Marius treinava os homens do exército com seu sabre, no pátio a céu aberto com calçamento de paralelepípedos, que ficou conhecido agora pela história pela chegada do dragão com a princesa humana de Thorn. Sutilmente, observou sua mãe adentrar o recinto e analisar o treinamento parecendo nostálgica o antigo posto que foi dela antes de se tornar Imperatriz.
Os seres reluziam fluorescentes contra a luz da lua no céu.
Marius mirou os vampiros. Gritou um:
— Soldados, descansar.
As posições de lutas foram desfeitas e as fileiras se tornaram um caos.
Marius caminhou até a mãe dele.
— Se quer seu posto de general de volta é só pedir ao meu pai. Não tem nada que ele te negue. — Caçoou Marius dela.
Vernir sorriu, abriu os braços o chamando para um abraço. Marius foi e se permitiu ser abraçado, mesmo que sua moral diminuísse perante o exército vampiresco quando sua mãe o fazia, nunca negou um abraço dela.
— Estive pensando que gostaria que você não fizesse observações maldosas sobre os gostos peculiares de seu irmão na presença de seu pai, filho. Por favor. Dante é uma criança que já foi muito machucada e ele pode entender seu senso de justiça e você tomar os escravos dele ao seu cuidado como competição...
— Mas é competição, mãe... — Respondeu Marius maldoso.
— Eu sei que não é. — Falou Vernir. — Sei que você tem o senso de cuidar do que considera mais fraco, sempre foi assim... sei que acolhe os escravos de seu irmão porque tem pena deles.
Dante que estava no parapeito analisando o exército, apenas focou seus olhos e sua audição nos dois, surpreso, por ser tópico de uma conversa entre eles.
Marius respirou fundo.
— Ele é monstruoso, mãe. Já o viu nas guerras? Arrancando cabeças, desmembrando humanos e se banhando e banqueteando em sangue... Aquela calma pomposa e mentirosa é só fachada. Mantém-se com aquela aparência pacífica, imaculada e feminina, inofensiva, mas o que os escravos me relatam de seus caprichos, o que eu já vi...
— Filho, não está implicando com ele apenas por que o casamento com a princesa de Thorn era para ser seu e não dele? — Indagou cuidadosa. — Eu percebo o jeito que olha para a esposa de seu irmão e me culpo por tê-la dado a ele e não a você. Foi com uma boa intenção, mas quando vejo a mágoa em seus olhos, me machuco.
Marius revirou os olhos verdes que herdou dela. Passou a mão pelo cabelo prateado curto, colocando a franja bagunçada pelo vento para trás.
— Se ela fosse minha esposa, não teria sido nunca espancada daquele modo. Só por isso a olho tanto. — Respondeu Marius amuado. — É só isso o que penso. Eu honraria o tratado tão especial que papai fez e ela é basicamente o próprio tratado de paz tomando forma para nós, não é? Como ele pode machucá-la daquela forma horrenda?
Vernir soltou uma risada, acariciou o rosto emburrado do filho.
— Nem tudo é o que parece. Seu irmão só escolhe escravos masculinos que aguentam os caprichos dele e gostam. Meu filhotinho está tão crescido. — Constatou Vernir amável. Acariciando o rosto acobreado de seu menino, melancólica.
Marius apenas encarou a mãe, repreensivo.
— Os outros podem escutar você. — Resmungou Marius, com um tom baixo e parecendo um tanto tímido. — Eles vão me chamar de novo de “ filhinho da mamãe” pelas costas.
Vernir riu o achando adorável. Dante sorriu abertamente, ainda sem ser notado.
— Desculpe essa sua velha mãe. Só saiba que mamãe te ama muito. Não provoque seu irmão. Não é sábio que crie inimizades com ele. Ele pode entender errado a sua simpatia pelos humanos que ele fere em seus caprichos. Devem se unir sempre, meu filho. — Respondeu Vernir e o beijou na testa. Os olhos de Dante se estreitaram, ele fixou as mãos no parapeito. — Ele é o seu irmão mais velho, — Comentou Vernir suave. — ele não admite, mas te ama muito. Antes de você, se sentia muito solitário. Meses antes de você nascer, quando você era só uma semente crescendo em meu ventre agora infértil, vivia correndo atrás de mim pedindo para tocar minha barriga para sentir seus chutes. Por sua mãe, respeite e ame o seu irmão.
— A senhora gosta mais dele do que de mim. É mais mãe dele do que minha. Dante isso, Dante aquilo... — Resmungou Marius emburrado.
Dante que os analisava, deu um meio sorriso, se divertindo.
Vernir sorriu pela acusação e pelos olhos ressentidos de sua cria, que eram da cor dos dela e única parte dele além da pele que herdou de Vernir.
— Ambos são meus amados filhos queridos e preciosos. Promete para mamãe, bebê amado, que vai proteger seu irmão quando seu pai e eu o dermos o trono e formos juntos para a terra dos Imortais?
Dante arregalou os olhos e ficaram vermelhos, uma lágrima de sangue escorreu e ele a limpou rápido.
— Nem precisa pedir isso. Prometo. — Garantiu Marius sério, pegando a mão da mãe e a beijando solene — Mas isso não quer dizer que vou protegê-lo com suas iniquidades e caprichos insanos. Alguém tem que controlar aquele louco.
— Claro. Não esperava que o fizesse, não seria você se não pontuasse o que acha injusto nas atitudes dele e mesmo que ele não admita, ele precisa de você para contê-lo quando necessário. Um imperador sempre precisa de sábios conselheiros como seu pai me tinha e tinha meu pai, antes de mim. — Pontuou Vernir. — Mas falo de lealdade suprema. Seu tio é uma cobra. A filha dele queria a posição de Lisandra Stoneheart como esposa de seu irmão. Seu irmão vai precisar de você, porque os outros do conselho o odeiam e preferem seu tio no trono a o príncipe deles.
Dante se atentou mais a conversa.
— Ah, nem precisa pedir isso. Nisso, eu sempre vou proteger o irmão e honrar o tratado que o pai fez com os humanos. — Respondeu Marius solene. — O tio vê os humanos como mero gado e ameaçaria tudo que papai construiu. Como papai disse, os humanos são criaturas magníficas e têm o fogo da criação dos deuses solares que nós perdemos, entendo, papai querer dar à sua forma liberdade e conforto a eles.
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Atualizado até capítulo 82
Comments
Pamella Pampam
Estou na dúvida quem será o outro ??
2024-03-28
2
Rosária 234 Fonseca
ele agora vai pensar bem o que faz eu espero
2024-03-25
2