capítulo 14

Klaus,

Observo-a por um momento, e enfim ela me olha, mas não segura o olhar por muito tempo, e os desfilam para a mesa, e depois para a Kiara. Depois de recuperado, volto ao lugar onde elas estão, e me sento bem do lado da Maitê. Tenho que descobrir porque ela me rejeitou.

Kiara já está bêbada, mais uma taça, e tenho certeza que ela cai desmaiada na mesa. Mas, ela se levanta se segurando na mesa, e fala que vai ao banheiro. Maitê também se levanta, e flanajw ebai junto, mas eu seguro na sua mão, e peço para que ela não vá. Ela sorri, e mesmo desconfortável, ela se sente novamente.

— Desculpa, tá? Eu não devia ter tentado te beijar.

— Tudo bem, não aconteceu nada.

— Mas eu queria que tivesse acontecido, por que você fugiu?

Ela olha para a mesa sem me responder. Pego em seu queixo, e faço ela voltar a olhar para mim, conectando novamente nossos olhares.

— Não faça isso, por favor, eu não estou disponível. — Suas palavras me cortam no meio, como ela não está disponível?

— Não estamos falando de casamento, é algo casual, momentâneo, sabe?

— Eu não posso, quero ir embora. — Ela afasta a minha mão e se levanta. Kiara aparece e ela chama para irmos embora. Saímos os três juntos, mas a Kiara apoiada na Maitê.

Ao chegarmos do lado de fora, ercebendo que Kiara não está em condições de subir na moto, muito menos de pilotá-la. Então tomo uma decisão rápida. Pego meu celular e ligo para um dos meus soldados de confiança, pedindo que ele traga mais dois para nos ajudar. É evidente que nenhuma das duas pode sair daqui pilotando. Maitê até tá boazinha, mas não em condições de pilotar.

Em alguns minutos, o segurança chega com os outros dois que eu mandei vir. Cada um sobe em uma moto, e eu coloco as duas dentro do carro. Kiara está feliz de mais, a bebida deixa ela bem alegre, mas também fala cada besteira.

— Eu vi vocês dois, acho que fazem um casal perfeito, e vão se casar primeiro que eu.

— Não diga besteira Kiara, eu não vou me casar. — Maitê fala, e eu franzo a sobrancelha olhando para ela. Ela me olha por um momento, mas desfia o olhar rapidamente.

Percebo que Maitê coloca uma expressão de culpa em seu rosto. Fico intrigado com essa emoção, pois não consigo entender o motivo dela se sentir culpada, especialmente considerando que seu namorado está morto e nada aconteceu entre nós dois, pois ela não quis, é claro, se fosse por mim, a levaria para o meu apartamento agora mesmo.

Enquanto o carro se afasta, eu subo na minha moto, e sigo o carro. Ainda fazendo o papel de segurança das duas, que pareciam duas adolescentes naquela boate.

Assim que chegamos em casa, abro a porta e uma está dormindo em cima da outra. Respiro fundo e pego primeiro Kiara no colo, levando-a para o seu quarto.

Volto ao carro e pego Maitê, ela tem o mesmo peso que Kiara, não pesa quase nada, mas o seu perfume é diferente de tudo que eu já senti na minha vida, é um perfume que nos convida a sentir mais.

Vou carregando-a no colo, e cheirando seu pescoço, me embriagando nele. Abro a porta do seu quarto e, quando a deito na cama e vou sair, ela fala.

— Fica aqui comigo, Léo... — Léo, então esse é o nome do namorado dela. — Por favor, não me deixe sozinha de novo, está sendo horrível ficar sem você, fica aqui comigo.

Em meio à sua embriaguez e alucinação, implora para que eu fique ao seu lado. Seu pedido é carregado de dor e solidão, revelando o vazio que a ausência de Léo deixou em sua vida. O nome dele ecoa em minha mente, ela realmente o ama muito, e esse sentimento é difícil de ser esquecido.

Sei que não deveria ceder a esse desejo, pois ela não está em seu estado normal. No entanto, a força com que ela agarra minha mão é tão intensa que não consigo resistir.

Deito-me ao lado dela, e Maitê se vira de costas para mim, e segura uma das minhas mãos, fazendo eu me abraçar ela em um abraço protetor. Nossos corpos se encaixam na posição de conchinha, criando uma sensação de intimidade entre nós dois.

Sinto o perfume dos seus cabelos, um aroma doce e intenso, que preenche meus sentidos. Enquanto ela adormece, aprofundo mais meu rosto em seus cabelos, inalando o máximo, pois essa pode até ser a última vez que ela permite está tão perto dela. E com seu doce aroma, acabo dormindo também.

Acordo com as mãos dela passando pelo meu braço, acariciando ele bem delicadamente. Mas acho que ela não sabe que sou eu, pois ainda não se virou.

— Bom dia, Maitê! — Falo bem no seu ouvido, como um sussurro, e quando ela ouve a minha voz, ela para de acariciar meu braço e se vira com tudo. Seus olhos arregalam, e eu apenas lhe dou um sorriso.

— Po...po... por que você está aqui?

— Porque você mandou, você me chamou, não lembra?

— Nã... não, saia daqui, ou eu vou quebrar sua cara. — Começo a gargalhar, uma formiguinha dessa jamais faria cócegas em mim. Mas ela se irrita, e eu vejo a mão dela vindo em direção ao meu olho, e eu seguro no ar.

— Está louca? Para bater na minha cara, tem que ser minha mãe ou meu pai.

Ela fecha a cara e me empurra com os pés, fazendo com que eu caia no chão. Me levanto com raiva, no puro ódio dela, e a encaro com raiva, enquanto ela me devolve o mesmo olhar. Ela se levanta e fica do outro lado da cama, e a tensão entre nós dois é tão grande que parece até que estão saindo faíscas dos nossos olhos.

Alguém bate na porta e entra, não vejo quem é, apenas a silhueta ao lado dela. Mas reconheço a voz da minha mãe assim que ela fala.

— Vocês dormiram juntos?

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Marcia Cristina Carneiro

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