O príncipe gozou fundo nela, tremendo e saiu de dentro dela, a estudando.
— Minha madrasta diz que eu deveria ser gentil com você…Vernir deve ter achado “ pobre moça inocente.”
— Não precisa, mestre. — Lisa conseguiu dizer. Apesar de não admitir ter gostado do toque doentio dele .
— Eu vou para o meu quarto agora. Tem umas coisas lá que podem te assustar, mas você quer vir comigo ou quer que eu te leve ao…
— É melhor dormimos juntos. — Disse Lisa se sentindo solitária depois de ser usada como uma prostituta.
Ethan sempre a expulsa do quarto. Ele nunca penetrou, mas a fazia fazer coisas piores. A aliviava, mas houve algumas vezes que disse não e mesmo assim ele continuou.
— Tanto faz, vem comigo então.
O príncipe assentiu com a cabeça e deu a mão a ela. Esse gesto dele inquietou Lisa. Aceitou a mão dele e se deixou ser guiada até a porta preta sinistra no fim do corredor vermelho com luzes azuladas.
Paredes vermelhas cor de sangue contrastando contra o branco imaculado do palácio. Demonstrando assim, parte da mente sádica repleta de caos do portador do quarto. Os móveis eram todos pretos, menos uma mesa de vidro com armação de mardeira vermelha repleta de instrumentos de tortura.
A cama de mogno com dossel, coberta com colcha vermelha e várias almofadas da mesma cor. O guarda-roupas inteiramente negro. As cômodas escuras. As mesas de cabeceira também em cores sombrias e que de tão polidas reluziam. A luz azul vinda de lâmpadas do teto, lâmpadas que eram no formato de um tubo cilíndrico.
Era um esquema de cores escuras e dominadoras, ainda mais acentuadas pelo azulado das lâmpadas de “blue neon”. Combinava com a mente dele, um príncipe sádico na cama e um genocida no campo de batalha, havia rumores até de que ele se banhava no sangue dos inimigos.
Lisa achou formidável que Vernir, a madrasta de Dante, a avisou sobre a suíte sombria do príncipe. Foi para Lisa uma atitude muito maternal e nobre da vampira. Ah, era mesmo de aquecer o coração aquela preocupação toda.
Lisa que estaria nua não fosse os restos dos seus vestido de casamento vermelho tapando sua intimidade, caminhou fascinada até à mesa de vidro cheia de chicotes, coleiras de ouro, apetrechos que pareciam falos para a penetração, algemas, uma espécie de espinha dorsal feita de couro, com algemas para as mãos, para os pés e uma coleira para a pessoa presa por aquilo se manter completamente quieta. Havia mordaças.
Ela lambeu os lábios e mordeu o lábio inferior. O príncipe mirou os seios dela, querendo tocá-los.
Aquilo iria assustá-la? Ah, por favor. Eles foram meio que adoráveis ao pensarem isso. Depravação sexual, espancamento visando o prazer, xingamentos para se ter uma sensação de poder e sadismo de punir e presentear seu parceiro…
Isso que o príncipe apreciava era só uma brincadeira de adultos bem divertida se considerasse que já foi espancada, xingada, humilhada, abusada, violentada e tudo de pior por mera maldade humana e não por um objetivo maior de satisfazer um mestre que a recompensaria depois, mas com o intuito de satisfazer um monstro impiedoso que a considerava indigna de montar Sunlight e queria ter o controle dela para controlar a maior dádiva conquistada dela com real mérito e sem escravidão das sombras que era Sunlight.
— Está com medo? — Questionou o príncipe, ansioso.
Lisa deixou os olhos escuros dela encontrarem os dourados do príncipe. Tantas coisas para serem ditas se passaram na mente dela.
— Sunlight é especial para mim…
— Acredite, para todos nós. Nosso Sunlight é o deleite do reino. Não viu como meu pai é louco por ele? — Argumentou o príncipe rindo.
“Nosso Sunlight.” Antigamente essa frase era dita por outra pessoa… essa mera frase a enfurecia. Lisa não gostava de dividir, mas algo no modo que ele disse a desarmou. Não com posse, mas carinho e respeito tão genuínos que eram palpáveis.
Lisa respirou fundo, ela limpou a lágrima que desceu dos olhos dela. Era verdade. Sunlight era alimentado três vezes a cada noite no Império: Um boi, dois carneiros e uma cabra a cada refeição. Os olhos dela se encheram de lágrimas por se lembrar que ele tinha que comer os restos de comida dos outros dragões e passava fome.
Lisa conteve as lágrimas que se formaram em seus olhos com a lembrança. Agora seu melhor amigo tinha tanta comida que poderia crescer e ser ainda mais majestoso e poderoso. Sunlight agora tinha um fosso todo para ele, não tinha mais que digladiar-se por um pedacinho de espaço junto aos outros dragões no fosso. Lisa respirou aliviada e com uma dor engasgada na garganta.
— É muito assustador… se quiser eu posso te acompanhar para o aposento de núpcias… — Falou o príncipe sondando a reação dela.
Lisa o estudou, chorando silenciosa pela lembrança de Sunlight passando fome. Se ele ao menos soubesse que o pesadelo dela era voltar à corte humana.
Ela cumpriria cada capricho perverso dele naquela brincadeira de adultos onde o jogo de suportar dor era o que a faria ganhar, com prazer, para Sunlight continuar a ser bem alimentado e tratado. Lisa nunca se considerou digna do dragão que tinha. Nunca até aquele momento em que notou que outros também enxergaram o tesouro maravilhoso que ele era. Se sentia culpada constantemente por não poder cuidar dele, como ele merecia e agora… agora, Sunlight, sua única pessoa e coisa preciosa, era a jóia de um Império. Foi assim que o Imperador se referiu ao dragão dela. Um tesouro Imperial.
Só de lembrar disso… O fascínio do Imperador pelo dragão. Dos príncipes. Das vampiras. Os olhos marejados dela se encontraram com os do príncipe querendo gritar
“ Obrigada por cuidarem e valorizarem tanto a única coisa e pessoa que me importa em todo esse maldito mundo, sim, ele pode ser nosso, se vocês o tratarem com o respeito que meu Sunlight merece. Eu paro de ser egoísta se vocês o valorizarem como eu o valorizo. Se o amarem como eu o amo. Por favor, o mimem como fazem e o encham de elogios. Ele gosta.”
— Esposa… você precisa me dizer o que se passa na sua mente, isso tudo pode parecer desumano, mas não suporto forçar alguém. Eu não vou forçar…
Desumano? Ele ao menos sabia o que realmente era ser desumano para alguém como ela que já havia visto o pior da humanidade?
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Atualizado até capítulo 82
Comments
Rosária 234 Fonseca
pelo menos ele parece querer não forçar a barra com ela isso é bom
2024-03-25
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