Capítulo 17

Klaus,

Sigo pelas ruas de Madri, com a mente repleta de pensamentos sombrios. Como eles teve a coragem de atacar a minha mãe? Logo a minha rainha? É um abuso muito grande da parte deles, e isso só me prova que eles estão pedindo pra morrer rapidamente. A raiva queima em meu peito, e a sede de vingança pulsa em minhas veias.

Chego à sede da máfia, um prédio que serve como nosso quartel-general. O ambiente já é tenso por si só, e com a minha presença querendo matar um, fica mais carregado ainda. Os homens se movimentam rapidamente ao meu redor. Sem perder tempo, convoco uma reunião de emergência na minha sala particular. Quero toda a mafia diante de mim, para que todos entram em ação.

— Quero que me escutem atentamente! — minha voz ecoa pela sala, impondo respeito e temor, e quando eu falo assim, eles já sabem que é coisa grave. — Minha mãe foi alvo de um atentado. Quero cada detalhe, cada nome, cada rosto envolvido nisso. Não descansaremos até que todos paguem por isso. Tenho certeza que vem da organização dos traficantes de mulheres, peguei um deles esses dias, e quero pegar mais, quero mandar até o último homem por inferno.

Os olhares dos meus homens se enchem de preocupação. Eles sabem que não há espaço para falhas ou hesitação quando se trata da minha família, principalmente se envolver a minha mãe e a minha irmã. Ordeno que fechemos os aeroportos e todas as saídas da cidade. Cada pedacinho de cada canto, ordeno meus homens cercarem, ninguém sai e ninguém entra até a minha ordem.

Os hackers já começando a trabalhar no sistema, e os meus soldados começam a fazer seus trabalhos. Começam a varredura pela cidade. Cada canto, cada rua, cada esconderijo é minuciosamente investigado. Não deixaremos pedra sobre pedra até encontrarmos os responsáveis por esse ato covarde.

Saio também, coloco a minha mão na arma e vou em busca desses miseráveis. Mando o rádio para o delegado local para não mandar viaturas para as ruas, pois a coisa vai ficar feia. Fiz um blackout em Madri.

Cada carro é verificado, e só passa depois de ser certificado que não tem envolvimento nenhum com a organização. Esse trabalho levou o dia todo, mas conseguimos pegar os caras do carro, já que a Maitê ajudou dando a placa.

— Vamos levar eles para o cassino senhor?

— Não, vamos levar eles para a sede da máfia, o quartinho de lá é mais aconchegante para eles.

Quando eu digo aconchegante, quero dizer que ali nunca foi limpo, não tem banheiro, então fezes e urinas estão espalhados por toda a parte dos antigos "moradores". Fora os insetos que habitam ali, o que deixa o ambiente mais aconchegante para esses vermes que inventaram de entrar no meu caminho.

Assim que eles são colocados na cela, eu ligo a luz no máximo. Eles olham para todos os lados, procurando por uma brecha, mas mesmo que encontrem, não iriam muito longe, já que aqui é cercado por homens 24hs por dia.

— Caros coleguinhas de cela, espero que a sua vida seja a pior daqui para frente, pois o destino de vocês já está reservado para o inferno. Aqui, vocês passaram três dias em confinamento, para ver quem é o mais forte de todos vocês. Poderia matar vocês agora mesmo, porém, sou um homem do coração nobre. Como vocês cinco tentaram matar a minha mãe, assim vou tentar matar vocês, vamos participar de um jogo, onde vocês são as peças do tabuleiro.

A porta se abre e meus homens começam a entrar, eu paro de falar para ver eles se aconchegando para verem também a cena.

— Bom, continuando. Vocês estão pisando em suas próprias comidas, esses três dias que você ficaram aí, somente será dado uma garrafa de água, uma só para vocês cinco, mas a alimentação será por conta de vocês. No final do terceiro dia, só poderá sobreviver um homem, e esse que sobreviver, eu vou dar a liberdade, porém, se sobrar dois ou mais, todos vão morrer da forma mais cruel que se possa imaginar. E posso garantir que vocês vão me implorar para morrer. Estou dando a chance de um de vocês sobreviver, então, que comecem o jogo, e boa sorte para os cincos.

Assim como eu havia ordenado, os meus soldados ficaram de sobreaviso. Eles só poderem ganhar uma garrafa de água por dia, e sem nenhuma comida. Eles não podem nos ver por causa do vidro fumê, mas é só apertar um botão, que a salinha fica visível para eles.

— Quando forem almoçar, vocês liberam a visão daqui da sala, vamos mexer com o psicológico deles antes de mandarmos para o capeta. Deixe eles se matarem, se comerem, se perguntar por mim, diga que eu não voltei ainda. O último que sobrevive, da a última garrafa de água, e pode dar um tiro na cabeça. Se der eu venho aqui para ver como estão indo. Vou no hospital ver como está a minha mãe, qualquer novidade me liguem.

Eles respondem sim senhor juntos, e eu sigo para o hospital da máfia. Assim que chego pergunto da minha mãe, e o médico me leva até o quarto dela.

— Não foi nada grave, fizermos todos os exames para garantir que não ouve nenhuma lesão, mas o corte foi superficial, ela já está acordada e conversando com a sua irmã.

Assim que ele abre a porta, vejo as duas se conversinhas, mas desviam do assunto ao me verem. Mas posso garantir que ouvir o meu nome e o nome da Maitê.

— Que bom que veio filho, cadê a Maitê?

— Deixei ela em casa, e fui em busca dos que atentaram contra a sua vida.

— Eu queria ver ela, para saber se está bem.

— Ela está ótima, sabia que ela sabe atirar? Ela matou os caras que se aproximaram de vocês, e pude ver que ela deu só um tiro certeiro em cada um.

— Quem bom, ela parece ser uma boa pessoa não é Klaus? — Minha irmã fala, e eu fico desconfiado do que elas duas estão tramando.

Me aproximo mais dela, e lhe dou um beijo em sua testa, onde não está machucado. Ela segura na minha mãe, e com um sorriso nos lábios ela me pergunta:

— Filho, não acha que está na hora de você se casar, e me dar netinhos?

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