| Quanto tempo leva?

...• Serena Miller...

Sempre me perguntei quanto tempo poderia levar para me apaixonar. Levou apenas algumas horas, alguns dias, e um homem intenso capaz de abalar cada estrutura minha apenas com um olhar.

Bruno Clark ocupava cada um dos meus pensamentos, era um vício perfeito. E quanto mais eu tentava não pensar, mais eu pensava.

Bastou ele surgir na sua moto, arrancando suspiros das mulheres que passavam, eu não as culpo, ele tem aquela pegada bad boy, está sempre perfumado, aquela jaqueta de couro preta, e a camisa social que ele usa aberta nos primeiros botões dando vista para seu peitoral másculo, é um belo combustível para pensamentos imorais.

— Serena?

Era a terceira vez que eu o via depois de tudo o que aconteceu. Em uma delas estava com a minha mãe.

— Você está me seguindo?

— O seu anjo da guarda disse que não dá conta de te livrar de tanta confusão.

— E você consegue?

— Não, mas se não puder livra-la ao menos estarei aqui para defende-la.

— O que faz aqui?

— Estava em um leilão, bem ali na frente, eu vi quando chegou.

— É... Eu só estava pensando...

Encaro o email com a prazo que tenho para comparecer na Universidade, ainda nem saímos da fase de discussão.

Eu disse que aquela provavelmente seria a primeira e única vez que aquilo aconteceria.

Mas não. Não seria a única vez.

Ele estava dificultando a minha tentativa de não criar expectativas, por que bastava estar perto dele que cada argumento meu, era desfeito rapidamente, por que quando ele estava perto roubava cada sentido meu.

—Quer vir comigo e conhecer o meu Covil?

— Por que não?

Eu dei risada. Subi de novo naquela garupa, mesmo tendo jurado para mim mesma que não faria, e que não deveria. Mas quem nunca prometeu algo e deixou de cumprir?

O Covil, ou Garagem era um ponto de motoqueiros, mas nada com aquela cara de "bar" O lugar era muito sofisticado e tinha muito bom gosto, alguns carros e motos exclusivos e avaliados numa fortuna eram expostos no lugar, também havia uma área reservada para trocas ou compras entre colecionadores, o lugar atraia visitantes de todo o país e de fora do país.

— Bruno, o Sr. Denver está a sua espera.

Uma mulheres aproxima de onde estavamos.

— Leve-o até a sala de reuniões. Serena... Eu preciso atender esse cliente.

— Tudo bem, pode ir.

Ele me deixou em seu escritório, e disse que retornaria logo. Passei os olhos pela sala, que capturava bem a essência do dono, a mesa rústica de madeira condizia com a sua personalidade, em uma das estantes um coleção de miniaturas mostrava o quanto ele amava esse mundo.

Pego uma água no frigobar e me sento na cadeira que pertencia ao Bruno. Esse lugar estava impregnado com a fragrância dele, era inebriante.

Fecho os olhos deixando a minha mente me levar para aquele dia no lago. Cada lembrança é tão intensa que eu posso sentir, que droga. Abro os olhos quando ouço a porta se abrir.

— Você está bem? Está vermelha.

Deus, que vergonha! Ele agora está bem na minha frente.

— É... humm... Não vai querer saber.

— Talvez eu queria, talvez seja exatamente o que eu estou pensando também.

Agarro o seu pescoço tentando controlar os meus gemidos, a mão dele sobe pelas minhas coxas, Bruno me puxa e me segura, me colocando em cima da mesa.

Suas mãos passeiam pelas minhas costas, deixando cada parte de mim arrepiada. Seus lábios encontram os meus em um beijo intenso.

— Bruno...

Eu fecho os olhos puxando os seus cabelos, ele já estava com uma das mãos nos meus seios, eu o senria completamente duro entre as minhas pernas. O telefone na mesa começa a tocar me despertando daquele transe.

Droga.

— Bruno?

— Merda... Deixa tocar.

Ele esconde o rosto no meu pescoço e morde a minha pele a sugando e lambendo, gemo quando ele aperta o meu mamilo entre seus dedos. Mas o telefone não para.

— Bruno? Pode ser importante.

Ele pega o telefone um tanto contrariado, disse que estava ocupado e não queria der incomodado.

— Me deixe matar essa vontade de você, Serena.

Ele me deitou em cima da mesa, e arrancou a minha calça, enquanto eu tirava a minha blusa, arqueei as minhas costas quando ele sugou e mordeu levemente meu clitóris, me sentia embriagada pelo prazer que ele estava me proporcionando. Ele se debruçou sobre mim, sugando os meus seios, e me penetrando com os dedos, estava tão molhada que poderia ouvir os barulhos dos dedos dele entrando e saindo. E isso estava ainda melhor do que a minha primeira vez.

— Bruno...

— Isso, me deixe ouvir cada um dos seus gemidos.

Bruno arrancou a camisa, e desceu a calça, suas maos deslizaram pelas minhas pernas, ele me puxou para a beirada da mesa e me invadiu, coloquei a não na boca para abafar meu gemido, enquanto sentia ele me invadir devagar o suficiente para fazer o meu corpo todo incendiar.

Bruno abriu minhas pernas e massageou meu clitóris,era um homem experiente e sabia exatamente o que fazer e como fazer.

Levantou comigo, e se sentou na cadeira, e ajudava a me mover, enquanto mantinha a boca em um dos meus seios, senti cada um dos seus jatos me invadir.

Ah, e essa não seria a última vez. Esse desejo avassalador e intenso estava em crescente, e cada vez que ele me tocava eu descobria algo novo, sensações novas, de formas que eu jamais imaginei.

Mas isso mudou há alguns dias, ele deixou de me responder. Ele poderia ao menos responder uma das minhas mensagens, não é? Tudo o que recebi nesses dias foi silêncio. E isso está me matando.

Tarde demais, eu estou apaixonada por ele. E eu sinto, eu sinto que ele sente o mesmo que eu. Por isso está me ignorando?

— Serena? Ei!

Minha mãe me chama.

— Desculpe.

— Esta distante, eu disse que não vou conseguir sair agora. Acabaram de marcar uma reunião, e eu preciso estar.

— Tudo bem, não tem problema.

Ela pega a pasta e dá um beijo na minha testa antes de sair. Ainda não tinha conseguido o aval deles para ir para Londres, e meu prazo estava encerrando, mas cada vez que tocava no assunto sempre terminava em discussão.

Peguei a minha bolsa, e sai da sala da minha mãe. Essas reuniões costumavam durar horas, meu pai estava fora e só por isso eu estava mais "livre" .

Eu precisava ir atrás dele. Por que eu queria que ele me tocasse mais uma vez, eu queria sentir tudo de novo mais uma vez.

A garagem estava cheia, uma gangue de motoqueiros do Estado do Colorado ocupavam toda a área externa, eram um tanto hostis e agora que eu estou aqui me pergunto se deveria estar.

Eu já sabia aonde era o escritório dele. A porta estava um pouco aberta, e eu sabia que não estava preparada para aquilo.

Eu não estava preparada para aquilo, para ver aquela cena. Aquela maldita cena.

Uma mulher ruiva, presa e debruçada na mesa que tremia e rangia enquanto Bruno, investia com força, aquele maldito suor escorrendo pelo seu peitoral que subia e descia em uma respiração descontrolada era estupidamente perfeito. Os urros, e tapas que percorriam aquele escritório, os gritos da mulher de plena satisfação.

— B! Mais forte, quero mais!

— Bruno?

Ele parou, mas não saiu de dentro da mulher, que parecia não se importar em ter sido flagrada daquela forma.

— Droga!

Ele praguejou.

— Por que está fazendo isso? Por que não atendeu as minhas ligações?

— Serena.

— Eu... eu achei que...

— Achou errado, linda.

— Bruno?

— Eu não prometi nada a você.

Ouvir aquilo foi como ter uma adaga cravada ao meu peito, por que não é sobre ele não ter prometido nada, é sobre ter a certeza de que eu estava errada por que ele não sentia o mesmo que eu. E isso me despedaçou.

— Eu não pedi que me prometesse nada.

— Ah, ela vai chorar B? Que lindinha. Mande ela embora. Não importa quem seja, ou o que ele fez, ele sempre volta para mim.

Sempre volta? A mulher sorriu, enquanto eu tentava segurar aquela maldita lágrima dentro dos olhos.

Sai correndo daquela sala com um nó entalado na garganta, enquanto ouvia ele me chamar. Eu sabia que não deveria me apaixonar.

O meu braço é agarrado por um daqueles motoqueiros usando a jaqueta com o emblema da gangue.

— Aonde vai com tanta pressa lindinha? Vamos dar um passeio?

— Solta ela porr*a!

Bruno fugiu enraivecido, o que fez ele apertar um pouco mais o meu braço, mas ele recuou ao ouvir a voz do líder da gangue.

— Deixe a garota Dwight.

A contra gosto ele soltou o meu braço, que ficou marcado e quando Bruno viu, avançou naquele homem, o socando. Ninguém interveio. Eu gritei para que ele parasse. Eu só queria sair dali, e foi exatamente o que fiz.

— Serena.

— Me solta Bruno!

— Serena...

Não deixei que ele falasse nada. Eu estava com tanta raiva. Estava me sentindo usada e traída. Eu disse que não criaria expectativas, mas quantas vezes ele me procurou? Alimentou em mim esse desejo de estar com ele? Quantas vezes sussurrou no meu ouvido que não conseguia parar de pensar em mim? Eu não pedi nada, mas entreguei tudo a ele. E ele? Ele não prometeu nada, e é isso o que mais dói.

Soquei o rosto dele com força, Bruno titubeou antes de levar outro, e mais outro, não parei mesmo sentindo os nós dos meus dedos doloridos. Soquei o seu peito com força, ele não se moveu, deixou que eu o quebrasse assim como fez comigo. Seria uma espécie de compensação?

— Você não prometeu nada! Mas foi cruel ao dizer isso em voz alta quando tudo o que fez nesses dias foi me fazer pensar que estava sentindo o mesmo que eu. E isso dói Bruno, isso dói.

Acenei para um dos táxis que estavam passando por aquele lugar e entrei, deixando ele estirado na calçada.

Para o meu azar cheguei em casa no mesmo instante que a minha mãe. E quando ela viu como eu estava, e o estado da minhas mãos ficou desesperada. Eu desabei no colo dela, angustiada. Por que não seria tão fácil arrancar esse sentimento meu peito. Eu estava conhecendo pela primeira a vez a dor da decepção.

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Comments

Gabriela

Gabriela

Aff 🥺

2024-05-11

0

Magna Figueiredo

Magna Figueiredo

Mulher tu já tinha lido é???? /Facepalm//Facepalm//Facepalm/

2024-04-25

1

Magna Figueiredo

Magna Figueiredo

Eita miséraaa...miséraaaaa kkkkkk

2024-04-25

0

Ver todos
Capítulos
1 | Avisos da Autora
2 | Prólogo - Onde isso os levará?
3 | Um ponto crucial
4 | Estou dividida
5 | Não conta?
6 | Então é isso?
7 | Eu também precisava deles
8 | O que nós vamos fazer?
9 | Isso não é sobre ela!
10 | Isso é demais
11 | Propenso a violência
12 | Não consigo evitar
13 | Eu preciso falar com vocês
14 | Sensação de liberdade
15 | Aparência de um anjo
16 | Esse nome não combina com você
17 | Quanto tempo leva?
18 | Diferentes fases
19 | Alguém à parte
20 | Não sei o que fazer
21 | Eu sei o que eu quero
22 | Nunca fez isso?
23 | Eu já sei com quem vou
24 | Isso não vai acontecer
25 | Só continue tentando, Ok?
26 | Não consigo lembrar
27 | Não reaja!
28 | Eu já sabia que algo estava errado
29 | Só pode ser um pesadelo
30 | Uma eternidade
31 | Não vou ficar aqui esperando
32 | Eu vou ficar com você
33 | Eu não consegui reagir
34 | Devastado
35 | Sua ficha ainda não caiu?
36 | Me fez estremecer
37 | Não pode estar falando sério
38 | Tudo o que sempre quis
39 | Deixou um vazio
40 | Não posso ir atrás dela
41 | Repreendendo a viver
42 | Um dia após o outro
43 | Esse jogo é perigoso
44 | Tem certeza disso?
45 | Intenso
46 | Emaranhados
47 | Vai ter que esperar um pouco
48 | Não tem o direito
49 | Só estou retribuindo
50 | Voltou para infernizar
51 | Vai ter que confiar em mim
52 | Eu deveria ter acreditado
53 | Eu não vou sair daqui
54 | Eu preciso saber
55 | Não seja hipócrita
56 | Exausta o suficiente
57 | Mil torias malucas
58 | Como entrou aqui?
59 | Atração do próprio espetáculo
60 | RENDIÇÃO - Eu quero acreditar
61 | Você não entendeu ainda?
62 | RENDIÇÃO - É você
63 | Deixe-me tirar a prova então
64 | Estou tentando encontrar
65 | Não podemos
Capítulos

Atualizado até capítulo 65

1
| Avisos da Autora
2
| Prólogo - Onde isso os levará?
3
| Um ponto crucial
4
| Estou dividida
5
| Não conta?
6
| Então é isso?
7
| Eu também precisava deles
8
| O que nós vamos fazer?
9
| Isso não é sobre ela!
10
| Isso é demais
11
| Propenso a violência
12
| Não consigo evitar
13
| Eu preciso falar com vocês
14
| Sensação de liberdade
15
| Aparência de um anjo
16
| Esse nome não combina com você
17
| Quanto tempo leva?
18
| Diferentes fases
19
| Alguém à parte
20
| Não sei o que fazer
21
| Eu sei o que eu quero
22
| Nunca fez isso?
23
| Eu já sei com quem vou
24
| Isso não vai acontecer
25
| Só continue tentando, Ok?
26
| Não consigo lembrar
27
| Não reaja!
28
| Eu já sabia que algo estava errado
29
| Só pode ser um pesadelo
30
| Uma eternidade
31
| Não vou ficar aqui esperando
32
| Eu vou ficar com você
33
| Eu não consegui reagir
34
| Devastado
35
| Sua ficha ainda não caiu?
36
| Me fez estremecer
37
| Não pode estar falando sério
38
| Tudo o que sempre quis
39
| Deixou um vazio
40
| Não posso ir atrás dela
41
| Repreendendo a viver
42
| Um dia após o outro
43
| Esse jogo é perigoso
44
| Tem certeza disso?
45
| Intenso
46
| Emaranhados
47
| Vai ter que esperar um pouco
48
| Não tem o direito
49
| Só estou retribuindo
50
| Voltou para infernizar
51
| Vai ter que confiar em mim
52
| Eu deveria ter acreditado
53
| Eu não vou sair daqui
54
| Eu preciso saber
55
| Não seja hipócrita
56
| Exausta o suficiente
57
| Mil torias malucas
58
| Como entrou aqui?
59
| Atração do próprio espetáculo
60
| RENDIÇÃO - Eu quero acreditar
61
| Você não entendeu ainda?
62
| RENDIÇÃO - É você
63
| Deixe-me tirar a prova então
64
| Estou tentando encontrar
65
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