Capítulo Oito

Capítulo Oito.

William

Passar a madrugada com a Ayla foi bom, conversamos bastante e pude conhecer um pouco mais sobre ela, quero muito que ela melhore logo.

Acordei cedo e fui direto pra boca, precisava resolver umas fita e ainda precisava pegar a porra do padrasto da Ayla, quero matar esse desgraçado logo

— Chefe o cara sumiu, os cria da barreira disse que ele chegou de madrugada e depois de umas três horas saiu de novo, praticamente correndo e depois disso não voltou mais. — BN fala e meu sangue ferveu.

— Filho da puta, ele fugiu, certeza que não viu a Ayla lá e meteu o pé com medo que a menina entregasse ele. — Digo furioso.

— Vou colocar uns vapor pra rastrear ele, ele não deve ter ido longe, vamos matar ele logo. — Ctreze fala.

— Vamos lá na casa dele, quero pegar algumas coisas pra Ayla. — Digo me levantando e pegando minha arma.

Saímos da boca e descemos o morro de moto, paramos em frente a uma casa no beco 12 e fomos até a porta, o BN arrombou e um cheiro de maconha e bebida saiu da casa. Entramos na casa e olhamos ao redor, cheguei na parte da sala e não deixei de notar sangue no sofá, olhei para estante e havia uma foto da Ayla com a mãe, as duas estavam lindas, na foto a Ayla tá tão bonita, alegre, nem parece a mesma que está em casa.

Peguei a foto e subi as escadas, haviam dois quartos, entrei no primeiro e com certeza era do padrasto, me virei para o outro lado e abri o segundo quarto e até me assustei com a diferença para o restante da casa, o quarto dela era bem arrumadinho, tinha plantas, quadros, uma prateleira cheia de livros, tudo estava organizado.

Entrei dentro do quarto e vi uma mala de rodinhas, abri ela e comecei a colocar algumas roupas que fui encontrando, peguei o notebook que estava em cima da cama e fechei a mala, depois se ela quisesse eu levaria o restante das coisas, fui saindo, mas acabei lembrando de ir no banheiro ver se tinha algo para levar.

Assim que empurrei a porta me assustei com o'que vi, no chão havia sangue respingado, na pia tinha marcas de mão com sangue, olhei para o lixo e havia uma peça de roupa branca toda vermelha, fui até a pia e abri a gaveta e estava lotado de remédios, mas oque me deixou mais nervoso foi a quantidade de pílulas do dia seguinte que havia ali, com certeza ela tomava escondido depois que ele a violentava.

Senti uma raiva enorme surgir no meu corpo e acabei dando um murro no espelho que se quebrou por completo.

Estava respirando ofegante já, a raiva que senti ao ver tudo isso, oque Ayla passou aqui deve ter sido horrível, eu vou matar aquele desgraçado pode ter certeza disso.

— Qual foi cria? achei que tinha…. — Ele nem terminou de falar, assim que viu como estava o banheiro apenas fechou a cara. — Temos que achar logo esse verme. — Diz BN.

Saímos do quarto sem falar nada, ambos estamos com raiva, ver tudo oque ele fez com Ayla, despertava meu pior.

Saímos da casa e fui direto pra minha goma, assim que entrei escutei uma risada linda, olhei para mesa e vi Ayla sentada dando risada junto a minha mãe e irmã.

Me aproximei da mesa e assim que me viram abriram um sorriso.

— Bom dia filho, vai viajar ? — Minha mãe pergunta.

— Bom dia mãe, essa mala é da Ayla, peguei algumas coisas suas pra trazer pra você. — Digo e ela me olha um pouco preocupada.

Sei bem oque ela estava pensando, logo eu iria falar com ela sobre o padrasto, mas não sei como seria a reação dela ao saber que ele fugiu.

— Obrigada William. — Ela abre um sorriso e se levanta vindo em minha direção.

Ela me abraça com carinho e logo se afasta.

— Ayla, não consegui pegar tudo, mas se quiser eu peço para os meninos trazerem as coisas que você quer. — Digo passando a mão na cabeça dela.

— Ta bom William, muito obrigado mesmo. — Ela sai arrastando a mala até seu quarto.

Uma semana depois

Uma semana havia se passado e não havíamos encontrado o Raul, padrasto da Ayla, conversei com ela sobre isso e era nítido o medo que ela sentia, mas pedi que ela não ficasse com medo, pois eu iria protegê-la de tudo.

Nessa semana a Ayla melhorou bem, ela vive ajudando minha mãe em casa, e muitas vezes quando todos acordam, ela já está de pé com o café da manhã todo pronto, nos últimos dias ela está fazendo a janta junto com a minha mãe e ela cozinha bem, também descobri que ela trabalha com tradução de contratos pelo notebook direto de casa.

A Pamela grudou na menina como se fosse uma irmã pra ela, fico feliz por isso, sei que pra minha irmã é difícil ter dois irmãos homens.

Falando em irmãos o Pedro trata a Ayla como uma irmãzinha mais nova, ele pegou um afeto pela garota que nem eu sei explicar.

Já eu e ela, nos damos super bem, mas não sei o porquê, não consigo enxergar Ayla como uma irmã, nesses últimos dias quando tô com ela sinto coisas que nunca senti antes, ver ela sorrindo e me contando histórias engraçadas alegra meu dia, faz meu coração acelerar, sinto uma vontade enorme de ter ela em meus braços.

Mas estou tentando afastar esses pensamentos, não quero que Ayla pense que quero fazer algum mal a ela, ela me trata como um irmão e não quero estragar isso.

Me levantei mais cedo do que o normal e fui tomar um banho, saí do chuveiro e me sequei, coloquei uma bermuda preta e uma camiseta branca da Lacoste e coloquei minha havaiana branca.

Passei um perfume e coloquei minhas correntes. Desci as escadas e me deparei com uma cena maravilhosa. Ayla estava escutando música no celular novo que dei pra ela, ela se remexia de um lado para o outro enquanto mexia o ovo na frigideira.

Olhei para seu corpo e ela estava usando uma calça de moletom preta e uma camiseta branca soltinha, seu cabelo estava amarrado em um coque alto.

Me aproximei da cozinha e me inclinei sobre o balcão e fiquei olhando pra ela. Quando ia dar bom dia, ela se virou e soltou um grito de susto.

— William, que susto, bom dia. — ela diz colocando a mão no peito.

— Foi mal pequena, já ia te dar bom dia, mas você estava tão animada aí. — Imitei ela dançando.

— Ai que vergonha, pode parar, esse horário você ainda tá dormindo, porque desceu cedo hoje em? Pra me matar de vergonha ? — ela cruza os braços e faz biquinho.

Dou uma gargalhada com a cara que ela faz e me aproximo dela.

— Não precisa ter vergonha, muitas pessoas parecem uma lagartixa dançando. — Digo e ela fecha a cara e eu dou risada.

— Palhaço, vou deixar você sem café da manhã. — Ela diz e se vira pra pegar algo na bancada.

— Tudo bem, eu como lá no café da dona Márcia. — Digo e cruzo os braços.

— Tudo bem, vai lá, tenho certeza que o pessoal aqui vai adorar comer a sua parte de panquecas. — Ela me olha e abre um sorrisinho.

— Você não faria isso comigo. — Olho incrédulo pra ela.

Ayla é a dona das melhores panquecas que já comi na minha vida, depois que eu falei que gostava, ela começou a fazer um dia sim e um dia não.

— Você me chamou de lagartixa, merecia mesmo ficar sem panquecas. — Ela diz rindo.

— Tá bom, desculpa senhorita Ayla. — Digo me curvando para ela.

— Seu besta. — Ela dá risada e me entrega um prato com uma torre de panquecas.

— Aaaah Ayla, eu amo suas panquecas. — Digo indo até a mesa para tomar café.

Perfeitas!

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Comments

Pedro Miguel

Pedro Miguel

DEMAIIÍIS Autora Agora Kd esse Rau???

2024-04-03

18

Kelly Sartorio

Kelly Sartorio

Bom demais

2024-04-30

3

Hellen Vitoria

Hellen Vitoria

aí estou amando essa história 😍

2024-04-18

1

Ver todos
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1 Capítulo Um
2 Capítulo Dois
3 Capítulo Três
4 Capítulo Quatro
5 Capítulo Cinco
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