Capítulo 2

Clara,

Ele sorri, mas consigo perceber que minhas palavras feriram seu ego. Esse cara se acha o gostosão, o melhor de todos. É verdade que ele é bonito, não posso negar, estaria até mentindo se o fizesse, mas não é tudo isso também. Meu Leuzinho era muito mais lindo que ele.

Ele se ajeita na cadeira e, com um gesto de mão, ordena que meu adversário se levante, afirmando que será uma partida de gigantes. Coitado, ele realmente acredita que vou perder para ele. Em seguida, ele instrui o cara a embaralhar as cartas com vigor, como se estivesse tentando intimidar. Eu, como uma boa moça, lhe dou um sorriso de desafio, e ele percebe, me devolvendo o mesmo sorriso.

A adrenalina começa a pulsar em meu corpo enquanto observo a cena se desenrolar. Meu coração bate mais rápido, ansiosa para mostrar a esse metido quem realmente manda. A confiança se acende dentro de mim, alimentada pela determinação de provar que sou superior a ele.

— Poderia levantar as mangas da sua camisa? — Sei que dono de cassino tem suas manhã para fazer os apostadores perderem, mas comigo aqui não vai rolar, sou muito atenta a tudo.

— Quer ver se o meu braço é grosso, princesa?

— Não, apenas me assegurando de que você não vai me roubar, escondendo cartas dentro delas. Sabe, pura precaução.

Ele solta um sorriso sem graça e eu não consigo evitar devolver o sorriso, carregado de ironia. Ele levanta as mangas da camisa, como se estivesse fazendo charme para mim, e eu conto mentalmente até dez para não rir na cara dele. Suas tentativas de me impressionar são tão... bestas.

Com um sorriso provocante, lhe dou um olhar desafiador, deixando claro que não vou me deixar intimidar, enquanto me preparo para a partida. O cassino parece pequeno para nós dois, pois tudo ao nosso redor parece estar carregado de tensão, mas eu mantenho a calma. Afinal, eu sou uma profissional nesse jogo. Anos de prática e experiência me tornaram uma adversária da altura desse idiota.

Observo atentamente cada movimento dele enquanto o mesário embaralha as cartas. Meus olhos captam cada gesto, cada detalhe, em busca de qualquer sinal que possa me dar uma vantagem. Minhas mãos estão firmes, prontas para lidar com qualquer roubo dele.

A sala parece silenciosa, como se o mundo inteiro estivesse esperando para ver quem sairá vitorioso dessa batalha. Eu respiro fundo, focada. Não há espaço para erros. A partida está prestes a começar, e eu estou pronta para fazer ele beijar os meus pés, ou chorar depois de perder.

As cartas são distribuídas e o jogo começa. Klaus e eu nos encaramos, cada um tentando ler o outro, mas nossos rostos são máscaras de indiferença. Meus olhos se fixam nos dele, um azul profundo e intenso. Ele é atraente, admito, mas não vou deixar isso me distrair.

A cada rodada, a aposta aumenta e a tensão cresce. Eu mantenho a minha postura confiante, mesmo quando as cartas não estão a meu favor. Klaus parece igualmente indiferente, sem expressão nenhuma, o que só torna o jogo mais excitante.

Em um movimento audacioso, Klaus aumenta a aposta, colocando uma quantidade considerável de fichas no centro da mesa. Ele me olha me desafiando a igualar a aposta. Eu olho para as minhas cartas, uma mão decente, mas nada garantido. No entanto, decido arriscar.

Igualo a aposta, colocando o mesmo número de fichas no centro da mesa. O olhar de Klaus se intensifica, mas ele não diz nada. O silêncio é quase ensurdecedor enquanto esperamos o dealer revelar as próximas cartas.

Quando as cartas são reveladas, eu mal consigo conter um sorriso. A sorte estava do meu lado, e eu tinha a melhor mão. Olho para Klaus, que parece surpreso, mas aceita a derrota com graça.

— Parece que você ganhou, senhorita — ele diz, com um sorriso irônico.

— Parece que sim, senhor, como eu disse, sou boa nisso, não é sorte, é jogo, e hoje parece que a banca não venceu o jogador. — Respondo, recolhendo as fichas. A vitória é doce, mas a noite ainda é jove. — Ainda acha que eu estou roubando o seu cassino?

— Não, acredito que seja o seu dia de sorte. Posso saber o nome da dama que ganhou de mim no pôquer? — Ele pergunta, com um sorriso confiante nos lábios e um olhar cheio de curiosidade, com um brilho de desafio em seus olhos.

Eu retribuo o sorriso, saboreando a sensação de ter despertado sua curiosidade, já que era isso mesmo que eu queria. Então, continuo com o Mei joguinho.

— Eu tenho vários nomes pelo mundo afora, pode escolher um apelido que acha que combina comigo — Respondo, mantendo um tom sensual.

Seu sorriso se desvanece ligeiramente, revelando uma ponta de frustração. Ele claramente não gostou da minha resposta, afinal, não me identifiquei. É claro que, ao sair de casa, trouxe comigo meus documentos falsos, criando um perfil fictício nas redes sociais. Mas até ele descobrir essa farsa, já estarei de volta a Roma, com todas as provas necessárias para prende-lo por muito tempo na prisão.

— Deixa eu ver... A dama misteriosa da noite. — Ele murmura, tentando encontrar um apelido adequado para mim.

— Se esforce mais, querido. Esse apelido já me acompanha em Nova York — respondo, com um sorriso provocador nos lábios.

Ele solta um suspiro, misturando-se com um sorriso no final. Antes que ele possa dizer mais alguma coisa, seus olhos se desviam para trás de mim. Curiosa, viro-me para ver o que chamou sua atenção, ao ponto de deixar nosso momento para lá.

Olho de volta para ele, vendo sua expressão séria, mas quando seus olhos encontram os meus, um sorriso brinca em seus lábios. Ele pede licença e se levanta, deixando-me sozinha naquela mesa de pôquer.

Droga, logo agora que eu estava me divertindo, ele resolve sair. Mas não posso deixar ele escapar, tenho que ser astuta mais precisa, eu tenho que dá um jeito de encontrar logo tudo, e voltar pra mima casa. Vamos lá Klaus Carrillo Monserrat, colabora comigo para ficarmos um longe do outro o mais rápido possível.

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Comments

Rayane isolina

Rayane isolina

e dama misteriosa vc vai ter que ser forte pra resistir hein 🤣🤣🤣🤣🤣🤣

2024-02-13

90

Mirella

Mirella

Tô agarrada nessa história

2024-04-28

0

Marcia Cristina Carneiro

Marcia Cristina Carneiro

Então Belmonte não deixa ó peixe escapar

2024-04-28

0

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