Nossos gostos sombrios

O príncipe engoliu em seco. Já havia notado que ela comia muito como se fosse a última refeição dela nos jantares ao longo dos dois dias que ela passou ali, antes de casarem. A analisou com inesperada piedade pulsando em seu coração.

— Sabe, os escravos humanos são bem tratados aqui. Tanto que quando lhes oferecemos liberdade, eles preferem ficar aqui do que voltar para Thorn. — O príncipe sondou levemente. — Nós temos que alimentá-los bem já que são nosso alimento, mas se os escravos são bem alimentados… a realeza é bem mais. Você é nossa princesa, eu sou o herdeiro de meu pai.

Os olhos de Lisa se encheram de lágrimas ao entender que ele basicamente dizia “ Não precisa ter medo de falar a coisa errada, independente, você nunca vai passar fome aqui.”

— Entendi. —  Respondeu Lisa com a voz embargada.

O príncipe tomou um suspiro.

— Vem, deixa eu te dar banho.  Vou te pegar no colo. Pode me tocar agora. — O príncipe deu permissão.

Lisa mordeu o próprio lábio inferior. Sentiu as mãos geladas dele em sua cintura, ele a deu impulso, Lisa pulou no colo dele e fechou as pernas finas ao redor da cintura do príncipe. Passou os braços pelo pescoço dele e acariciou os fios lisos e bonitos do príncipe que iam até os quadris dele, fascinada.

— Seu mestre é bonito? — Jogou o príncipe, sedutor,  gostando do fascínio dela por seu cabelo prateado que era algo comum para os vampiros da realeza.

— Sim, o mais lindo de todos… — Respondeu ela.

Sentiu a aspereza do membro do príncipe roçando contra seu estômago, mesmo contido pela calça que foi fechada depois de terem ficado no corredor. Lisa estremeceu querendo que ele a penetrasse de novo.

— Você quer o pau do seu mestre em você de novo, não quer?

Lisa ofegou.

— Mestre, se isso o agradar.

— Agrada muito.

Ele desabotoou a calça, masturbou seu membro, a colocou contra a porta que guiava ao banheiro do quarto dele, guiou a cabeça rosada até a intimidade cheia de flúidos e a penetrou sem aviso.

Lisa tremeu batendo a cabeça na porta, com a penetração e arqueando as costas em espasmos deliciosos pelo corpo.  Quis puxar o cabelo dele, morder o ombro dele, arranhar a pele dele e marcá-lo como dela, mas manteve as mãos quietas e não moveu-se até que ele pegou a mão dela e guiou até o peito ainda coberto pela camisa de linho irritante.

— Você é maravilhosa em meu jogo. Devo te presentear por ser uma boa menina e nunca me tocar sem permissão…

— Mestre, se o presentear me agrada…

— Ah porra… você sabe como me deixar louco.

O  príncipe tremeu se enfiando nela, de novo. Tirou o pênis de dentro dela a impedindo de chegar  ao ápice, se masturbou e quando gozou, passou o esperma de novo nos seios da menina, avaliando os seios dela melados com seu leite.

Depois levou os dedos melados a boca dela.

—  Chupe-os, linda.

Lisa abriu a boca e chupou os dedos grandes, mas finos dele, sensualmente. Ele os tirou e colocou enquanto ela passava a língua e os lambia.  As unhas pareciam vidro dele raspando contra a língua dela.

O príncipe fechou os dedos na garganta dela.

— Esposa, esposa…  pode ser perigoso se você se tornar meu bichinho de estimação preferido… Não garanto que sua pele, sua intimidade e seus seios gostosos vão continuar intactos… — Afirmou e lambeu a boca dela, soltando a garganta da menina e vendo suas marcas nela.  — Ahn… seu mestre está feliz.

— Vivo para agradar meu amado e mais lindo mestre que existe… — Falou Lisa.

Dante tapou a boca dela.

— Se continuar falando essas coisas, eu vou te foder a noite toda. Você é humana, ia desmaiar, mesmo se desmaiasse eu ia continuar metendo. Não me provoque assim…

— Mas mestre… — Ia protestar Lisa se divertindo do estado dele.

— Isso é uma ordem do seu mestre. — Afirmou ele e tapou a boca dela com a dele, num beijo ardente e voltou  a meter.

 Pela noite ser eterna em Evernight,  a medida do tempo era a lua. Logo,  quando a lua estava gigantesca no meio do céu não importava a fase, indicava que era o momento de se estar acordado e quando sumia completamente por oito horas ininterruptas queria dizer que era o momento de descanso. Não havia a fase lua nova em Evernight.

Na primeira refeição, depois de acordados quando a lua  que estava cheia voltou a surgir na noite, Lisa notou os olhares horrorizados em seu pescoço, seus pulsos e em todos os pedaços de pele que estavam visíveis com roxos, mordidas e chicotadas, sob a luz azulada que vinha dos lustres que preenchiam o salão de refeições brancos. Lisa notou que só o corredor que levava ao quarto de Dante e o quarto dele, tinham cores escuras por todo os locais que esteve no palácio. Interessante.

— Desculpe o meu irmão. Ele não sabe como tratar a própria esposa. — Marius disse isso a Lisa, horrorizado.

Marius era um vampiro bonitão, de cabelo prateado curto, os olhos verdes de Vernir e um tanto mais musculoso e masculino que Dante. Vestia elegantes trajes pretos e não túnicas femininas como o príncipe herdeiro.

Lisa sentiu uma aura assassina na mesa. Virou para a porta e notou Dante com sua pomposidade afeminada adentrando  lá. O imperador mirava Lisa com pena. Vernir, parecia neutra sobre a questão porque já devia saber que Lisa gostava da loucura do príncipe. Lisa supôs.

— O que um marido e sua esposa fazem dentro do quarto deles, não diz respeito aos outros da família, Marius. Cuida da sua própria vida.  — Jogou Dante, se irritando.

Lisa pensou que mesmo irritado ele mantinha um requinte discreto e frio muito elegante. Os olhos de Dante se encontraram com os de Lisa.

— Filho, acho que o que seu irmão quer dizer é que justamente por ela ser sua esposa, marcá-la de forma inapropriada não é prudente. —O  imperador tomou a palavra, concordando com Marius.

Vernir se manteve discreta sobre a questão e então mirou Lisa.

— Vossa alteza, gostaria de sair comigo para escolhermos alguns trajes ao seu gosto… Notei que só trouxe vestidos um pouco finos e logo o inverno está chegando.   — A vampira sugeriu encerrando o assunto tenso.

Lisa apenas assentiu com a cabeça cheia de gratidão. Estar vestida como uma prostituta lhe era incômodo, mas eram os únicos trajes de seu enxoval  cedido por Thorn, e foi sim com o propósito de humilhá-la.

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