da mina.

— Será que aconteceu alguma coisa ? — Pedro fala preocupado.

— Relaxa parceiro a vampira vai logo aparecer. — Ctreze diz dando risada e BN acompanha ele.

Apenas revirei meus olhos, quando olho pra fora, vejo uma mina aparecer toda miúda, ela devia ter 1,50 de altura, porque a bichinha era pequena, ela usava uma calça de moletom e uma blusa de frio e uma porra de óculos na cara. Seu cabelo preto que ia até o meio da cintura cobria uma parte do seu rosto.

Assim que ela viu os meninos abriu um sorriso, e na moral ela até que tinha um sorriso bonito. Ela se aproximou e notei que estava mancando, vi que não foi só eu que percebeu, porque logo os meninos mudaram o semblante.

— Boa noite meninos, vou só pegar uma bebida e me junto a vocês. — Ela diz com uma voz fraca.

Ela se afasta e vai até o balcão.

— Vocês viram ? — Pedro pergunta

— Sim, ela tá mancando, parece que tá machucada. — BN fala.

Antes que fosse falar algo, a mina volta com uma garrafa de whisky em uma das mãos e um copo na outra, ela se senta entre eu e Pedro.

— Tá bem Ayla ? — Pedro pergunta.

— Tô sim, e vocês meninos como estão ? — Ela pergunta.

— Estamos bem, só trabalhando demais, nosso chefe é chato, sabe como é. — Ctreze fala e os meninos dão risada.

— Ninguém reclama de mim quando recebe o salário no final do mês. — Digo e eles ficam quietos.

Ayla olhou para os meninos e deu uma risada gostosa.

— Desculpa, você e o chefe deles? — Ela se vira pra mim com um sorriso no rosto.

— Sou, me chamo Sombra, prazer. — Digo olhando para ela.

Por mais que ela estivesse com toda essa roupa, com essa porra de óculos escuro, só o sorriso dela mostrava o quanto ela é linda.

— Prazer Sombra, como ouviu, me chamo Ayla.

Continuamos conversando e realmente a mina é firmeza pra caramba, como Ctreze disse ela fugia de qualquer pergunta feita sobre ela ou sua vida, o'que era estranho, observando ela notei um corte na sua boca começando a cicatrizar, e percebi que ela não se mexia muito, parecia estar com dor no corpo.

Passou uma hora e meia e notei que Ayla ficou um pouco calada, às vezes ela mordia o lábio como se quisesse reprimir algo.

— Meninos, acho que vou nessa. — Ela diz se levantando com certa dificuldade.

— Já vai pô, fica mais um pouco. — Pedro diz.

— Não dá meninos, preciso ir, mas obrigada pela companhia. — Ela fala e abre um sorriso.

Ayla caminha bem devagar até o bar e noto que ela coloca a mão na barriga, depois de alguns minutos pagando, ela vai em direção a saída e se vira para nós novamente e dá um tchau com a mão.

Ela começa a andar e continuo olhando para ela, até que ela para e começa a tossir, seu corpo começa a se inclinar devagar e acaba caindo de joelhos.

Eu e os meninos levantamos correndo e fomos ajudá-la.

— Ayla, tá tudo bem? — Pedro pergunta, se agachando perto dela.

Olho para ele e vejo que está assustado com algo. Me aproximo dela e me abaixo para ver como ela está e vejo que tem sangue em suas mãos.

— Temos que levar-lá pro posto, rápido. — Digo pegando ela com a ajuda dos meninos.

Assim que começamos a ajudar ela a vir para meu colo ela gemeu de dor e colocou a mão na barriga.

Quando ela já está no meu colo, pedi para Pedro tirar seu óculos e assim que olho para seu rosto ela tem um hematoma roxo em volta dos olhos. Aquilo me deixou com raiva.

Corri com ela para o posto que ficava próximo de onde estávamos.

— Ayla, fica acordada, estamos te levando para o posto. — Digo.

— Ele…..vai….me…matar — Ela diz quase em um sussurro e desmaia em meus braços.

Assim que entrei, gritei por um médico e logo o Doutor Ramon apareceu com alguns enfermeiros. Assim que sumiram com ela, vi Pedro e os meninos chegarem.

— Já levaram ela? — Pedro pergunta ofegante.

— Já sim. — Digo olhando para a porta onde ela entrou.

— Será que ela está doente ? — BN pergunta.

— Realmente não sei, mas algo me diz que isso é por conta de alguma agressão. — Digo e eles me encaram. — Ela tá com um roxo no rosto, uma marca de soco, por isso os óculos escuros e quando eu estava trazendo ela, ela sussurrou “ ele vai me matar”.

— Será que foi o padrasto dela? — Ctreze pergunta.

— Temos que esperar ela sair daqui para nos explicar tudo. — Pedro fala.

— Você comentou comigo que ela tá aqui a uns dois meses, quero que pegue a ficha dela e do padrasto de novo e façam uma pesquisa da vida dos dois mais detalhada. — Digo encarando eles.

— Pode deixar chefia. — BN fala

Os meninos foram embora e eu e meu irmão ficamos na recepção esperando, já estávamos a quase três horas quando o doutor apareceu com uma cara nada boa.

— Sombra. — Me chamou

— Fala aí doutor, oque aconteceu com ela ? — Pergunto.

— Eu realmente nem sei como falar isso com vocês, mas a única coisa que peço é que cuidem dela, porque a pessoa que fez aquilo com ela merecia estar na cadeia. — O doutor fala e eu e meu irmão nos olhamos.

— Do que você tá falando, doutor ? — Pergunto com a sobrancelha arqueada.

— Sombra a menina chegou aqui com quatro costelas quebradas, uma delas perfurou seu pulmão, por isso ela tossia sangue, quando tiramos a roupa dela para examinar, vimos diversos hematomas pelo corpo, queimaduras nas coxas e nos braços e o pior de tudo é que durante os exames descobrimos algumas lacerações na intimidade dela, indicando um abuso recente. — Ele faz uma pausa e suspira. — Pelo meu conhecimento posso dizer que isso já acontece a um tempo, ela tem algumas marcas que não conseguiram se curar direito.

Eu e meu irmão não conseguimos falar nada, estávamos sem reação, como alguém podia fazer isso com ela, eu tenho certeza que quem fez isso foi o padrasto dela, mas essa confirmação só poderia ser feita por ela.

— Quando ela vai acordar, doutor? — Pergunto.

— Ela está no quarto, creio que até de manhã ela acorde, preciso que alguém fique com ela aqui. — Ele diz.

— Eu vou ficar, eu preciso que você fale com seus funcionários e não deixe ninguém falar dela, não quero que saibam que ela está aqui. — Digo.

— Tudo bem Sombra, só ache o homem que fez isso e faça ele pagar. — O doutor diz nervoso.

— Posso ver ela agora ? — Pergunto e o doutor assenti.

Acompanhamos o médico até o quarto e assim que entrei me assustei ao vê-la daquela forma, sua pele morena estava cheia de hematomas, apenas os braços estavam para fora, mas se eles já estavam machucados assim, imagino o restante do corpo, fui chegando mais perto e vi seu rosto machucado, mesmo com o hematoma dava pra ver que ela tinha um rosto lindo.

— Meu deus William, temos que matar aquele desgraçado. — Pedro fala nervoso.

— Calma Pedro, não sabemos se foi ele que fez isso, não sabemos se ela tem um namorado, ou se foi outra pessoa. — Digo e Pedro me encara.

— Sombra, tá na cara que foi o padrasto que fez isso. — Pedro fala inconformado.

— Eu sei Pedro, mas preciso que ela acorde e me confirme isso, não posso sair por aí matando sem saber a verdade. — Digo nervoso. — Vou ficar com ela essa noite, vai pra casa e fale com nossa mãe.

— Tudo bem irmão, qualquer coisa me liga. — Ele diz sério e sai do quarto.

Fiquei um tempo olhando pra ela e logo me sentei na poltrona que havia no quarto, encostei a cabeça e acabei apagando.

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Maria Goreth Gomes da Silva

Maria Goreth Gomes da Silva

Ela tem q falar á verdade é queimar este ser desprezível em praça pública cachorro

2024-04-25

8

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Janete Dos Santos

coitada pena que geralmente é o que acontece na maioria das vezes

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Kelly Sartorio

Esse homem e um demônio

2024-04-30

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