Capítulo 13

Klaus,

Desço as escadas com rapidez, e me aproximo do cara que ameaça Maitê. No momento exato em que me aproximo, vejo o golpe certeiro que ela dá nele, uma joelhada direta no saco do abusado. O homem se curva de dor, mas, em um ato de desespero, ergue a mão para bater nela.

Seguro na sua mão com força, e ele olha para mim. Firmo meu olhar no dele, mostrando que não se brinca comigo, e nem com que está comigo.

— Se você tem algum amor pela sua vida, é melhor não tentar nada. Saia desta boate agora e nunca mais ponha os pés aqui. — O cara, atordoado e com medo, tenta justificar suas ações.

— Foi ela quem me chamou para dançar, essa mulher é louca! — Minha expressão se torna ainda mais sombria, enquanto respondo com uma voz carregada de autoridade.

— E eu sou muito mais louco do que ela, e se não sair imediatamente, terá uma conversa com o capeta. — Para reforçar minha mensagem, levanto a minha blusa, revelando a arma em minha cintura.

Ele olha para trás, com um olhar ameaçador para ela, será que ele não está me levando a sério? Para que ele entenda o meu recado, torço seu braço para trás. Sinto os ossos se quebrarem, só não escuto o barulhos de creck, porque o som da boate está muito alto, mas mesmo assim, imagino o som.

Ele cai de joelho, com cara de dor, e pede para que eu o solte. Ele coloca a outra mão para aliviar, mas eu não afrouxo, rolo contrário, eu torço mais forte.

Olho para Maitê, e vejo ela olhando para ele com um brilho de satisfação no olhar. É como se ela estivesse gostando de ver eu machucando o cara. Seus olhos sobem para os meus, e ela sorrir. Devolvo o sorriso, e compartilhamos esse momento, como se fosse só nosso, enquanto o cara se contorce no chão.

De repente, uma mão toca em meus ombros, pedindo que eu solte ele. Desvio o olhar de Maitê e me deparo com a visão do homem desacordado no chão. Que cara mais frouxo, não aquentou uns ossos quebrados, mas queria bater nela, irônico né? É aquele ditado, gosta de bater, mas não gosta de apanhar. Mas minha teoria é, se gosta de bater, tem que amar apanhar também, afinal, devemos fazer aquilo que gostamos.

Volto a olhar para ela, e ela está de olho nele, não com um olhar de medo, mas parece que ela gostou disso. Quem é essa mulher, meu Deus?

— Obrigada, senhor Carrillo. — Ela fala e eu olho para ela, ela sorri em agradecimento, e eu retribuo o sorriso.

— Solte-o, senhor. — O cara pede mais uma vez, então eu o solto, e ele é socorrido pelos seguranças da boate.

— Não deveria dançar com desconhecidos, não sabe quais são suas intenções.

— Eu não conheço ninguém aqui, só não sabia que ele era um pervertido. Mas você... você eu conheço, pelo menos o seu nome. Quer dançar comigo?

Sua mão se estende em minha direção, um convite claro e sedutor. Sem hesitar, aceito sua oferta, permitindo que ela me guie na dança. Num movimento rápido, puxo seu corpo para colar-se ao meu, criando uma maior intimidade, e mostrando para ela, que não adianta querer fugir, o mafioso a prenderá em seus braços.

Ela solta um suspiro de surpresa, acompanhado de um sorriso. Enquanto dançamos, nossos olhares se encontram e se prendem um ao outro. É como se o tempo parasse ao nosso redor, e somente nós existíssemos naquele momento. Cada movimento, cada respiração é uma expressão de conexão e desejo mútuo. A música alta e a agitação da boate se tornam um mero pano de fundo, enquanto nos entregamos à magia do olhar.

É uma sensação arrebatadora, como se estivéssemos mergulhando em um abismo de emoções e sensações. O calor dos corpos, a eletricidade no ar, tudo contribui para a intensidade desse momento único. É uma dança que transcende os limites físicos, uma dança que nos permite mergulhar nas profundezas da conexão humana.

Aliso a parte da suas costas que estão se fora por causa do vestido. Vejo ela fechando os olhos e suspirando com o meu toque. Ela volta a abrir e sorri. Suas mãos sobem para o meu pescoço, ela fica passando a ponta das unhas, e meu corpo todo arrepia. Droga, eu tenho que ter esse mulher na minha cama, nem que seja um dia.

Percebo o quanto ela é linda de perto, minha respiração até falha com essa aproximação. Ela umedece os lábios com a língua, e eu acompanho cada detalhe, enquanto dançamos bem coladinhos, uma música que eu nem sei qual é.

Inclino sutilmente meu rosto em direção aos lábios dela, sentindo o desejo de sentir o gosto dos seus lábios. E antes que os nossos narizes se tocam suavemente, interrompendo o movimento. Meu corpo inteiro está trêmulo de antecipação, ansiando por aquele beijo mais do que tudo nessa vida.

Então, me aproximo mais e quando os nossos lábios se tocam, ela se afasta, sem dizer uma palavra, mas com um sorriso fraco nos lábios. Meu coração dispara, ela me deixou frustado com isso, não sei porque mesmo ela querendo o beijo tanto quando eu, recusou dessa forma. Ela sai da pista de dança, deixando-me ali, com um turbilhão de emoções dançando dentro de mim.

Para acalmar minha mente agitada, fecho os olhos e respiro profundamente várias vezes. Cada inspiração e expiração é uma tentativa de recuperar o controle sobre minhas emoções. Aos poucos, meu corpo volta ao normal, mas a sensação do quase-beijo ainda ecoa em minha mente.

Eu sonhei com esse beijo, mas parece que só no sonho eu vou conseguir realizar, ou isso é um jogo de sedução dela, por saber que nós homens gostando mais do que não podemos ter, ou é por causa do seu namorado.

Abro os meus olhos, e vejo ela se sentando ao lado da Kiara. Ela nem olha aqui para baixo, ela apenas vira a taça de bebida de uma vez. Hum, então eu também causei um efeito nela. Ela só precisa dizer que sim, e deixar eu me aproximar para que ela conheça o paraíso...

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***