Ciúme

As paredes rosa pastel do lugar eram mais  requintadas que só o mármore branco ao qual estava acostumada, mas pareciam sufocar agora. Havia alguns acabamentos dourados e uma pintura do teto retratando a Serpente do mar de sangue. Tinha tudo para ser medonho, mas Lisa notou que tinha muito bom gosto e muita delicadeza quem pintou o teto e passou boa parte dos minutos lunares de tolerância que Vernir a pediu admirando.

— Você é lindo. Quem é o seu mestre vampiro? — Sondou a dama vampira, lambendo os lábios e tocando no braço de Lisa, que devido ao treino e a boa alimentação estavam ficando mais fortes.  — Ou você é um soldado do exército humano do Império? Eu vou pedir ao meu pai para me casar com você agora que o príncipe se casou com a princesa humana  e o tratado vermelho permite casamento entre humanos e vampiros como a cidade livre: Iliais.

As bochechas de Lisa ganharam cor. Soldado do exército humano do Império?

Lisa agora entendia que era  misericórdia de seu sogro admirável, que nas guerras, apesar de alguns vampiros lutarem sim, inclusive os da monarquia para mostrar serviço, o exército humano do Império de Sangria predominava. Notou que foi a forma do Imperador fazer a luta soar mais justa, agora que conseguiu entender um pouco de como Adramelec pensa.

Porque antes achou que usar humanos na guerra era só para que  sangue vampiro não fosse derramado sem razão, mas agora percebeu que o Império ter um exército humano, era um ato de benevolência e também gerava empregos para a população humana  já que soldados humanos tinham suas próprias casas na cidade e alguns até mansões dependendo do posto. Por lutarem pelos vampiros, eles  tinham respeito também. Foi uma ideia genial a de seu sogro. Mesmo que os humanos de Thorn tivessem como vantagem os dragões, o Imperador foi muito bondoso nas guerras e nunca usou a vantagem dos abençoados pelas sombras como deveria.

— Eu sou… — Ia dizer Lisa.

— Ela é minha mulher. — Falou Dante, surgindo no espaço das damas e sorrindo para as moças nobres.

Ele sempre sabia onde Lisa estava, parecia um sexto sentido. Não era por usar seus sentidos mais aprimorados, era simplesmente uma ligação e não era o sangue pulsando um no outro. Dante sentia que ela era um pedaço seu e como um pedaço seu, ele sempre seguia cegamente e ia parar onde ela estava.

Lisa se irritou com o sorrisinho dele para as damas vampiras. Ela cruzou os braços e apenas o ignorou, soltando um som de desdém.  Ele tirou a mão da moça vampira de Lisa, como se a mão da dama fosse merda.

— Ah. Desculpe, alteza… — A menina vampira disse assustada e tocou a mão dele e a beijou como forma de cumprimento da monarquia. Lisa notou que o pedido de desculpas falso se dirigia a Dante e não a ela.

Lisa avaliou a vampira vadia com ódio ao notar que ela tocou a mão dele e a beijou. Antes que pensasse, ela  empurrou  Artemísia para longe dele, sem medo e sacou a espada e levou a garganta da vampira num movimento rápido para um humano e que a vampira mesmo tendo vantagem não pode impedir.

— Eu matei os de sua raça na guerra sem nem piscar. Não toque no que é meu ou eu corto sua cabeça e dou seu corpo para meu dragão devorar, entendeu ou quer que eu desenhe com o sangue roubado da minha raça que corre no seu corpo nesse carpete?  — Rosnou Lisa, furiosa.

Dante estremeceu. Ele já sabia, mesmo assim, o coração com poucas batidas dele pulsou por ela. Assim como o dragão dela parecia meigo e adorável sendo paparicado,  quando alguém invadia o espaço deles tendo uma intenção ruim, eles agiam e mostravam a ferocidade de quem eram e a brutalidade nata dos sobreviventes de abusos.

Dante engoliu em seco, pela defesa dela. Ele apenas a fez abaixar o braço, com a espada e beijou o rosto bonito e elegante de Lisa, para contê-la.

Ela parecia um lindo guarda costas Imperial humano, aqueles bonitos com quem ele sempre teve vontade de trepar e dominar.  Ele lambeu os lábios, a admirando. Queria foder com ela, como fantasiava fazer com os guardas reais humanos e depois foder com ela simplesmente para aplacar a fome que tinha dela.

Dante mirou a dama vampira que o mirava como se o dissesse sem palavras “ tome alguma  providência, eu sou uma nobre e essa maldita apontou uma espada para mim.

— Eu sei que ela é linda, queridas damas.  Mas essa humana em específico  é toda minha. Meu sangue e minhas sombras correm dentro dela.   Não é certo encostar em alguém só porque o achou bonito Artemisia. E no caso daquela que você achou ser ele, ela  é casada com o príncipe herdeiro, então, vampirinhas  vamos deixar minha linda esposa, princesa desse império, em paz, certo, ou o financiamento que os pais e mães de vocês recebe do Império pode ser bem reduzido. — Respondeu o príncipe, culto, mas mordaz e maldoso.

Lisa não notou o perigo nas palavras dele, cega pela raiva que ele deixou a dama vampiro beijar a mão dele enquanto ela tinha que implorar por migalhas no quarto e adulá-lo como um homem faz com uma mulher que o desdenha e quem ele insiste em ter o afeto. Também furiosa porque ele tinha trauma de toques e mesmo assim a maldita o tocou e quis protegê-lo disso, uma esposa ciumenta que apontou uma espada para a garganta das nobres que o tocavam com certeza correria como notícia pelo palácio e impediram outras malditas de fazerem o mesmo.

O resto delas notaram a ameaça velada dele. O que ele tinha de bonito, tinha de frio e inalcançável. Elas preferiam o príncipe Marius que sabia como conversar, se portar como um vampiro macho e agradar a todas.

Lisa apenas tocou o rosto dele, com a mão esquerda, já que a direita ainda estava com a espada e o fez parar de falar com a menina e com as outras damas, ele viu a raiva pulsando nos olhos dela e também pela forma que ela crispava os lábios desdenhosa com a  presença da vampira. Dante notou a expressão fechada de Lisa e os olhos frios dela, enquanto ela apertava mais o punho da espada dela. O jeito que ela semicerrava os olhos e matava a vampira que o tocou com o olhar o inquietou.

— Eu sou seu. — Disse ele em alto e bom tom, tocou o rosto dela e deixou os olhos encontrarem os dela. — Todo seu. Só seu, nesses pedaços pontiagudos e afiados que só ferem, mas seu.

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Comments

Pamella Pampam

Pamella Pampam

Menina eu fiquei com a calcinha molhadaa com essa atitude dela e do jeito que ele respondeu. esses dois se completamente. só uma dúvida será que ela se previne ?? será que podemos esperar um baby mas a frente . esse baby vai ser d+

2024-03-28

6

Rosária 234 Fonseca

Rosária 234 Fonseca

gente me julguem mais eu gostei de como ela defendeu o que é dela e como ele respondeu a autura para lisa

2024-03-25

1

Ver todos
Capítulos
1 Prólogo
2 Casamento
3 Núpcias
4 A violência da primeira vez
5 Limites
6 Juntos
7 Nossos gostos sombrios
8 Compras
9 O imperador é mais benevolente do que pensei
10 Conversa entre mãe e filho
11 Irmãos
12 Como fogo e ar
13 Nossos primeiros elogios sinceros
14 Conhecendo um ao outro
15 Submissão
16 Sunlight e o voto perpétuo
17 Quem sou?
18 Ciúme
19 Como fazer as pazes...
20 Conversas tarde da noite sem lua( madrugada)
21 O retrato da moça igual a mim.
22 A lança de Millena
23 O passado
24 Não se pode viver na sombra de alguém
25 Dupla identidade
26 Damien
27 O monstro
28 A culpa não é sua
29 Teste
30 Vias sombrias
31 Um brinde
32 Sombras de um desejo
33 A profecia
34 Um doce pedido
35 Visão
36 Nós pertencemos um ao outro
37 Laços obscuros
38 A espada demoníaca de Damien
39 O x da questão
40 As palavras que se tornam verdade
41 Repercussões
42 Dançando com o diabo
43 Beijos que matam
44 Amor e redenção
45 Desejos imediatos
46 Laços perversos
47 Escolhas sombrias
48 O enlace entre luz e escuridão
49 As sombrias chamas do desejo
50 O amargo gosto do ciúme.
51 Um dragão em miniatura
52 A aprendiz da Imperatriz
53 A sutil prisão de amor
54 Três corações batendo como um só
55 O peso de um trono nos ombros de quem não queria ser imperador.
56 Reunião do comitê
57 Pedido
58 O inimigo do meu inimigo é meu amigo
59 Ovos de dragão
60 Quando éramos deuses
61 Tentado
62 O presidente de Iliais
63 A serpente
64 Pacto com o diabo
65 Quando o caos encontra o desespero
66 Nem tudo está perdido
67 Dança do eclipse
68 Lições do seu antigo eu
69 Um casamento é melhor que um funeral
70 Juramento
71 Presentes
72 Meu dragão e a sua serpente
73 A guerra era minha casa o caos meu lar
74 Obras de arte tornam o mundo um lugar melhor
75 Um coração conquistado e não roubado
76 A benção de meu pai
77 O despertar da serpente
78 Conversa entre um sogro e um genro
Capítulos

Atualizado até capítulo 78

1
Prólogo
2
Casamento
3
Núpcias
4
A violência da primeira vez
5
Limites
6
Juntos
7
Nossos gostos sombrios
8
Compras
9
O imperador é mais benevolente do que pensei
10
Conversa entre mãe e filho
11
Irmãos
12
Como fogo e ar
13
Nossos primeiros elogios sinceros
14
Conhecendo um ao outro
15
Submissão
16
Sunlight e o voto perpétuo
17
Quem sou?
18
Ciúme
19
Como fazer as pazes...
20
Conversas tarde da noite sem lua( madrugada)
21
O retrato da moça igual a mim.
22
A lança de Millena
23
O passado
24
Não se pode viver na sombra de alguém
25
Dupla identidade
26
Damien
27
O monstro
28
A culpa não é sua
29
Teste
30
Vias sombrias
31
Um brinde
32
Sombras de um desejo
33
A profecia
34
Um doce pedido
35
Visão
36
Nós pertencemos um ao outro
37
Laços obscuros
38
A espada demoníaca de Damien
39
O x da questão
40
As palavras que se tornam verdade
41
Repercussões
42
Dançando com o diabo
43
Beijos que matam
44
Amor e redenção
45
Desejos imediatos
46
Laços perversos
47
Escolhas sombrias
48
O enlace entre luz e escuridão
49
As sombrias chamas do desejo
50
O amargo gosto do ciúme.
51
Um dragão em miniatura
52
A aprendiz da Imperatriz
53
A sutil prisão de amor
54
Três corações batendo como um só
55
O peso de um trono nos ombros de quem não queria ser imperador.
56
Reunião do comitê
57
Pedido
58
O inimigo do meu inimigo é meu amigo
59
Ovos de dragão
60
Quando éramos deuses
61
Tentado
62
O presidente de Iliais
63
A serpente
64
Pacto com o diabo
65
Quando o caos encontra o desespero
66
Nem tudo está perdido
67
Dança do eclipse
68
Lições do seu antigo eu
69
Um casamento é melhor que um funeral
70
Juramento
71
Presentes
72
Meu dragão e a sua serpente
73
A guerra era minha casa o caos meu lar
74
Obras de arte tornam o mundo um lugar melhor
75
Um coração conquistado e não roubado
76
A benção de meu pai
77
O despertar da serpente
78
Conversa entre um sogro e um genro

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