Capítulo 8

— Eu dei um jeito de fazer a garota escapar, logo ela deve retornar com a polícia — Fala o Dr. David virando um pouco a cabeça em uma tentativa de ver o homem misterioso.

Vejo através da brecha o homem abrir um sorriso sarcástico, ele se afasta do tonel onde estava escondida e vai até o Dr. David.

— Então não temos muito tempo, não é mesmo? 

Ele estica a mão e um dos capangas o entrega, um bastão elétrico, enquanto isso o outro joga água sobre o Dr. David.

— Não adianta,  não tenho medo de você — Cospe no chão.

— É mesmo ? — fala em tom de deboche — Pois deveria ter.

Vejo o homem misterioso acionar o dispositivo e eletrocutar o Dr. David.

— A Fórmula, diga onde está! — Grita o homem.

— Vai a m#rd@!!! — grita em resposta Dr. David.

— Estou estou vendo que preciso ser mais enérgico…

Assim que ele termina de falar essas frase, um dos capangas entrega um martelo. Enquanto isso, o outro pegou a mão do Dr. E a colocou sobre uma mesa.

Inesperadamente e sem aviso, o homem acerta uma martelada violenta no dedo do Dr. David, que por sua vez grita de dor.

— Esse foi seu primeiro dedo quebrado Dr. Se acha que isso é dor… Você não sabe o que eu sou capaz… Meu chefe está contando comigo para levar a fórmula de volta e entregar aos clientes dele. Então você escolhe… Isso pode ser resolvido da maneira fácil e sem dor, ou da que eu mais gosto difícil, lento e doloroso — Fala o homem calmamente como se nada tivesse acontecendo.

— Vai ser do jeito que você gosta… Eu nunca entregarei a fórmula. Como pode ver eu destruí tudo, todas minhas pesquisas, a única coisa que restou da minha fórmula está na minha mente… E eu prefiro morrer ao invés de entregar aquela marionete idiota do seu chefe!

— Vamos ver… Será que você tem certeza do que diz.

O Homem acerta uma Martelada na cabeça do Dr. David, fazendo ele apagar.

Um dos capangas verifica seu pulso, ele gesticula com a cabeça negativamente.

Uma lágrima no meu rosto brota ao ver essas cenas brutais.

— Você matou ele! — Grita um dos capangas com raiva.

— Tenha calma, ele não morreu ainda — O homem misterioso pega novamente o bastão elétrico e dá um choque elétrico violento no Dr. David, reanimando o mesmo — Bem vindo novamente Doutor, como foi sua experiência de pré morte?

Vejo que Dr. David, bastante ofegante machucado e sangrando. Quanto a mim não poderia fazer nada para interferir ou seria pega.

Foi cruel, mas passei quase quarenta minutos observando uma sensação de tortura cruel e sanguinária.

— Vamos, não adianta… Me mata logo, não terá o que você quer! — Falou Dr. David já cansado e com os dentes cheios de sangue.

— Joe… Esse pobre coitado vai morrer e não vai falar, à polícia logo vai chegar temos que eliminar ele e cair fora — Fala um dos capangas para o homem misterioso.

Vejo Joe olhar para o Dr. David com tom de desprezo, em seguida puxa do terno um maço  de cigarros, tira um e ascende. O homem começa a fumar e depois solta a fumaça pela sua boca.

— Tragam a gasolina.

Os homens então trazem um galão de gasolina e despejam sobre o corpo do Dr. David. Enquanto isso, Joe observava fumando tranquilamente.

Quando os capangas terminaram, ele tirou o cigarro da boca e o jogou sobre o corpo do Doutor, que rapidamente entrou em chamas. Posso ouvir com horror os gritos dele, tapei minha boca com mais força para que ninguém conseguisse me ouvir chorar.

Joe, observa o Dr. David se debatendo nas chamas, com um enorme sorriso de satisfação.

A seguir ele e seus companheiros, puxam suas pistolas e começam a atirar contra o homem em chamas, que era o golpe de misericórdia.

— Acabou o show, vamos embora — falou Joe para seus parceiros.

Os homens começam a sair do que tinha restado do laboratório, deixando para trás o corpo do Dr. David, em chamas, com sua pele em carne viva e sem vida.

— O chefe não vai gostar nada de saber que não voltamos com a fórmula — fala um dos capangas.

— Não se preocupe, eu tenho certeza que o chefe vai achar outro idiota para tentar recriar a fórmula — Responde Joe.

— Joe… Mas enquanto a garota?

— O que tem ela?

— Acho que ela pode ter visto a gente.

— Não se preocupe, a pobre coitada não deve saber de nada. Foi apenas o acaso, ela não é problema para nós… Provavelmente ela deve pensar que foi alguma coisa envolvendo briga de gangues… O que acontece praticamente todo santo dia nessa cidade.

Escuros os passos deles, estavam saindo da casa. Ou seja, agora eu poderia fugir, sem menores problemas.

Saí de dentro do tonel e fui até o corpo do Dr. David, que já estava cheirando a carne queimada. 

Eu estava com raiva e triste ao mesmo tempo, afinal ele passou por todas aquelas torturas, para proteger o seu sonho… O sonho que alguém, queria roubar e usar para o mal.

Após esse minuto de reflexão, resolvi subir para ir embora. Afinal estava tarde e meus pais devem estar preocupados.

Subo as escadas lentamente, até chegar à sala de estar e dar de cara com a porta da casa  aberta.

Estava prestes a sair, quando senti um forte puxão. Meu corpo colide com alguma coisa, depois uma mão cobre a minha boca.

— Eu sabia que você não tinha fugido, garota… — Fala Joe ao meu ouvido — O que que você  viu? 

Tento responder, mas como minha boca estava tampada o único som que saiu foi apenas resmungos sem sentido.

— Eu não posso deixar testemunhas, vai morrer aqui e agora! — Fala ele enquanto puxa sua arma da cintura.

Em um ato de desespero, mordi a mão dele com toda minha força, em seguida o empurrei e chutei suas partes baixas, fazendo ele cair ao chão.

Aproveitei a oportunidade e corri para fora da casa, peguei minha bicicleta e pedalei o mais rápido que podia para o mais longe possível.

(Narrador)

Joe se levanta do chão, ele olha para sua mão e vê as marcas da mordida de Annabeth. Imediatamente ele sente uma fúria incontrolável.

Sem perca de tempo, corre em direção a rua para achá-la. Sua vontade era de fazê-la pagar por aquela dolorosa mordida.

Mas ao perceber que já era tarde demais e que Annabeth tinha realmente fugido, ele sente sua fúria aumentar. Afinal, ninguém nunca tinha feito isso antes.

Joe queria vingança, mas como poderia conseguir já que a Anna tinha conseguido fugir sem deixar rastros? 

“Ou será que deixou?”

Voltado para o interior da casa, Joe se depara com o bilhete para o passeio da Escola da Annabeth, que aconteceria no dia seguinte. 

Ele pega o telefone e liga para um dos companheiros.

— Steve, achei a garota. Como imaginava ela estava escondida… Eu a peguei, mas ela conseguiu escapar — Ele olha para a marca de mordida em sua mão — Amanhã pela manhã, não quero que você perca tempo e me leve diretamente para o endereço a qual vou te mandar!

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